Pesquisa avalia relação de mutações do gene BRCA com café
Mulheres com mutações no gene BRCA podem reduzir o risco de contrair câncer de mama se passarem a ingerir doses maiores de café. Esse é o resultado de um estudo conduzido pela Universidade de Toronto, no Canadá, e reconhecido pelo International Journal of Cancer.
Os autores da pesquisa examinaram a relação entre o consumo do café e a probabilidade de aparecimento do câncer de mama em 1690 mulheres de alto risco de mutação dos genes BRCA 1 ou BRCA 2. As voluntárias da pesquisa eram originárias de 40 centros clínicos de quatro diferentes países.
A probabilidade de se desenvolver câncer da mama entre as portadoras de mutações do BRCA se reduziu em 10% em mulheres que passaram a tomar de uma a três xícaras de café diariamente. Essa redução foi de 25% em mulheres que passaram a tomar de quatro a cinco xícaras e de 69% em voluntárias que tomaram mais de seis xícaras diárias.
As mulheres participantes do estudo foram classificadas pelo estado de mutação do referido gene, sendo que foi destacada uma proteção significativa do café nas portadoras do BRCA 1, sendo que a proteção não foi eficiente nas portadoras de mutação do BRCA 2.
A conclusão do estudo indica que o café é uma importante fonte de fitoestrógenos, o que poderia ser uma das causas dessa proteção.