Após facada, Bolsa brasileira acelera alta e sobe 1,46%
O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, acelerou os ganhos logo após a notícia de que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, levou uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O índice, que subia 0,37% agora tem valorização de 1,46%, aos 76.185 pontos. O dólar comercial se manteve em queda. Agora, a moeda americana recua 0,57% ante o real, a R$ 4,12.
Para o gerente de mesa Bovespa da corretora H. Commcor, Ari Santos, não houve fato econômico que pudesse impulsionar o Ibovespa nesta tarde. Uma das interpretações é que o incidente possa fortalecer a candidatura de Bolsonaro, criando uma espécie de "comoção nacional".
— O índice deu uma esticada logo após o incidente com o candidato. Não houve outro fato que pudesse impulsionar o Ibovespa no mesmo horário — disse Santos.
Na leitura dos profissionais do mercado financeiro, esse incidente deve fazer com que os candidatos mais alinhados à esquerda, e menos favoráveis a implementação de reformas econômicas, percam força. Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto.
O diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, lembra que em 1992, o então candidato à presidência Fernando Collor, foi beneficiado por um ato similar. Na época, afirmou que estava sendo ameaçado de morte e usou isso a seu favor em um comício.
— Aqui o mercado está fazendo uma equivalência com o que ocorreu com o Collor, que passou a ganhar força. Além disso, a imagem da facada é forte e deve atrair a atenção do exterior para o Brasil — disse.