Chuvas deixam 203 mortos e mais de 450.000 afetados na Colômbia em 2022
Pelo menos 203 pessoas morreram, 281 ficaram feridas e mais de 450 mil afetadas pelas fortes chuvas que afetaram a Colômbia nos últimos 10 meses, informou nesta segunda-feira a Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (Ungrd).
De acordo com um relatório da Unidade, entre 1º de janeiro e até o momento, foram registrados “203 mortos, 281 feridos, 37 desaparecimentos e 453.292 pessoas afetadas, representadas por 136.407 famílias”.
Da mesma forma, as chuvas destruíram 4.387 casas e outras 69.953 casas foram danificadas, enquanto 2.110 estradas, 233 pontes veiculares, 111 pontes de pedestres, 305 aquedutos, 84 esgotos, 19 centros de saúde, 235 centros educacionais e 46 centros comunitários também foram afetados.
Da mesma forma, 754 dos 1.103 municípios colombianos sofreram os rigores das fortes chuvas que deixaram 26 dos 32 departamentos do país em calamidade pública. As inundações também causaram outros efeitos, como a destruição de lavouras e a perda de animais, principalmente vacas e aves.
A informação acrescenta que na Colômbia houve 1.111 movimentos de massa, 740 inundações, 287 aumentos súbitos, 204 vendavais, 90 avenidas torrenciais, 82 tempestades, 32 chuvas de granizo e 8 tempestades elétricas.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou nesta segunda-feira que a situação de "desastre natural" seria declarada no país para lidar com a crise causada pelas chuvas e inundações.
O chefe de Estado colombiano explicou que declarar a situação como "desastre natural" permite ao Estado movimentar recursos que foram orçados pelo governo anterior e que não estão sendo executados. Esses itens serão destinados, segundo Petro, para atender as pessoas atingidas pelas chuvas e pela fome.
As chuvas aumentaram este ano devido ao fenômeno La Niña. O Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam) disse que há 50% de chance de que as chuvas durem até abril do próximo ano.