Ritmo: pesquisa liga café com boa performance em ciclismo e corrida atlética
Parece que o café tem fascinado os cientistas. Os efeitos da cafeína no ser humano é estudado há muito tempo e se acumulam as evidências de seu benefício. Ele, por exemplo, comprovadamente protege contra o diabetes tipo 2, contra os cálculos biliares, demência e Alzheimer, além de certos tipos de câncer e problemas hepáticos, além de queimar gorduras. Inclusive, sua casca tem também propriedades, como um estudo recente constatou ao apontar a relação da casca com as capacidades anti-inflamatórias para melhorar os níveis de insulina.
Pois bem, agora o mercado tem acesso a uma nova pesquisa, que coloca em relevância o papel do café para melhorar o rendimento esportivo e ganhar velocidade, tanto em mulheres como em homens. No mundo dos esportes, a cafeína é uma das ajudas ergogênicas mais populares e empregadas por treinadores e atletas.
O site do segmento de saúde dos Estados Unidos Healthline indica que não é novidade que a cafeína é absorvida rapidamente pela corrente sanguínea e seus níveis no plasma alcançam seu ponto máximo em 90 ou 100 minutos para logo diminuir. Devido a seus efeitos positivo no rendimento de exercícios, algumas organizações, como a Ncaa (Associação nacional de Atletas Colegiados) começou a proibir seu consumo em altas doses.
Exemplos de seu potencial no exercício são muitos. Assim, um trabalho publicado na Medicine Science Sports constatou que, em ciclistas que contavam com mais cafeína que carboidratos ou água, se verificou um aumento do rendimento desportivo em 7,4%, em comparação com um grupo que tinha prevalência de carboidratos, com 5,3% em rendimento.
Outro dado: uma pesquisa publicada pelo British Journal Sports Medicina, em corredores de 1,5 mil metros se observou que os consumidores regulares de café foram 4,2 segundos mais rápidos que os que tomaram descafeinado.
A Nutriens' publica um ensaio, coordenado por cientistas da Coventry University (Reino Unido) e liderado por Neil D. Clarke, com 38 participantes (19 homens, 19 mulheres), que mostra que beber café com cafeína melhora a velocidade do ciclismo. Os participantes ingeriram uma proporção de 3 mg x kg (1 cafeína) ou um placebo na água antes do contrarrelógio de ciclismo. Como esclarece um dos pesquisadores, Amil López Viéitez", o estudo usa 3 mg/kg. Uma pessoa com 50 quilos teria de tomar 150 miligramas, o que equivale a 65 mililitros de café", disse.
Em declarações para a revista, Neil Clarke sustentou que "tomando essa quantidade de café, a cafeína é o equivalente a uma colher de sobremesa para a maioria das pessoas. Isso permitiu aos participantes neste estudo completar um teste de julgamento pedalando cinco quilômetros mais rápido que o grupo do placebo. Além disso, o desempenho melhorou em homens e mulheres em quantidades semelhantes. Esses resultados sugerem que a ingestão deles pode ser uma fonte prática de cafeína antes do exercício", finalizou.
Fonte: Jornal El Confidencial, com tradução de Agnocafé.