Londres tem retração na quinta, seguindo tendência observada para arábicas
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com perdas, ainda que não por demais pronunciadas. Novamente, o julho operou, ao longo de toda a sessão, abaixo do referencial psicológico de 2.000 dólares. O volume comercializado durante o pregão esteve dentro da média recente da casa de comercialização britânica.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por vendas especulativas, com o terminal londrino seguindo o mau humor também verificado para os arábicas em Nova Iorque. O potencial de vendas em Londres, entretanto, se mostrou menos consistente. A abertura dos trabalhos do dia se deu com retração e as baixas se mantiveram no terminal ao longo de toda a sessão. A máxima não foi além da marca de 1.992 dólares. Ao longo do dia, o potencial vendedor ganhou corpo e a mínima chegou aos 1.992 dólares, sendo que nesse patamar algumas recompras, notadamente de torrefadores, foram notadas.
"Tivemos um dia de pressão negativa para o café. Tal pressão veio notadamente do Brasil, que mais uma vez foi abalado por um escândalo político, que fez com que o dólar tivesse um forte incremento em relação ao real local. Isso estimulou liquidações efetivas do maior produtor mundial e atingiu em cheio o segmento de café, com os arábicas tendo uma pressão bem mais efetiva", disse um trader.
O julho teve uma movimentação ao longo do dia de 7,29 mil contratos, contra 4,37 mil do setembro. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 19 dólares.
No encerramento do dia, o julho teve baixa de 13 dólares, com 1.984 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 14 dólares, com 2.003 dólares por tonelada.