Saca de café a R$ 1.500,00 é como nadar, nadar e nadar e morrer na praia
Por José Roberto Marquesa da Costa
O mercado vê um avanço considerável das cotações durante a semana, com valorização superior a 20,00 cents em Nova Iorque, na esteira do temor com a oferta limitada do grão e clima problemático nas principais regiões de café do mundo e um quadro de forte déficit seguido na disponibilidade global e com o mercado começando a desconfiar que não vai ter café suficiente para todos nos próximo 12 meses. A venda de café acima de 300 dólares começa a ser tornar realidade no curto prazo.
O mercado global de café está enfrentando um dos maiores déficits da memória recente, depois que secas e geadas reduziram a produção brasileira. A Colômbia está lutando para se recuperar das chuvas, que são amplamente prejudiciais às plantações, enquanto Honduras, Guatemala e Nicarágua estão ficando sem suprimentos da safra 2021/2022. A safra da próxima temporada da Costa Rica está mostrando sinais de estresse, e uma seca reduziu a a produção de robusta em Uganda.
A vasta reserva de grãos de café do Vietnã está diminuindo, um fenômeno que deve elevar ainda mais os preços globais. Os estoques cairão pela metade até o final de setembro em relação ao ano anterior, de acordo com a estimativa de médias em uma pesquisa da Bloomberg com traders. "Estamos preocupados com a escassez até o início de novembro", disse Phan Hung Anh, executivo-chefe da Quang Minh Coffee Trading JSC.
Em matéria da Agnocafé de ontem a noite sobre cotidiano da cidade de Wilkes-Barre, de 43 mil habitantes, localizada no Estado norte-americano de Pensilvânia, uma situação nunca imaginável: para não perder os fregueses, os proprietários de cafeterias estão preparando seus clientes para mais novo aumento de preços nos próximos meses.
Em conversa tempos atrás com o cafeicultor Walter Crudi, um dos maiores produtores de café da região de Garça e cliente da Agnocafé, alertei se ele vender a R$ 1.500,00 a saca pode perder um dos melhores momentos da cafeicultura brasileira em termos de preço.
Pelas informações da safra brasileira de arábica, que não deve passar de 25 milhões de sacas, além da queda em outros países produtores e sendo confirmada a baixa do robusta no Vietnã, aqueles produtores quem venderem neste valor não vão desfrutar de preços bem superiores a US$ 300 a saca nos próximos meses. Mencionei para ele um velho ditado que cai bem na atual situação do mercado: "A venda a R$ 1500,00 a saca é como nadar, nadar e nadar e morrer na praia".
Obs. Essa e a opinião da Agnocafé ante o atual momento do mercado
Data: 24/08/2022 15:15 Nome do Usuário: Eva da Silva Comentário: até novembro será que o café chega a 1.500 a saca?
Data: 24/08/2022 15:14 Nome do Usuário: Eva da Silva Comentário: será que o café vai chegar a 1.500 a saca?
Data: 24/08/2022 14:33 Nome do Usuário: Guilherme Comentário: Concordo plenamente. O que mais influencia preços é escassez nos estoques. A quebra na produção deste ano em lavouras adultas, 10 a 18 anos, e de 50%.
Data: 24/08/2022 13:26 Nome do Usuário: Francisco Comentário: O brasil exporta mais ou menos 33m d arábica, precisa d 36 pra remaquinar. Vai colher 25 e a safra d arábica começa em abril com café novo pronto pra embarque talvez no final de maio.