Recado de Guedes os produtores rurais "temos o desafio de continuar produzindo"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a determinação do presidente Jair Bolsonaro é que não devem faltar recursos para defender “a vida, a saúde e os empregos dos brasileiros” durante a pandemia de coronavírus. De acordo com ele, as medidas já anunciadas pelo governo e as que ainda virão devem somar R$ 700 bilhões em três meses.
Guedes afirmou que são duas ondas que atingem o Brasil: a primeira é a calamidade de saúde pública e a segunda, que vem na esteira da primeira, é o impacto sobre a economia. “Pode ser uma enorme onda, dependendo da nossa reação, ameaça empregos e uma crise como nunca sofremos antes”, afirmou em vídeo divulgado por meio de sua assessoria de imprensa
Ele destacou o programa voltado aos trabalhadores informais e o pagamento de R$ 600 por mês nos próximos três meses — aprovado pela Câmara dos Deputados. “Vamos liberar em torno de R$ 45 bilhões, com Bolsa Família e mais antecipações são quase R$ 100 bilhões que estamos lançando justamente para os brasileiros mais desprotegidos.”
O ministro tornou a dizer que a orientação é para que “nenhum brasileiro fique para trás”, a começar pelos mais vulneráveis. Guedes lembrou que já foram anunciadas ações para antecipar benefícios de aposentados e pensionistas do INSS e incluídas 1,2 milhão de famílias no Bolsa Família.
No vídeo, Guedes disse Bolsonaro não está “de forma alguma diminuindo o problema e a ameaça” da pandemia de coronavírus sobre a saúde brasileira. “Ele está nos alertando que precisamos impedir a desorganização da economia brasileira, precisamos impedir uma crise de abastecimento no Brasil”, afirmou.
O ministro sustentou que o país tem que ficar em isolamento para “furar a primeira onda”, ou seja, a calamidade de saúde pública, mas que também precisa “continuar resistindo com a produção econômica". Caso contrário, haverá recursos e “prateleiras vazias”.
“Vamos cuidar da nossa saúde, mas não podemos esquecer que ali na frente temos o desafio de continuar produzindo”, disso, completando acreditar que o país vai atravessar o choque de saúde e o desafio econômico. “Juntos vamos superar isso”, afirmou, citando o presidente, Congresso, povo, empresários, caminhoneiros e produtores rurais.