Cooperativa cafeeira do cerrado mineiro lança relatório de iniciativas
Para compartilhar as ações e marcos notáveis da cafeicultura do Cerrado Mineiro em 2023, com foco nas iniciativas socioambientais e metas para o futuro, a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) lança o relatório “Iniciativas de Impacto 2023”. A expectativa é elevar o patamar de propósitos para os próximos anos, como por exemplo, chegar em 25 mil hectares de café regenerativo até 2027, com aumento de mais de 92% em comparação ao número atual, que é de cerca de 13 mil hectares.
O relatório mostra que além da Expocacer ter se tornado a primeira cooperativa do mundo a receber o selo de regenerativa pela Regenagri, entidade global que tem como objetivo garantir a saúde e a preservação do solo, também atingiu um marco por meio da geração de energia solar fotovoltaica e obteve resultados de 143.346,71 kWh, volume suficiente para suprir toda a demanda energética do prédio administrativo, e ainda abastecer parte de outros setores. A geração de energia das placas solares é equivalente ao plantio de 106 árvores, evitando a emissão de 77,45 toneladas de CO2 e a não utilização de 65,22 toneladas de carvão vegetal, que por ser uma fonte de energia renovável e limpa, não emite poluentes.
Outro ponto ressaltado no levantamento foi a conquista por meio de uma economia circular. A cooperativa encaminhou 492,2 kg de uniformes antigos para a reciclagem e com isso conseguiu polpar 3,68m² de aterro. “Estamos orgulhosos de nossos avanços em sustentabilidade ambiental. Reduzimos nossa pegada de carbono, implementamos práticas agrícolas inteligentes, sustentáveis e promovemos ideias regenerativas com diálogos transparentes. Esses esforços refletem nosso compromisso em preservar o planeta para as gerações futuras, estimulando e inspirando a transformação”, afirma Simão Pedro de Lima, Diretor Superintendente da Expocacer.
Um estudo feito pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), realizado em 20 propriedades de café associadas à cooperativa, também apontou que as fazendas sequestram mais carbono do que emitem. O instituto constatou um valor de emissões negativo de -0,2 tonelada de dióxido de carbono, equivalente a um por hectare ao ano. Este fenômeno acontece quando o sequestro do carbono oriundo do solo e das plantas é maior que as emissões, e ao analisar as estimativas de emissão de GEE das fazendas, o Imaflora chegou ao valor absoluto de 15.400 tCO2e.ano-1, número considerado baixo.
O desenvolvimento econômico das propriedades cooperadas produz grandes resultados para a região, com geração de empregos e novas oportunidades para as pessoas no entorno de cada fazenda. Por isso a Expocacer também destina investimentos a ações socioeconômicas, de acordo com o relatório, foram investidos mais de R$ 385 mil na área educacional, mais de R$ 3 milhões em área técnica e mais de R$ 1 milhão para assistência social. Em 2023 também foram efetivados 62,5% dos jovens aprendizes da cooperativa. “A equidade no contexto cooperativista é uma jornada que nos conduz ao equilíbrio entre a valorização da nossa igualdade intrínseca e o respeito profundo pelas diferenças individuais e suas jornadas únicas. Estamos construindo um ambiente onde cada pessoa possa prosperar e contribuir para o sucesso coletivo da cooperativa”, diz Raquel Lazzarin, Diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional da Expocacer. O levantamento completo pode ser encontrado aqui.
Criada em 1993 e situada em Patrocínio/MG, a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) promove a qualidade dos cafés e o trabalho dos cooperados no Brasil e no mundo, por meio de iniciativas socioambientais relevantes e movimentação da economia de toda a região. A infraestrutura da cooperativa contempla dois armazéns com capacidade para mais de 1 milhão de sacas. Atualmente são atendidos 680 produtores, com exportação para mais de 30 países, nos 5 continentes.