Abic passará a ter um único selo de qualidade e pureza do café
Em janeiro, entrará em vigor uma nova portaria do Ministério da Agricultura que estabelece o padrão de classificação do café torrado no país. A expectativa da indústria é que o monitoramento do setor cresça, o que ajudará a coibir fraudes de adulteração do café torrado para o consumidor final.
A nova regulamentação reforça processos que eram conduzidos pelo setor privado. Depois de 20 anos, o segmento voltará a contar com uma normativa de regularização e de fiscalização para o café torrado, segundo Celírio Inácio, diretor executivo da Abic, associação que reúne as torrefadoras.
Em meio às mudanças, a Abic anunciou que irá unificar os seus programas Selo de Pureza (SPA), que existe desde 1989, e Programa de Qualidade do Café (PQC). As duas certificações passarão a ter um único regulamento e identidade visual. O produto que não se enquadrar nesses dois parâmetros — pureza e qualidade — não será certificado pela associação.
Só vão receber a certificação cafés com nível de qualidade de, no mínimo, 4,5 pontos, segundo estabelecido pela indústria e exigido pela portaria do governo. O novo padrão oficial determina que cafés puros que não atingirem a nota mínima de qualidade poderão ser comercializados desde que identifiquem visivelmente nos rótulos a classificação “Fora de Tipo”.
A Abic informou, ainda, que planeja uma série de iniciativas com o varejo supermercadista para orientar os responsáveis pela aquisição de café sobre as mudanças e sobre o risco de oferecerem cafés que não estejam de acordo com o que a lei exige.