Ante greve de porto, Colômbia busca estratégia para embarque de café
Ante a paralisação de trabalhadores no Porto de Buenaventura, na Colômbia, a Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia) adotou as medidas necessárias para evitar que as exportações do grão sejam afetadas.
Cerca de 60% do café colombiano vendido mundo é embarcado por esse porto do Pacífico, situação que preocupa o segmento.
"O café exportado por Buenaventura é despachado principalmente desde as regiões cafeeiras do sul e do centro do país. Antecipamo-nos e vamos enviar cafés para Buenaventura para atender os envios da semana", explicou Mario Vega, diretor comercial da Federação.
Ele sustentou que também estão sendo preparadas ações para remessas para os portos caribenhos de Cartagena e Santa Marta, em caso de a greve de Buenaventura poder ser prolongada.
A isso se soma o fato de que a Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia mantém um estrito monitoramento sobre os efeitos que as atuais chuvas possam ter na produção do grão e adota medidas ante a declaração da greve em Buenaventura para minimizar os prejuízos para a exportação de café.
O dirigente reconheceu que esse incremento atípico das chuvas possa dificultar um pouco o trabalho de colheita, reduzindo o rendimento da mão-de-obra e, sobretudo, a secagem de café. Em caso de se apresentar erosões e queda de terras nas estradas rurais já se trabalha com a dificuldade de transporte do grão da zona rural para a venda.