Cooxupé surpreende o mercado com nova frustação de safra em 2013
Por José Roberto Marques da Costa
Em mercado fortemente sobrevendido, os contratos futuros do café arábica em NY caíram novamente nesta sexta-feira, marcando uma queda semanal de 7,7%, o que deixou a commodity perto da mínima de 16 meses atingida na quinta-feira quando chegou a 154,05 cents e começando a mostrar sinais de saturação dos indicadores sobrevenddios.
Com volume de 37.492 lotes, março teve queda de 1,25 cents fechando a 155,10 cents, variando de 154,50 cents a 160,50 cents, superando na primeira parte do pregão a primeira resistência em 159,05 cents e tudo indicando que iria buscar a segunda em 161,75 cents. Como não teve força para se manter acima de 160,00 cents começaram as pressões dos vendidos que levaram abaixo de 155,00 cents, mas não tendo força suficiente para chegar o primeiro suporte de 153,85 cents. Os estoques certificados de café aumentaram de 13.720 sacas para 497.809 sacas.
No pregão de ontem começaram a dar sinais de saturação dos indicadores sobrevendidos devido a constante baixas dos últimos 48 dias, quando começara a despencar (dia 10 de outubro) quando março estava cotado a 208,25 cents, acumulando queda de 53,15 cents (25,5%) deixando os indicadores fortemente sobrevendidos que deve limitar maiores perdas na próxima semana podendo ter um começo de reversão de tendência. "É complicado digerir um mercado supervendido que continua adicionando mais e mais, mesmo que não seja liderado pelas origens", disse um corretor de café, acrescentando que as vendas dos agricultores têm sido mínimas.
Pelos dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) divulgados nesta sexta-feira, 18 de novembro referente ao dia 15 de novembro, mostra que os fundos aumentaram cerca de 4.040 suas posições liquidas vendidas para 23.378 lotes, que representa alta de 20,9%. Segundo os números, as posições futuras os grandes fundos possuíam 23.278 posições líquidas vendidos ( 20.804 posições compradas e 44.182 posições vendidas), no último dia 15 de novembro. Ante ao relatório do dia 8, fundos aumentaram 6.902 lotes vendidos e o principal indicador foi começo do da alta de 2.862 lotes comprados.
Não se esqueça que tivemos um safra frustrada de café arábica e a Colômbia está caminhando para uma queda bem acentuada em sua produção devido às chuvas intensas e falta de luminosidade que prejudicou a florada . As exportações nos últimos dois meses ficaram acima de 3,4 milhões de sacas e em novembro podemos chegar perto desses números, mas a partir de dezembro deve começar cair devido à Lei da oferta e procura. Outra fundamento que deve ser lembrado, o Brasil não tem café arábica suficiente para cumprir seus compromissos até julho", disse ele.
"Apesar dos três anos seguidos de problemas climáticos enfrentados pelo Brasil e demais países produtores de café, que derrubou a produção mundial de café e praticamente liquidou os estoques de segurança, situação que não parece estar terminando com especuladores e fundos continuam derrubando as cotações do café nas bolsas de futuro", disse Eduardo Carvalhaes.
Segundo fontes de mercado, com a continuidade do La Niña até março do próximo ano, os investidores estão monitorando atentamente o clima no Brasil no dezembro, janeiro, fevereiro e março preocupados com possível chuvas bem abaixo da média históricas nas regiões de café que poderia provocar um terceira quebra de safra consecutiva do Brasil. Vários fundos de investimento já estão considerando o clima nos próximos meses como fundamento principal tentando evitar o que aconteceu no ano 2020, no primeiro ano do La Niña que pegaram eles desprevinidos.
Pelo menos 271 pessoas morreram este mês na Colômbia devido à estação chuvosa, a mais intensa das últimas quatro décadas e que pode durar até março, segundo um balanço oficial divulgado nesta quinta-feira. As chuvas pioraram nas últimas três semanas, afetando também 745.000 pessoas nos 32 departamentos do país, informou nesta quinta-feiraa Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (Ungrd). A onstente chuvas nos últimos 10 meses deve provocar uma queda na produção agrícola do país, principamente o café.
Segundo a Icona Café em matéria da Invensting.com a Cooxupé surpreendentemente postou que espera que a safra do ano que vem não seja muito melhor do que a deste ano. Inicialmente, o grupo esperava um aumento na produção devido à boa floração no início da temporada, porém, segundo a Cooperativa, nem todas as flores estão se transformando em frutos devido às condições climáticas.
Algumas plantações no sul de Minas Gerais, um dos principais estados produtores, foram recentemente atingidas por granizo. As tempestades do início de novembro foram mais intensas do que o normal, afetando 26.600 hectares de áreas de cultivo de café, segundo a agência governamental Emater. Embora o impacto não seja considerado significativo para a produção de café no Brasil, é um lembrete de que os produtores continuam enfrentando ameaças climáticas extremas.
O presidente da Cooxupé Carlos Augusto Rodrigues de Melo em reportagem feita pelo site Notícias Agrícolas nesta manhã desta sexta-feira sobre os efeitos das últimas chuvas de granizo na região de atuação da Cooperativa e no final da entrevista ele disse " na área de atuação da Cooxupé em 2023 teremos mais um ano de frustação de safra, com certeza 2023 será um safra parecida como com a safra de 2021 e 2022. Enfim safra tão desejada e almejada pelos cafeicultores não virá em 2023". Sobre números da futura safra o presidente da Cooxupé disse " estamos em novembro e seria prematura falar em números. Em fevereiros teremos números consistentes para passar para o mercado".
Data: 21/11/2022 11:37 Nome do Usuário: FABIO WATANABE Comentário: Corrija o título o ano está em 2013🙏
Data: 21/11/2022 11:36 Nome do Usuário: Fabio W. Comentário: Corrija o ano está em 2013☝️
Data: 19/11/2022 19:25 Nome do Usuário: Gilmar Guimaraes Comentário: Sou do Suldoeste de Minas estamos atravessando vários problemas seca, geada,seca de novo, granizo fora do normal se o preço não ajudar muito cafeicultores vão sair do ramo é só prejuízo ninguém aguen