A cafeína é uma das drogas da classe das metilxantinas mais utilizadas no mundo. Milhares de pessoas consomem regularmente produtos que contêm cafeína, como o café, de acordo com um estudo de 2022 publicado pelo Instituto Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
Além do café, a cafeína é encontrada em refrigerantes, chá, erva-mate, bebidas energéticas e até mesmo em chocolates. De acordo com o NIH, a ingestão média de cafeína nos Estados Unidos é de 280 mg por dia (uma ou duas xícaras de café) em 90% da população.
Qual é o efeito da ingestão de café?
O estudo do NIH sobre abstinência de cafeína explica que as bebidas com o estimulante são ingeridas para evitar ou aliviar a sonolência, estimular o sistema nervoso central e melhorar o desempenho. A sonolência desaparece quando se toma café porque o efeito energizante da cafeína bloqueia os receptores de adenosina, um componente biológico do corpo que causa a sensação de sonolência ou cansaço.
No total, 400 mg por dia de cafeína (essa dose leva em conta não apenas o café, mas também todos os alimentos que contêm cafeína) é o nível seguro aceito pela medicina, explica o NIH. O equivalente em xícaras de café seria quatro; dez latas de refrigerante de cola ou dois energéticos.
Entre outros efeitos, o café produz efeitos fisiológicos no sistema vascular cerebral, aumenta a pressão arterial e a função respiratória, diz o NIH. Ele pode até aumentar os níveis de urina e a atividade gástrica e do cólon. Em doses baixas (20 a 200 mg), os relatórios médicos do instituto norte-americano afirmam que o café aumenta o bem-estar, a energia, o estado de alerta e a sociabilidade. Doses em excesso podem levar a sintomas relacionados à ansiedade, nervosismo e distúrbios estomacais.
Cafeína: quanto tempo ela permanece no corpo humano
Após a ingestão do café, os antioxidantes levam entre 30 a 45 minutos para serem absorvidos pela corrente sanguínea, explica o NIH. Em seguida, ele é metabolizado no fígado e excretado pelos rins através da urina. Todo esse processo pode durar de quatro a seis horas, de acordo com o estudo.
No entanto, o tempo de permanência da cafeína no organismo pode variar em até 9,5 horas após o consumo do café, dependendo de outros fatores que influenciam a absorção do antioxidante: gestantes, obesidade, uso de medicamentos anticoncepcionais, tabagismo, entre outros.
Além disso, o estudo do NIH explica que o consumo diário de cafeína gera tolerância aos efeitos estimulantes, o que pode levar a sintomas de abstinência.