Mais um grande furacão traz ondas de até 15 metros no Atlântico
Uma semana depois do furacão devastador Ida ter atingido os Estados Unidos, outro furacão intenso (categorias 3 a 5) atua no Atlântico Norte. É Larry. A boa notícia é que, diferentemente de Ida, Larry está em mar aberto a uma grande distância da costa e não deve oferecer risco para áreas densamente povoadas. A tempestade, entretanto, deverá passar perigosamente perto das Bermudas.
Larry é neste momento um furacão categoria 3 com previsão de se intensificar para categoria 4 neste começo de semana. No final da tarde deste domingo, o ciclone estava localizado em 20.1°N e 50.2°W com vento sustentado de quase 180 km/h e pressão atmosférica mínima central de 955 hPa.
Ao longo de todo este fim de semana chamou a atenção dos meteorologistas a estrutura da tempestade, muito concêntrica e em vários momentos com um olho muito bem definido. Parte da parede do olho durante este domingo se tornou menos organizada com um padrão maior de divergência de vento (shear).
A previsão é que a tempestade gere um grande swell com grandes ondas que atingem as Pequenas Antilhas e, em seguida, se espalhariam para o Oeste para partes das Grandes Antilhas, Bahamas e Bermudas.
Ondas significativas provavelmente atingirão a costa Leste dos Estados Unidos no decorrer da semana e modelos numéricos chegam a indicar que o swell de Larry alcançaria os litorais do Pará, Amapá e Maranhão, no Brasil, com maior agitação marítima.
Modelos indicam ondas de até 15 metros perto do centro da tempestade, mas enfatizamos que se o swell chegar no litoral do Norte do Brasil a elevação do mar não será significativa comparada a outras áreas.
A temporada de 2021 de furacões no Atlântico já gerou 38 dias de tempestade nomeadas. Apenas seis anos na era dos satélites (de 1966 em diante) tiveram mais dias de tempestade nomeadas atuando até 4 de setembro: 1995, 1996, 2005, 2008, 2012 e 2020.
Larry é o terceiro furacão intenso na temporada atlântica de 2021. Apenas três outras temporadas do Atlântico tiveram 3 furacões com ventos máximos perto de 200 km/h até 4 de setembro: 1933, 2005 e 2008.