Starbucks sem licença dominado pela pirataria no Iraque
Tudo, desde a placa externa até os guardanapos, leva o emblema oficial da maior cadeia internacional de cafés. Mas em Bagdá, as aparências enganam: o "Starbucks" na capital iraquiana não é licenciado. Mercadorias reais da Starbucks são importadas de países vizinhos para abastecer os três cafés da cidade, mas todos operam ilegalmente.
A Starbucks entrou com uma ação na tentativa de encerrar a violação de marca registrada, mas o caso foi interrompido depois que o proprietário supostamente ameaçou os advogados contratados pela cafeteria.
Tenham cuidado, ele disse a eles – e se gabou de ter laços com milícias e figuras políticas poderosas, de acordo com autoridades americanas e fontes legais iraquianas. "Sou um homem de negócios", disse Amin Makhsusi, dono das filiais falsas, em uma rara entrevista em setembro. Ele negou ter feito as ameaças. "Eu tinha a ambição de abrir a Starbucks no Iraque."
Depois que seus pedidos para obter uma licença do agente oficial da Starbucks no Oriente Médio foram negados, "decidi fazê-lo de qualquer maneira e arcar com as consequências". Em outubro, ele disse que vendeu o negócio; os cafés continuaram a funcionar.
A Starbucks está "avaliando os próximos passos", escreveu um porta-voz na quarta-feira, em resposta a um pedido de comentário da Associated Press. "Temos a obrigação de proteger nossa propriedade intelectual contra infrações para reter nossos direitos exclusivos sobre ela."
A saga da Starbucks é apenas um exemplo do que as autoridades e empresas americanas acreditam ser um problema crescente. O Iraque emergiu como um centro de violação de marcas registradas e pirataria que abrange vários setores, do varejo à radiodifusão e produtos farmacêuticos. A regulamentação é fraca, dizem eles, enquanto os perpetradores de violações de propriedade intelectual podem continuar fazendo negócios em grande parte porque contam com a proteção de grupos poderosos.
A falsificação está comprometendo marcas conhecidas, custando às empresas bilhões em perda de receita e até mesmo colocando vidas em risco, de acordo com empresas afetadas pelas violações e autoridades americanas que acompanham seus casos.