A cafeicultura brasileira é a mais sustentável do mundo, com seus atores respeitando rígidas legislações ambiental e trabalhista e alcançando bons resultados na comercialização em função dessa sustentabilidade. O principal pilar dessa realidade vem do suporte fornecido pelas cooperativas a seus cooperados, que possibilita qualificação aos produtores, preparando-os para um mercado cada vez mais competitivo e moderno.
Diante desse cenário e como ação do Brasil para celebrar o Dia Internacional do Café – 1º de outubro –, o CNC uniu esforços com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul) para lançar o Prêmio Café Brasil de Jornalismo – 2017, que visa, exatamente, a divulgar a excelência dos trabalhos dos cafeicultores e suas cooperativas.
Com o tema “A Importância das Cooperativas na Sustentabilidade da Cafeicultura Brasileira no Campo”, o Prêmio pretende evidenciar diversos cases de sucesso de produtores que alcançam melhor remuneração e se tornam fornecedores fiéis aos grandes compradores mundiais por terem se qualificado, preservarem o meio ambiente e gerarem mais empregos após seguirem a orientação de suas cooperativas.
Além disso, muitos cafeicultores também se beneficiam com menores custos na aquisição de insumos e defensivos agrícolas devido à estrutura disponibilizada pelas cooperativas. Com o Prêmio, pretendemos destacar essa realidade e mostrar que o cafeicultor é um profissional moderno e que, junto ao sistema cooperativo, produz um café de excelência, que priva pela correção ambiental no cultivo e se preocupa em criar milhões de postos de trabalho.
O Prêmio é aberto a todos os profissionais da imprensa brasileira e distribuirá R$ 90 mil em quatro categorias: TV, Rádio, Internet (exceto redes sociais e blogs pessoais) e Impresso. As inscrições – incluem matérias realizadas entre 1º de janeiro e 15 de outubro – são gratuitas e podem ser feitas, até 16 de outubro, no site www.cncafe.com.br/premio-cafe-brasil. A competição conta com apoio institucional da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e não possui limite de conteúdos por jornalistas ou veículos de comunicação.
FUNCAFÉ
O volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberado aos agentes financeiros, com data de referência de 19 de setembro, é de R$ 2,343 bilhões (clique na tabela abaixo), respondendo por 51% do total de R$ 4,598 bilhões solicitados na temporada cafeeira atual. As informações, atualizadas até a manhã de hoje, são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Do montante recebido pelas instituições, R$ 1,042 bilhão foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 548 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 399,5 milhões para Custeio; e R$ 353,5 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 176,6 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 122,3 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 54,6 milhões para o setor de Solúvel.
MERCADO
Pressionados pela expectativa de retorno das chuvas no cinturão produtor do Brasil, o que poderia favorecer as floradas das plantas, os preços internacionais do café registraram perdas no acumulado desta semana.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro do contrato “C” recuou 595 pontos na comparação com a sexta-feira passada, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,3210 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou a US$ 1.949 por tonelada, com queda de US$ 56.
Analistas indicam que a desvalorização não foi maior na semana passada e nesta devido à diferença de leitura dos modelos climáticos, com baixa precisão e muita variação. Por outro lado, eles preveem que a interrupção da seca já deve servir para encorajar os baixistas a pressionarem mais as cotações.
Segundo a Somar Meteorologia, uma chuva forte e abrangente deve retornar para as áreas de café a partir de hoje, gerando volumes de 50 milímetros em São Paulo, Paraná, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro. O serviço meteorológico avisa, ainda, que as precipitações serão bem menos intensas entre a Zona da Mata, o Espírito Santo e o sul da Bahia.
Além do clima no Brasil, os participantes também monitoraram o comportamento do dólar, que registra alta em setembro frente ao real. Ontem, a moeda fechou a R$ 3,1828, com valorização de 1,8% na comparação com o desempenho de sexta-feira passada.
O índice do dólar foi influenciado pela divulgação de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos. O PIB norte-americano cresceu à taxa anual de 3,1% no segundo trimestre de 2017, com ritmo um pouco mais significativo do que a estimativa anterior, de 3,0%, apresentando sua melhor ascensão nos últimos dois anos.
No Brasil, os preços acompanharam o ritmo internacional e também recuaram no mercado físico. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que já foram observadas chuvas, na quinta-feira, no sul de Minas Gerais e na Mogiana de São Paulo e indicam que a volta das precipitações é essencial para o desenvolvimento da próxima safra.
De acordo com o Cepea, em meio a este cenário, os agentes continuam bastante retraídos, monitorando as condições climáticas nos próximos dias no País, o que trava a comercialização. Os indicadores calculados pela entidade para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 449,10/saca e a R$ 393,78/saca, com variações de -2,3% e de -2,4%, respectivamente, em relação ao fechamento da semana antecedente.
Atenciosamente, Deputado Silas Brasileiro - Presidente Executivo