Agência dos EUA conclui que glifosato ‘é improvável’ de causar câncer
A Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês) concluiu que o glifosato “é improvável” de provocar câncer em humanos e que não oferece riscos à saúde humana desde que usado de acordo com as instruções das embalagens. O órgão exigiu, porém, que as embalagens passem a apresentar informações para mitigar o desvio de produto para fora da área do cultivo-alvo, que costuma ocorrer em pulverizações - situação conhecida como deriva.
Essa foi a conclusão da reavaliação do glifosato, principal herbicida usado no mundo, e que é apontado por milhares de pessoas na Justiça americana de provocar câncer. A agência americana reavalia o risco dos agrotóxicos registrados no país a cada 15 anos. Nos EUA, o glifosato é registrado desde 1974.
Desde a última reavaliação do glifosato surgiram dois estudos científicos ligando a exposição ao agrotóxico ao linfoma non-Hodgkin, um tipo de câncer com origem nas células do sistema linfático. Porém, a agência questionou alguns critérios das duas pesquisas. “Estes estudos não impactam a avaliação”, atestou a agência no documento sobre as conclusões da revisão de risco.
Mas a agência relatou que, de acordo com a literatura médica avaliada, a ingestão acidental de formulações com glifosato resultam em sintomas “leves” e que ingestões “intencionais” causam sintomas “moderados a severos” e envolvem múltiplos órgãos.