O cuidado estratégico para investir em insumos e assegurar o melhor desempenho dos cafezais deve ser o mesmo na hora de negociar a safra. Até por não ter controle sobre as cotações do grão, o cafeicultor precisa estar atento às flutuações de mercado e buscar ferramentas que possibilitem uma comercialização mais vantajosa e com menores riscos. O sistema de troca, conhecido como barter, é uma opção interessante, pois o produtor pode comprar os insumos que necessita e usar seu próprio café como moeda, fechando o negócio no momento em que os preços do grão estiverem mais favoráveis ao seu planejamento, cobrindo os custos e assegurando a lucratividade.
No caso dos clientes da BASF, as vantagens podem ser ainda maiores. A Campanha de Troca 2020, iniciada pela empresa no mês de janeiro e que vai até junho, oferece modelos de troca adequados a diferentes grupos de produtores. A modalidade Top Farmer, por exemplo, é destinada para os cafeicultores que negociam grandes volumes e, por isso, conseguem um desconto maior no preço dos insumos. Há também os combos – Bourbon, Mundo Novo e Catuaí –, que são compostos de itens obrigatórios e outros opcionais que apresentam vantagens proporcionais.
As negociações da Campanha de Troca 2020da BASF podem envolver até a safra de 2023. “É como se o cafeicultor fizesse um financiamento de sua safra para ganhar fôlego durante os períodos de produção”, explica Marcos Davi, trader sênior da divisão de Operações Estruturadas & Commodities da BASF. “A cafeicultura é um mercado de alto risco, mas com o barter o produtor pode minimizar esse risco sem o custo que ele teria fazendo uma operação de hedge”, acrescenta.
Insumo que não pode faltar nesse planejamento é informação. Uma boa forma de se manter atualizado sobre o mercado é contar com algum aplicativo para smartphone que mostre os índices da bolsa de Nova York e a cotação do dólar. Mas também é possível recorrer à equipe de Representantes Técnicos de Venda (RTVs) da BASF. “O RTV poderá fazer uma estimativa do quanto pode valer a produção do cafeicultor”, diz Davi. O valor exato da negociação é fechado com a trading compradora, parceira da BASF nas operações de barter.
A tendência é que esse tipo de operação aumente cada vez mais, seja pela segurança, seja pela praticidade. Trata-se de uma modalidade que facilita a vida do produtor. No ano passado, a BASF negociou 133 mil sacas de café dessa maneira, e a expectativa é de que esse volume possa aumentar até 50% este ano. “Ainda é cedo para cravar algum resultado, mas pelo que já foi fechado desde o lançamento da campanha, a perspectiva é muito boa”, diz Davi. Fator importante a ser considerado pelo cafeicultor é que 2020 é um ano de safra positiva e, em 2021, a bienalidade será negativa. Ou seja, quem fizer uma boa negociação agora estará mais protegido para o ano que vem.