Águas da Prata, SP, promove 2ª edição do Concurso Qualidade do Café
A qualidade do grão do café faz toda a diferença não momento de sua classificação no mercado. Em Águas da Prata (SP), a 2ª edição do Concurso Qualidade do Café elege neste sábado (9) os melhores grãos da região. Amostras de 50 produtores foram avaliadas. O trabalho que exige técnica apurada para perceber em um único gole cada sabor.
Catergorias
O 2º concurso de cafés especiais avaliou os cafés em três categorias diferentes, sendo elas cereja descascado, natural e microlotes, cultivados por grandes, médios e pequenos produtores.
O degustador Carlos Eduardo Delbiachi explicou que o café cultivado nas montanhas, como boa parte do café produzido na região, possui um sabor melhor, por exemplo, sabores de frutas como ameixa, damasco, pêssego. Além de um lado floral, como jasmim.
“A região é privilegiada, café de altitude acima de mil metros possui uma característica. A maturação é mais lenta. Então o açúcar fica mais no grão. Ele demora mais para chegar ao ponto exato da colheita. Foi surpreendente assim, a gente descobre algumas perolas”, disse ele.
O produtor rural Francisco Sassaron é cafeicultor de Águas da Prata e levou dois lotes para serem avaliados. Ele disse estar de olho no mercado que valoriza o café especial.
“O mercado está exigindo qualidade, quem conseguir produzir café especial, café de qualidade, vai ter um lucro um pouco maior. Estamos no caminho, vamos ver se o mercado retorna no que a gente está trabalhando”.
Qualidade o café
O degustador André Cunha explicou que um café de qualidade possui um grão bonito, livre de pragas e doenças, além de ser do tipo Arabica.
“Normalmente, quando a gente trabalha com café especial, ele é separado em peneiras. A gente tem umas peneiras que são por numerações. Normalmente, café especial você coloca 16 a cima. Que são maiores, até mesmo para representar um café mais bonito, mais vistoso”.
Os três primeiros colocados de cada categoria serão premiados e terão o café valorizado, podendo dobrar o preço da saca, de acordo com o degustado Carlos D'angieri Filho.
“Obviamente isso agrega valor ao produto dele, porque realmente já está falando de uma bebida com nível de raridade, excepcional, uma coisa bastante diferenciada do que a gente tem em termos de café comodato. Então você chega a ter uma valorização em torno de 50%, 70%, 80% até 100% no valor da saca”, disse.
O comprador de café Rodrigo Polachini Pereira disse que procura os melhores lotes para revender e garante que cada vez mais pessoas estão dispostas a pagar mais caro. “Café especial cresce 15% ao ano. Então sempre vai ter gente interessada em comprar café especial”.