Município de Garça deve podar e esqueletar cerca 1/3 dos 15 mil hectares de café
Esta semana na região de Garça a colheita da safra 2020/2021 deve terminar nas maiores fazendas dessa área do Estado de São Paulo. A maioria dos produtores pequenos e médio já tinha encerrado o processo há algumas semanas.
Na região de Garça este ano a safra foi acima do esperado e o que atrapalhou foi a chuva durante uma semana de agosto, com o acumulado chegando em média a 100 milímetros, o que provocou uma parada da colheita por cerca de dias. Segundo um produtor, "os cafeicultores têm que agradecer a Deus pelas chuvas que caíram na nossa região, infelizmente tem muitas outras importantes regiões que não foram beneficiadas como nossa".
A colheita deste ano deve ficar em torno de 600 mil sacas, média de 40 sacas por hectare e no próximo ano vai depender muito do clima. Segundo as últimas informações, não deverá chover até a primeira semana de outubro.
Segundo pesquisa feita por Agnocafé junto a dezenas de produtores, além da colheita fraca, a safra do próximo ano será ainda menor: cerca de 1/3 dos cafezais deverão ter podas e esquelatamento, depois desta safra." Eu poderia podar e esqueletar mais, mas vai comprometer em muito a produção do ano que vem ", diz um produtor
O município de Garça tem atualmente cerca de 15 mil hectares de café, e cerca de 5 mil hectares serão podados e esquletados, o que deve reduzir a área para 10 mil hectares produzindo. Tal fato tende a reduzir a safra 2021/2022, podendo chegar a uma queda de 50%.
Fazendo um projeção para os municípios da região — como Alvinlândia, Gália, Fernão, Duartina, Lupércio, Marília e Vera Cruz —, o parque cafeeiro cresce para 28 mil de hectares, o que deverá fazer com que a poda e esqueletamento chegue a 9,3 mil hectares.