Devido ao clima produção da Colômbia não de ultrapassar 10 milhões de sacas
Por José Roberto Marques da Costa
As chuvas persistentes que atingiram o país nos últimos meses fizeram com que a produção de café na Colômbia caísse 12% em outubro, para 888 mil sacas ante a 10,1 milhões de sacas em outubro de 2021, informou quinta-feira a Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC). "O retrocesso na produção se deve ao excesso de chuvas que vem sendo registrado ininterruptamente nos últimos 28 meses devido ao fenômeno La Niña, que se traduz em excesso de água, menos luz e menos florescimento nos cafezais", explicou a Federação.
Entre janeiro e outubro deste ano, a produção totalizou 9 milhões de sacas ( média de 900 mil ), 10% a menos em relação às 10,1 milhões ( 1,010 milhões ) de sacas produzidas no mesmo período anterior. Além disso, nos últimos 12 meses, a produção foi próxima de 11,6 milhões de sacas ( média de 967 mil ), 13% inferior à 13,2 milhões de sacas colhidas há um ano.
Pelas últimas informações destas últimas semanas com a Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC) convondo os cafeicultores para renovar lavouras ante queda da produção que seundo a FNC não deve ultrapassar 12 milhões de sacas em 2022. Somado as informações de vários lideres regionais de queda de produção deve ficar entre 25% a 35% nas principais regiões cafeeiras com previsão de precipitação entre 20% e 30% acima dos recordes históricos nos próximo três meses.
Acrescentando que o país está aumentando suas importações do Brasil e Honduras dos dois principais produtores de café arábica para poder honrar seus compromissos no curto e médio prazo, tudo indica que a produção de café deve cair acima do que a FNC está projetando, tudo indica que a média mensal de produção ficará bem abaixo da atual 900 mil sacas e dificilmente a produção da Colômbia deve ultrapassar a 10 milhões de sacas.
A organização Dignidad Cafetera afirma que a produção de café em Risaralda pode cair entre 30 e 35% até o final do ano e não apenas as chuvas são a causa dessa redução. Além do clima, Duberney Galvis Cardona, coordenador da Dignidad Cafetera em Risaralda, apontou como deficiências no plano de renovação de safras que está sendo aplicado, a valorização do dólar também está minando as finanças dos cafeicultores, com insumos que até dobraram de valor que são essenciais para evitar que os cafezais sejam atacados por pragas.
Cafeicultores de Quindío alertam que estação chuvosa reduzirá produção de café em 25%. Isso foi alertado pelo diretor do comitê departamental de cafeicultores, José Martín Vásquez, que reconheceu a complexidade devido à atual onda de inverno que dificulta as condições para a produção de café, por isso espera que ela diminua em até 25%.
Para Carlos Felipe Hoyos, presidente da o Comitê Departamental de Cafeicultores de Caldas destacou que, embora os preços tenha reagido nos últimos meses, a produção é baixa porque as lavouras não estão florescendo ou produzindo como esperado devido às fortes chuvas. Além do clima, adiciona a alta do dólar que está provocando aumento dos custo e falta de mão de obra para a colheita do café,
Em Huíla as chuvas atípicas continuam a causar estragos gerando fortes impactos no departamento no setor produtivo da região. Devido às fortes chuvas apresentadas neste município, as estradas terciárias praticamente desapareceram e estão sendo realizados trabalhos para encontrar soluções e recuperar a mobilidade nesses pontos.
Previsão de mais chuvas nas regiões de café nos próximo meses
Para novembro, a Região Andina, prevê-se precipitação entre 20% e 30% acima dos recordes históricos nos setores do Norte de Santander, Boyacá, Cundinamarca, Caldas, Risaralda, Tolima e Huila. Para dezembro, espera-se chuvas mais de 30% acima das médias históricas em Antioquia, Cundinamarca, Boyacá, Santander e Norte de Santander e para o mês de janeiro, a precipitação deve ser superior a 20% em relação à climatologia de referência 1991-2020 em grande parte da região.