Seminário no México analisa desenvolvimento do café local
Especialistas mexicanos e internacionais se reúnem no segundo Seminário Internacional Cafeeiro para dialogar sobre os principais objetivos da cafeicultura mexicana.
Durante a abertura do evento, representantes de governos municipais, estatais e federal destacaram que esse setor se encontra atualmente enfrentando diversos objetivos como a ferrugem do colmo, a falta de tecnologia e de políticas públicas que impulsionem a produção.
Em sua participação, Alfredo Zamarripa Colmenero, diretor de Inovação e Transferência da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação, destacou que é importante apoiar esse setor, já que seu aporte sociais é de grande relevância para os Estados onde se produz café.
Nesse sentido, destacou que a cafeicultura representa a "paz social" nos Estados de Guerrero, Chiapas e Oaxaca, onde a produção representa a maior parte dos produtores, sendo o item de maior fonte de recursos.
Além disso, asseverou que 90% dos 700 mil hectares de café no México estão distribuídos nos Estados de Oaxaca, Chiapas, Veracruz, Puebla e Guerrero, sendo que em todos eles os pequenos produtores são a maioria.
Cerca de 70% dos 500 mil trabalhadores do setor são provenientes de comunidades indígenas dessas regiões, sendo que uma parte significativa deles vive exclusivamente do café.
Por isso, destacou que é relevante impulsionar o uso de novas tecnologias, renovar lavouras cafeeiras e colocar em atenção o combate à ferrugem do colmo, que, desde 2013, afeta as lavouras mexicanas e que ainda nos dias atuais causa erradicação de plantas.
Colmonero chamou atenção para os riscos enfrentados pela cafeicultura mexicana, ante os efeitos da mudança climática.
O Seminário Internacional Cafeeiro é realizado no Centro de Convenções de Tapachula, com a participação de especialistas do México, da América Central e da Colômbia.