Por Joyce Rouvier Evidências emergentes têm apontado para os efeitos protetores que o café pode ter sobre a saúde de uma pessoa. Um deles parece ser um risco de morte significativamente menor. Um estudo publicado no ano passado, por exemplo, descobriu que o café poderia proteger a saúde cardiovascular, enquanto outro estudo, no mês passado, sugeriu que essa bebida pode ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue.
Recentemente, pesquisadores se reuniram em uma mesa redonda da Sociedade Real de Medicina em Londres, Reino Unido, para discutir evidências que apóiam os efeitos benéficos do café na saúde. O professor Miguel Martínez-González - da Universidade de Navarra, na Espanha - apresentou uma pesquisa inédita sugerindo que beber café está associado a um risco reduzido de morte.
Mais especificamente, o Prof. Martínez-González descobriu que beber entre três e seis xícaras de café por dia pode reduzir a mortalidade por todas as causas. Para cada duas xícaras adicionais de café por dia, o risco de morte é reduzido em até 22%, conclui o pesquisador. Várias meta-análises descobriram que os bebedores de café tinham até 17% menor risco de morte por todas as causas, em comparação com pessoas que não bebiam café.
Além disso, um estudo conduzido por pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, em colaboração com o IARC, concluiu que, entre a coorte de participantes com quem trabalhavam, aqueles com o maior consumo de café tinham o menor risco de mortalidade por todas as causas.
Ao considerar por que o café pode estar associado a resultados de saúde mais positivos, os pesquisadores reunidos na mesa redonda da Royal Society of Medicine sugeriram que a cafeína sozinha pode não ter um efeito suficientemente forte. No entanto, os especialistas argumentaram, o café também contém polifenóis - um tipo de substâncias naturais que têm um efeito antioxidante, que, segundo estudos sugerem, podem ter propriedades antiinflamatórias - e podem proteger contra o estresse e os mecanismos de envelhecimento no nível celular.