Estoques de certificados continuam desmoronando na bolsa de NY
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de 28.334 sacas em NY, os contratos futuros de café arábica fecharam em alta pela primeira vez nesta semana em pregão baseado em gráficos técnicos com previsão de safra brasileria muito varáveis. Segundo fonte de NY, as informações que estão chegando para traders que operam no mercado estão muito voláteis, variando de 42 milhões até 64 milhões de sacas e com esta grande varável a maioria dos operadores está trabalhando com a média de 50 a 52 milhões de sacas.
O contrato de setembro fechou com alta de 1,55 cents fechando a 220,45 cents, variando de 215,10 cents a 221,75 cents, rompendo a importante média móvel de 40 dias em 217,50 cents, o primeiro suporte em 216,93 cents e durante a reversão de tendência do dia não teve força para buscar a primeira resistência em 222,28 cents.
Os estoques certificados continuam desmoronando na bolsa em NY. hoje diminuíram cerca 15.096 sacas para 789.981 sacas, o menor nível em 23 anos. Nos últimos 6 pregões a queda chegou 136.540 sacas(- 17,2%) média diária de 22.741 sacas. Nos últimos 30 dias o acumulo de queda chegou a 231.819 sacas que representa 29%.
O interesse economico no mercado de café é brutal, mesmo com todas as informações das últimas semanas sobre andamento colheita do café arábica no Brasil, ainda tem setores do mercado que continuam falando em números que eles estimavam a 60 dias atrás, superior a 60 milhões de sacas podendo chegar a 64 milhões de sacas. No mês de agosto, com a "safra surpresa" toda colhida, ele terão uma surpresas muito desagradável podendo chegar a diferença superior a safra atual da Colômbia
Nos últimos dias foram relatadas várias frases interessantes sobre a produção de café, um pelo presidente da Federação Colombiana Roberto Vélez " se chegarmos a 12 milhões de sacas temos agradecer a Deuz". Outra por um presidente de uma grande cooperativa de café " se a safra brasileira 22/23 ultrapassar os 50 milhões de sacas vamos soltar rojões e celebrar". Durante a entrevista desta semana do produtor Antonio Franceschini ele disse " Nesta época no passado já tinha benefeciado 50 mil sacas e este ano não chegou a 2 mil sacas".
O artigo publicado pela Agnocafé no dia 24 de junho continua bem atualizado " tudo indica que, nos próximos meses, os contratos de café arábica deverão passar por momentos históricos. Para o site Agnocafé, o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023 poderão ser uma das melhores épocas para o produto desde o início do seu trabalho, há 21 anos, podendo ultrapassar os preços praticados ao longo de 2011. Pelas últimas informações desde início da colheita de café e pelas projeções climática referentes aos próximos meses de vários institutos meteorológicos, nos próximos meses deve começar a aumentar o desequilibro da lei que rege todos os mercados de commodities, ou seja, da "oferta e demanda", podendo chegar a déficits históricos.
Segundo notícias da Reuters, as torrefadoras de café dos EUA estão pagando os preços mais altos em mais de uma década pelo café verde armazenado no mercado interno, uma vez que a redução das importações dos países produtores atingiu a oferta, juntamente com o aumento dos custos de transporte e mão de obra. Os prêmios são tão altos que estão compensando uma recente retração nos futuros do café. O arábica na ICE caiu de um pico de onze anos de US$ 2,60 por libra-peso em fevereiro para cerca de US$ 2,20 na quinta-feira.
Os arábicas finos da Guatemala estão sendo comprados a cerca de 67 cents sobre os futuros, o maior de todos os tempos, como comparação, eles estavam em 47 cens sobre os futuros de um ano atrás. Os arábicas colombianos estão sendo vendidos no mercado spot local dos EUA por cerca de 85 cents sobre os futuros, o maior prêmio para esse café desde 2009. Eles estavam em 65 centavos um ano atrás. "Se você combinar o mercado alto (de futuros) com os diferenciais elevados, esses são alguns dos preços mais altos de torrefação que já vimos", disse um corretor de um dos maiores importadores de café dos EUA.