Coopercam divulga vencedores do 2º Concurso de Qualidade de Cafés
Com a presença de cerca de 100 convidados, a Coopercam realizou, na noite de ontem (31), a cerimônia de premiação dos vencedores do 2º Concurso de Qualidade de Cafés. O certame teve como objetivo incentivar e valorizar a produção de cafés de qualidade dos cooperados por meio da identificação e premiação dos melhores cafés produzidos na safra 2019.
Os grandes vencedores da segunda edição do concurso, na categoria natural, foram Meicon Diego Marangão, Angelo José da Silva e Rodrigo de Assis Soares. O cooperado vencedor desse certame, Meicon Marangão, também se classificou para a final do 16º Concurso Estadual de Qualidade de Cafés de Minas Gerais.
“Foi uma noite muito agradável e sentimos que os cooperados estão satisfeitos com o fato de a Coopercam valorizar os seus cafés com esse concurso. É isso que queremos: estimular os cooperados a agregarem mais qualidade aos seus cafés. E temos que continuar a trabalhar o nosso café, mesmo com todas as dificuldades que estamos enfrentando”, comenta José Márcio Rocha, presidente da Coopercam.
Já na categoria cereja descascado não houve número de amostras suficientes para um comparativo entre os grãos. Hélvio Zacaroni, gerente do Departamento de Cafés da Coopercam explica que, na região em que a Cooperativa atua, foi constatada uma dificuldade na colheita de cafés cerejas, gerada pela instabilidade climática do ano, o que dificultou o processamento via úmida.
“Mas uma coisa muito boa foi notada: a presença das mulheres no concurso mostra que elas estão com toda a disposição para fazer a diferença.”, diz Zacaroni. Não foi por acaso que as produtoras Valéria Miareli e Maria Aparecida da Silva receberam uma homenagem especial da Coopercam durante a cerimônia, por produzirem cafés na categoria cereja descascado em meio aos desafios enfrentados.
Verificação 4C
Durante o evento, a empresa Agrogenius, especializada em certificação, homenageou algumas propriedades rurais pela participação e destaque na verificação 4C. A Fazenda Grupiara, de Geraldo Majela da Silveira, foi reconhecida como propriedade modelo. A Fazenda Cabeça D’Anta, de Othoniel de Oliveira Damasceno, como propriedade destaque, e o Sítio Ribeirão da Onça e Recreio, de Maria Aparecida da Silva, recebeu o reconhecimento como propriedade mais sustentável.
Ano difícil
O ano de 2019 não foi nada fácil para a cafeicultura brasileira. Além da bienalidade negativa, outros fatores contribuíram para um período desfavorável à produção cafeeira. Entre eles, a interferência das floradas e das condições climáticas, que comprometeram a qualidade do café desta safra.
O grande número de floradas que ocorreu entre meados de agosto e o final de outubro de 2018, aliadas a altas temperaturas em janeiro e fevereiro, resultaram na granação irregular do cafeeiro. Isso provocou frutos de diferentes tamanhos, além de grande desuniformidade de maturação, com a presença de cafés verdes e secos em um mesmo ramo. Esse fato interferiu diretamente na qualidade do café colhido este ano.
Mas, mesmo com todas as dificuldades, muitos produtores dedicaram às suas lavouras toda a atenção necessária para uma produção de qualidade. E a verdade é que os grãos com qualidade superior estão cada vez mais valorizados pelo consumidor final e muitos cafeicultores estão atentos a essa nova demanda do mercado.