Preparo do café: os métodos diferenciados e seus bons resultados
O mercado tem métodos diferenciados para o preparo do café. Um dos que é pouco conhecido é o Kono Meimon, chamado de a mãe da hario v60 e o primeiro método cônico do mundo. Depois de cinco anos de pesquisa, foi lançado pela Kono Coffee Syphon Company, em 1973. Com doze linhas verticais internas da metade do filtro para baixo, o método tem uma extração bem uniforme e também utiliza o papel triangular. Bem mais popular na Ásia, o Meimon extrai de forma um pouco mais lenta o café, comparado ao v60, mas também permite variações interessantes no preparo do grão. A extração mais adequada é feita por gotejamento e requer bastante paciência.
Já o Homart Hand-Blown é um método japonês que não utiliza papel, o que libera mais os óleos naturais do café. Feito de titânio ou aço inoxidável microperfurado, não é uma novidade completa: o sistema da cafeteira francesa já usa no êmbolo uma tela de aço. Há opções com uma e duas telas de metal. O resultado é um café bem limpo, por incrível que possa parecer, porém, não tão intenso quanto o da extração da francesa, que mantém a água em contato com o pó por mais tempo. O encaixe é perfeito nas jarras pequenas da Chemex e nos porta-filtros do tipo Melitta. A moagem mais indicada é a grossa. A cafeteira pode ser encontrada na internet, mas ainda é difícil nos sites brasileiros.
O Cafflano, por seu turno, é um sistema tudo em um, sendo perfeito para fazer um bom café em qualquer lugar. Criado na Coreia do Sul, em 2015, vem ganhando prêmios de design e do mundo do café, ano após ano. Na parte de cima fica um moedor manual compacto que já despeja o grão moído diretamente no filtro de metal. Depois, é só abrir, adicionar água, retirar o filtro e beber o café. A beanscorp, empresa criadora do sistema, fez inclusive um financiamento coletivo para um novo produto, um sistema de café extraído por compressão, similar ao Aeropress, o que resultaria em uma bebida mais parecida com o espresso. O Cafflano também ainda não está a venda no Brasil. A versão Kompact é uma sanfona que recebe o café moído e a água, e que, com o filtro de metal, extrai a bebida diretamente na xícara. Para um preparo individual é muito prático.
Já o Kalita Wave é uma invenção japonesa para o mundo do café. E uma das novas ondas do preparo de filtrados, sem nenhuma vergonha nesse trocadilho. As ondulações do filtro de papel, que fazem com que ele se pareça com uma forminha de brigadeiro gigante, diminuem o contato do líquido com o porta-filtro, o que proporciona uma perda menor de calor e uma melhor extração dos compostos do grão moído. A base reta e chata e o escoamento pelos três furinhos resultam em uma bebida limpa, leve e uniforme, mas que precisa de testes para ajustar tempo e moagem, pois, se o café for muito fino, ele leva um tempo grande para descer. Os filtros dessa marca, que também foi criada na década de 1950, ainda não são muito fáceis de achar no Brasil, o que torna o método mais exclusivo e por vezes um pouco mais caro. Quanto à moagem, a dica é que ela seja de média a grossa.