Modelos mostram que a onda de calor vai continuar forte e abrangente
A primavera de 2023 começou recentemente e já mostrou que chegou para ser uma estação mais quente que o normal devido à atuação do fenômeno El Niño. Temperaturas acima dos 40°C estão sendo registradas em diferentes regiões brasileiras desde a última semana e isso vai continuar.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as capitais Cuiabá e São Paulo tiveram o inverno mais quente dos últimos 63 anos, além de grande parte das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste passarem por mais de 70 dias de calor intenso durante a estação.
O primeiro domingo da primavera foi marcado por recordes de maiores temperaturas do ano nas capitais Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Temperaturas variaram entre 33°C e 40°C. Nesta segunda-feira, os termômetros alcançaram os 43°C em São Romão, no noroeste de Minas.
Após um fim de semana extremamente quente em diferentes regiões do país, a semana começou com temperaturas elevadas desde o norte do Rio Grande do Sul até cidades no extremo norte brasileiro ainda sob influência da forte onda de calor. A pergunta que fica é até quando esse calor intenso vai persistir e se será assim durante a primavera inteira por conta do El Niño.
Até quando vai a intensa onda de calor?
Até mesmo os amantes dos dias quentes precisam dar o braço a torcer e admitir que a curiosidade existe sobre até quando o calorão vai persistir no Brasil. A resposta não é nada animada para quem sofre com as temperaturas elevadas. O final de setembro e os primeiros dias do mês de outubro serão extremamente quentes no Brasil Central e também na metade norte brasileira, regiões que podem registrar temperaturas entre 35°C e 43°C.
Com a influência do El Niño, a primavera será mais quente que o normal, algo que gera diversas preocupações em diferentes setores brasileiros como a saúde, a agricultura e a energia que podem ser substancialmente afetados pelas temperaturas acima da média. A primavera mal começou e recordes já estão sendo batidos, o que está por vir pode ser ainda pior e desastroso, uma vez que o calor em excesso mexe até mesmo com o preço da comida na mesa da família brasileira.
A primavera será marcada por várias ondas de calor, o fenômeno El NIño causa justamente essa maior frequência e intensidade dos eventos extremos. O que pode mudar é a região mais afetada, o que depende também de outras variáveis como a nebulosidade e a chuva.
Os modelos já mostram que a onda de calor desta semana vai continuar forte e abrangente no Brasil, com temperaturas acima do normal no norte do Paraná, centro, oeste e norte de São Paulo, na maior parte de Minas Gerais, nas áreas serranas do Rio de Janeiro, no Espírito Santo, na maior parte do Mato Grosso do Sul, em todo o Goiás e Distrito Federal, assim como em áreas do Mato Grosso, da Bahia, do Piauí, do Maranhão, do Tocantins, e até mesmo de Rondônia, Amazonas e Roraima, estados que podem registrar pancadas de chuva com maior frequência.
Na maior parte do mês de outubro, o calor ainda vai ser registrado em todo o Brasil, até mesmo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina que podem ter temperaturas acima da média, mas se tratando de onda de calor, os maiores desvios de temperaturas estão sendo projetados para o Centro-Oeste e para o Norte. É somente na última semana de outubro que o Brasil deve passar por dias com temperaturas levemente acima do normal, ou seja, sem a atuação de uma forte onda de calor.