Prêmio cafeeiro tem saca vendida com ágio gigantesco
O VI Prêmio Região do Cerrado Mineiro inovou e levou para a cerimônia de premiação a realização do leilão ao vivo dos lotes finalistas. Já na primeira edição um sucesso absoluto com a venda de todos os 25 lotes que chegaram a final, além de um recorde alcançado. O lote campeão da Categoria Natural, foi arrematado por R$ 19 mil a saca de 60 quilos, com um ágio gigantesco, ante o preço de uma saca convencional, hoje próximo de R$ 460.
Em sua sexta edição, a premiação tem por objetivo celebrar a safra e premiar os produtores do melhores lotes. Neste ano, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade organizadora da Premiação inovou, os compradores estavam lado a lado e na presença dos finalistas dando os lances ao vivo, para uma plateia de 300 pessoas. Os lotes foram disputados, lance a lance em momentos de grande emoção, que levaram os convidados a vibrarem junto com os produtores.
Os lotes mais disputados e que alcançaram os maiores lances foram o 1º lugar da Categoria Cereja Descascado, do produtor Ismael de Andrade, arrematado pela Condessa por R$3.100,00 a saca de 60 quilos, seguindo do lote do 3º lugar da categoria natural, do produtor Márcio Borges Castro Alves, Fazenda Barinas em Araxá, que foi arrematado pela Nucoffee por R$3 mil a saca da 60 quilos.
E o grande recordista da noite, o lote de Eduardo Pinheiro Campos, Fazenda São João Grande, campeão da Categoria Natural, que foi arrematado por R$19 mil a saca da 60 quilos, pela exportadora Cafebras, depois de um leilão eletrizante. O lote recordista é da variedade Bourbon Amarelo e alcançou 88,06 pontos. Com sabor e aroma de goiabada, morango jabuticaba, frutas cítricas, notas de vinho tinto e uísque, o lote chamou a atenção dos compradores. O recordista avaliou o feito histórico. “É uma mistura de felicidade, emoção e orgulho. Mas esse mérito não é apenas meu, mas da minha equipe de qualidade”, afirmou Campos.
Para Naiara Marra, analista do Sebrae Minas, parceiro do evento, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro tem o importante papel de conectar. “O Prêmio e o leilão mostram o trabalho dos nossos cafeicultores, sendo o elo entre os produtores e os compradores e nós do Sebrae atuamos muito nessa conexão”, finalizou a analista.
Foram 13 compradores inscritos para o leilão: Expocaccer, Olam, Nucoffee, Volcafé, Cafebras, Stockler, EISA, Café Cajubá, Cerrad Coffee, 3 corações, Lucca Cafés Especiais, Condessa e Carmo Coffees. A Cafebras arrematou o maior número de lotes, foram 5, incluindo a compra do café mais caro da premiação.
Segundo Eustáquio Miranda, CEO da Cafebras, arrematadora do café mais caro do leilão, o valor é uma forma de homenagear o trabalho dos produtores. “Eu tenho acompanhado todo o trabalho, todo esse empenho há 21 anos. Eles têm feito estudos, investimentos, então na verdade é um valor simbólico para reconhecer, em nome de um produtor, todos os produtores da Região, para os estimular a continuarem trabalhando e se dedicando em qualidade, focado no consumidor final” – finalizou o CEO.
O VI Prêmio Região do Cerrado Mineiro movimentou R$389.983,00 entre as vendas antecipadas das cotas e as vendas do leilão. O valor médio por saca foi de R$1.559,93 o que equivale a 3 vezes o valor praticado no mercado de commodities.
O recordista da noite, Eduardo Pinheiro Campos, doou os R$5.700,00, valor arrecadado com a venda do seu lote de 3 sacas premiado na Categoria Cereja Descascado, para a reforma estrutural do Centro de Excelência do Café, em Patrocínio, mantido pela Fundaccer, Fundação ligada à Federação dos Cafeicultores do Cerrado. A empresa Dimap, também vencedora da noite, através de seu diretor André Gonçalves Ferreira, aderiu à campanha e também doou R$ 4.350,00, referente ao lote de 3 sacas comercializado no leilão.
A premiação é dividida em duas categorias: natural e cereja descascado. São premiados os três melhores lotes de cada categoria. Foram eles:
Categoria Cereja Descascado
1º lugar: Ismael de Andrade, com a nota de 87,25 pontos;
2º lugar: Eduardo Pinheiro Campos, com nota de 86,84 pontos e
3º lugar: Dimap, com nota de 86,19 pontos.
Categoria Natural
1º lugar: Eduardo Pinheiro Campos, com nota de 88,06 pontos;
2º lugar: Pedro Humberto Veloso, com nota de 87,58 pontos e
3º lugar: Márcio Borges Castro Alves, com nota de 87,42 pontos.
Com os títulos conquistados nesta edição da premiação, o produtor Eduardo Pinheiro Campos se tornou o maior detentor de títulos da história da premiação e o recordista com o café mais caro já vendido no Prêmio.
Além das premiações aos produtores campeões, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado também homenageou três personalidade que são fundamentais na história do Cerrado Mineiro.
São eles: Eliane Cristina Cardoso, Superintendente da Cooperativa Coocacer Araguari que em 2018 completa 25 anos; Paula Dulgheroff, barista e mestre de torra, grande parceria dos projetos do Cerrado Mineiro e também Gláucio de Castro, vice-presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Fundaccer e da Expocaccer, Cooperativa que também comemora neste ano, 25 anos de fundação.
O Prêmio Região do Cerrado Mineiro é uma realização da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, tem apoio do Sebrae. A Nucoffee, uma inciativa Syngenta foi a patrocinadora oficial. Esta edição da premiação teve ainda o patrocínio do Sicoob – Sistema Crediminas, Case, Investbras, Pinhalense e Rabobank.