Nova Zelândia declara 'livre da covid' e retoma vida normal
Os neozelandeses se abraçaram e beijaram, foram às compras e planejaram festas hoje, já que o país suspendeu todas as restrições do coronavírus pela primeira vez em mais de três meses enquanto grande parte do restante do mundo ainda enfrenta a pandemia.
Ontem, a nação de 5 milhões de habitantes do sul do Pacífico declarou estar livre do coronavírus, tornando-se um dos primeiros países do planeta a voltar à normalidade pré-pandemia.
Isto significou o fim dos limites de pessoas em cafés, shopping centers, estádios, clubes noturnos e reuniões públicas e particulares. A vida praticamente voltou ao normal.
"Estou só andando pela cidade hoje, e vi mais pessoas do que vi em meses", disse Steve Price, morador da capital Wellington."As pessoas estão comprando, jantando e simplesmente passeando de mãos dadas... é lindo ver."
Os moradores da Nova Zelândia estão emergindo da pandemia enquanto grandes economias, como Brasil, Reino Unido, Índia e Estados Unidos continuam a enfrentar dificuldades com o vírus.
Isto se deve em grande parte a meses de restrições, incluindo cerca de sete semanas de um isolamento rígido durante o qual a maioria das empresas ficou fechada e todos tiveram que ficar em casa, com exceção dos trabalhadores essenciais.
Katy Ellis, do Mojo Coffee de Wellington, disse que seu negócio retirou todas as medidas de distanciamento social. "É isso que nos permite ter muito mais gente no café, realmente ajudou a criar um grande alarde e um sentimento verdadeiro de mais normalidade, na verdade", disse Ellis.
Escritórios reabriram, e os ônibus e trens públicos estavam repletos de usuários do transporte intermunicipal. Muitos escritórios e negócios ainda têm frascos de gel antisséptico na entrada, embora não seja mais obrigatório usá-lo.
Os bares estão reabrindo as pistas de dança e esperam muito público na sexta-feira. "Acabei de me dar conta... de que posso abraçar alguém hoje", disse um usuário do Twitter, e #NZSemCovid era tendência na plataforma.
A Nova Zelândia também será uma das primeiras nações a permitir que as pessoas assistam partidas profissionais em estádios sem limites de ocupação, e se acredita que milhares lotarão as arenas no final de semana de abertura da liga nacional de rúgbi.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, elogiada por sua liderança durante a pandemia, disse ontem que fez "uma dancinha" para comemorar o fim dos casos ativos no país.