Glifosato não causa danos graves à saúde, diz Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu ontem que o glifosato, agrotóxico mais utilizado no Brasil e em vários países, não causa danos graves à saúde humana como câncer, mutações genéticas, malformação fetal e não é tóxico para a reprodução.
Segundo a agência reguladora, a conclusão é semelhante às obtidas em outros países que recentemente fizeram revisão do uso do glifosato no campo, como os Estados Unidos e o Canadá, além da União Europeia.
Para chegar a essas conclusões, a Anvisa levou 11 anos para finalizar seus estudos científicos de reavaliação toxicológica do glifosato. No ano passado, uma liminar da Justiça Federal em Brasília chegou a determinar a suspensão da venda do glifosato até que a Anvisa finalizasse essa reavaliação, mas antes de a decisão entrar em vigor a Advocacia-Geral da União (AGU) derrubou a liminar a pedido do Ministério da Agricultura.
Ontem, em reunião colegiada, diretores da Anvisa aprovaram o relatório com as conclusões favoráveis ao agrotóxico. e propuseram uma minuta de resolução, que ficará 90 dias sob consulta pública. Apesar de descartar danos sérios à saúde humana, a Anvisa, propôs restrições ao uso do agroquímico por trabalhadores que fazem o manejo do defensivo em diferentes lavouras como soja, milho, algodão, café e cana-de-açúcar.