Alerta climático: Estiagem como a de 2020 e temperatura com a 2021
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de de 22.072 lotes em NY, os contratos futuros de café arábica tiveram valorização de 2% ( 4,50 cents ) fechando a 221,10 cents em dia de dólar fraco. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis divisas fortes teve queda de 0,40%. O julho variou de 217,80 cents a 224,40 cents, rompemdo a primeira resistência em 220,45 cents. Os estoques certificados diminuíram 6.072 sacas para 1.118.600 sacas e mês de abril acumulou alta de 38.484 sacas.
Acompanhando todas commodities que estavam operando em alta nesta madrugada, café arábica começo o dia na mímina do dia e com desenrolar do pregão a alta foi aumentando, ultrapassando o nível de 220,00 cents e a primeira resistência em 220,45 cents, chegando a romper a máxima ( 223,50 cents) da resitência técnica dos últimos pregões atingindo 224,40 cents. Com nã oteve força para buscar a segunda resistência em 225,35 cents, os pequenos especuladores entraram vendendo para realização de lucros diária, fechando abaixo da importante nível técinca de 223,50 cents.
Para alguns analistas, o risco climático puxou o avanço dos preços, com o mercado temendo que o La Niña cause novos problemas de oferta no Brasil e na Colômbia. Com clima de estiagem no Brasil e aumento de chuvas e inundações na Colômbia. " Operadores disseram que o Brasil, têm sido reticentes em vender, mesmo diante de um enfraquecimento da moeda brasileira. Um real fraco geralmente estimula a venda porque aumenta os retornos em termos de moeda local ", disse a Reuters.
A Agnocafé veem alertando a várias semanas sobre a queda acima do esperado na produção da Colômbia no primeiro semestre, e para confirmar, hoje o site publicou matéria do jornal de Tolima e talves o primeiro artigo sobre o verdadeiro prejuízo dos cafeicultores daquele país devido as chuvas constantes nos últimos meses e que deve se prolongar até meados de junho. " Várias cadeias produtivas estão tendo perdas devido as fortes chuvas em Tolima, principalmente em alimentos como abacate, café, arroz e árvores frutíferas. A queda na produção de café chega a aproximadamente 175 bilhões de pesos, que representa R$ 217.947 milhões e queda de 30% na produção de abacate e manga".
Os dados do relatório dos traders, referente ao dia 26 de abril, mostra que os fundos mantiveram suas posições líquidas compradas em 22.440, leve alta de 346 lotes. Eles tinham 32.841 posições compradas e 10.401 posições vendidas. A 12 meses atrás, eles estavam com 33.869 posições líquidas compradas sendo 53.482 posições compradas e 19.613 posições vendidas. Com as entrada das massas polares, eles deveram aumentar fortemente suas posições compradas, como aconteceu no ao passado, quando chegaram a ter mais de 60 mil posições compradas na primeira quinzena de junho.
A várias semanas, os meteorologistas estão dando entrevistas sobre o clima no Sudeste, onde se localiza as principais regiões de café do Brasil, que sem dúvida nenhuma, será o principal fundamento nos próximos meses para os preços dos contratos de café arábica e conilon. Eles alertaram que devido ao La Niña, que deve se prolongar até 2023, que as chuvas ficaram bem abaixo da média histórias e que devido ao La Niña ser fraco a possibilidade da entradas de fortes massas polares aumentam a possibilidade de occorrer geadas nas regiões de café. Resumindo "tempestade perfeira para o café" estiagem como a de 2020 e temperatura com a 2021.
Segundo Eduardo Carvalhaes em seu artigo de hoje " O mês de abril está terminando, e a aproximação do inverno no Brasil com suas frentes frias, também trará nervosismo aos operadores. O fato da safra brasileira de café 2022, que seria de ciclo alto, ter quebrado com o longo período de seca e três geadas em julho passado, agrava bastante o cenário para o ano safra 2022/2023".
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