A cafeína, substância química extraída de algumas plantas e utilizada na preparação de bebidas (como café e alguns tipos de refrigerantes) tira o sono porque atrapalha a ação de elemento chamado adenosina. Ele é criado pelo cérebro, diminui a atividade das células nervosas e é responsável pela sonolência.
Como a cafeína se parece com a adenosina, nossa atividade cerebral acaba ficando confusa e entende que são as mesmas substâncias. Os efeitos são contrários, o que faz com que o nível de atividade do cérebro aumente. Ao invés dos vasos sanguíneos (por onde passam o sangue e o oxigênio no corpo humano) se dilateram, o que causa o estado de sonolência, a cafeína faz com que os vasos se comprimam, ampliando a atividade neural.
Toda a estimulação acontece na parte da nuca da nossa cabeça. A região é responsável pelas respostas ao sono e também atua no controle dos batimentos cardíacos e na função respiratória.
Todo o efeito da cafeína também depende muito da sensibilidade do organismo de cada pessoa. O ideal é que se evite produtos que contêm essa substância quando somos muitos jovens, principalmente porque o sono é muito importante para o crescimento das crianças e o desenvolvimento neurológico.
A cafeína também está presente no chocolate e em alguns chás, como o verde e o mate. Por conta de seu efeito, o recomendável é consumir esses produtos, no mínimo, duas horas antes de se deitar (o mesmo vale para os adultos).
A cafeína é utilizada no tratamento de bebês com apneia (quando o ar para de fluir para as vias aéreas e a pessoa não respira), além de ser usada para combater dores, como a de cabeça
Consultoria de Gustavo Moreira, médico pediatra e pesquisador do Instituto do Sono, de São Paulo.