“Como mentir com estatística” é um livro de Darrell Huff de 1954
Por Jason Vieira “Como Mentir Com Estatística” é um livro de Darrell Huff de 1954 que engloba o mau uso da estatística para maquiar dados e abalizar opiniões e segundo a sinopse da Amazon.com, “Amostras enviesadas, gráficos dúbios, listagens incompletas: item por item o autor apresenta os vilões da interpretação de dados”.
Eis que nesta eleição, os institutos de pesquisa eleitoral se superaram para confirmar a máxima do livro, desde a distorção do uso do proporcional populacional da PNAD contínua, claramente explicitado em algumas metodologias de coleta, até possíveis intenções e vieses políticos.
A configuração do segundo turno frustrou claramente o PT, o qual já tinha palanque montado na avenida Paulista, na espera por um discurso de vitória no primeiro turno, como a composição legislativa e o segundo turno nos estados mudou toda a dinâmica de um possível mandato petista.
O PL elegeu, com apoio do governo, uma gama enorme de senadores, o centrão se consolidou ainda mais forte na câmara e nomes importantes à frente nas disputas estaduais farão de um, agora, indefinido mandato de Lula algo nada fácil.
Neste sentido, o fator positivo é que tal força aglutinadora evite rompantes pouco favoráveis à economia da oposição, como a reversão de reformas, controle de mídia, gastos excessivos e revogação imediata do teto dos gastos e com isso, a campanha petista deve sim buscar o centro no discurso e no programa.
Para Bolsonaro, a vida ficou mais fácil e entra no segundo turno altamente competitivo, com provável apoio de Zema para reverter a estranheza do resultado em Minas Gerais e o foco deve ser no NE, onde a derrota foi historicamente significante, especialmente em estados chave como a Bahia.
O apoio de Zema pode estar condicionado ao seu nome à disputa da presidência em 2026, o que não o garante dentro do partido Novo e na Bahia, ou ACM Neto sai de cima do muro e apoio o incumbente, ou não se garante no segundo turno.
Há um novo cenário econômico e político na mesa de agora em diante.
A semana está repleta de indicadores relevantes, em especial os de mercado de trabalho dos EUA, os mais importantes neste momento para as decisões de juros do Fed, além de inflações e dados de atividade econômica no Brasil, na linha que se apresentado nos últimos meses.
ABERTURA DE MERCADOS A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com o peso dos temores de quebra do banco Credit Suisse.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com feriado na China, porém com alta expressiva do Nikkei, após melhora do Capex no índice Tankan.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.