Queda de certificado na bolsa não é nada ante frustração de safra do arábica
Por José Roberto Marques da Costa
O café arábica teve queda depois de três dias consecutivo de alta, com setembro caindo 4,40 cents ( - 1,89% ), para 227,40 cents, em meio a uma liquidação no complexo de commodities, já que os investidores buscavam ativos menos arriscados e com a ajuda da valorização do dólar, que no Brasil chegou a R$ 5,1440 ( + 2,35% ) e depois no fechamento ampliou a alta para R$ 5,1534 ( + 2,53% ).
O volume de negócios atingiu 32.457 lotes, com setembro variando de 226,45 cents, durante o after hours a 234,30 cents, rompendo o primeiro suporte do dia em 227,70 cents e chegando próximo a primeira resistência do dia em 234,40 cents. Hoje foi mais um dia de briga na buscar nível de 235,00 cents, um importante divisor de tendência, n qual Agnocafé batizou de " divisor de água ". Sendo um repetição dos pregões anteriores, quando chegar perto deste nível aparecem vendas concentradas de especuladores e e pequenos fundos de investidores.
Os dados da CFTC referente ao dia 14 de junho, mostra queda de 19,38% nas posições líquidas compradas de fundos para 20.658 lotes, sendo 29.459 posições compradas e 8.801 posições vendidas, queda de 3.998 lotes de posições compradas e alta de 967 lotes de vendidas em relação ao semana anterior
Segundo a agência Reuters, os negociantes disseram que o mercado, no entanto, permaneceu sustentado pela queda dos estoques certificados pela ICE, que diminuíram hoje cerca de 6.970 sacas para 991.657 sacas ficando apenas 660 sacas acima do nível mais baixo em 22 anos e 4 meses ( fevereiro de 2000 ). O relatório de hoje ainda não indica a transferença das 100 mil sacas do café depositado no porto de Antuérpia para os armazéns dos portos do EUA, informações que vieram de várias fontes, segundo agência.
Das 991 mil sacas dos estoques, cerca de 952 mil sacas estão depositadas nos armazéns de portos da Europa, sendo a grande maiora está no porto de Antuérpia e 46 mil nos Armazéns dos EUA. Dos café depositos no estoques de certicados 485 mil são do Brasil, 421 mil de Honduras e o restante de 11 países.
O pregão de hoje teve queda depois de três dias consecutivo de alta, quando vários fundos de investimentos que começaram a entrar no mercado de café nesta terça-feira acumulando alta de 8,35 cents até ontem e hoje perdeu 4,40 cents. Durante a manhã desta quinta-feira, ferido no Brasil, saiu informações do verdadeiro motivo desta migração que mercado considerou uma "supresa", já que todas as “soft commodities" da bolsa de NY fecharam estes dias em queda com exceção do café, que foi transferência de parte dos café depositos nos armazéns da Europa para os EUA.
Segundo conversas de operadores, alguns fundos importante estão ficando de lado esperando uma nova reavaliação da safra de café do Brasil, principalmente do café arábica. Na última avaliação no mês passado, a safra estava estimada de 50 a 52 milhões de sacas.
Sobre a queda da produção de café arábica do Brasil, a Agnocfé conversou ontem com um dos maiores especialistas em mercado de café que sempre foi um otimista em relação as safras de cafés nos últimos 20 anos de convivência com o site e pela primeira vêz demostrou durante o "bate papo" um tom muito pessimista que surpreendeu e me disse:
" A meses atrás espera que a safra deste ano do café arábica poderia chegar a 42 milhões de sacas, mas nas últimas em últimas visitas em várias propriedades no Sul de Minas e informações coletadas de várias regiões cafeeiras, fiquei impressionado com a forte queda de produção e podendo chegar a uma quadro nunca imaginado pelo mais pessimista do mercado.
Esta queda de produção acima do esperado vai ter um forte influência no mercado é só esperar para ver. Esta história da alta da bolsa de NY neste dias devido a queda dos estoques de certificados é conversa fiada, esta tranferência de armazéns dos café certificado pela ICE não é nada ante a frustação da produção do café de arábica do Brasil".
Segunda-feira a bolsa não opera em NY devido ao feriado nos EUA e também é feriado na Colômbia