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Empresa lança programa focado em reservas orgânicas em cultura cafeeiro


Em Araxá (MG), a Prime Agro lançou o “Programa Café com Qualidade Prime Agro”. Na oportunidade, Guilherme Augusto Alves Macieira, gerente de Pesquisa e Inovação, apresentou um estudo conduzido ao longo de dois anos em regiões cafeeiras selecionadas no Brasil, visando compreender a movimentação de reservas orgânicas, principalmente amido e açúcares solúveis, nas plantas de café.

“Esse estudo foi cruzado com o manejo nutricional realizado por meio do programa de qualidade da Prime, que oferece produtos, serviços e técnicas personalizadas para otimizar os recursos e promover a longevidade produtiva das plantas”, explica.

No evento, foi detalhado o programa de qualidade da Prime Agro, os experimentos realizados, os produtos utilizados, as técnicas aplicadas e os serviços oferecidos – desde análises de solo e folhas até um acompanhamento mais próximo e compreensão da física do solo. Todo esse conhecimento contribui para melhorar não apenas a produção quantitativa, mas também a qualidade do café.

Após dois anos de estudo em cinco áreas do Brasil, incluindo o Triângulo Mineiro e Sul de Minas, além da cultura do café Conilon na Bahia, a Prime Agro identificou que a nutrição aplicada de forma especializada resultou em uma maior estabilidade produtiva das plantas de café.

Isso significa uma maior longevidade produtiva, refletindo em uma média de mais de 50 sacas por hectare, com picos de até 90 sacas nas áreas de arábica entre sequeiro e irrigado. “Essa estabilidade é particularmente notável, já que boa parte das áreas da média nacional apresenta uma produtividade em torno de 25 a 30 sacos, evidenciando a eficácia do manejo nutricional da Prime em impulsionar a produtividade e qualidade do café”, orgulha-se Macieira.

A Prime Agro trabalha uma abordagem integrada da agricultura, que visa não apenas a nutrição das plantas, mas também compreender e melhorar a vida do solo.

“Reconhecemos que o solo é o principal recurso do produtor e seu manejo adequado é essencial para o sucesso da produção. Por isso, lançamos um programa que envolve diversas frentes, desde o entendimento da parte física do solo, que influencia o desenvolvimento das raízes e a movimentação de água e nutrientes, até intervenções, quando necessário”, informa Macieira.

O programa ao qual ele se refere inclui análises de solo para entender a composição química e recomendações precisas de calagem e adubação, além de análises foliares para avaliar o status nutricional das plantas e monitoramento contínuo para manejo de pragas e doenças.

A proposta é oferecer aos produtores uma abordagem personalizada, considerando as necessidades específicas de cada área e cultura, ao invés de adotar soluções genéricas. O objetivo é promover não apenas uma maior produtividade, mas também uma produção mais sustentável e eficiente, adaptada às particularidades de cada propriedade.

“Queremos introduzir a personalização na cafeicultura, visando melhorar a qualidade, longevidade e produtividade das plantas. Conforme destacado durante a apresentação, a cafeicultura envolve uma planta perene, que permanece na área por muitos anos, tipo 10 ou 15, exigindo reservas adequadas para sua manutenção e desenvolvimento saudável”, acrescenta o gerente de pesquisa.

Ainda segundo ele, essas reservas estão intimamente ligadas à nutrição da planta, influenciando sua fotossíntese e capacidade de resistir a pragas e doenças. Uma planta bem nutrida possui uma reserva que garante sua longevidade produtiva e permanência na área, além de apresentar uma melhor manutenção das folhas e produção de frutos de maior qualidade e tamanho.

“A otimização de recursos é fundamental para os produtores, pois lhes permite utilizar apenas o necessário, evitando desperdícios e alcançando melhores resultados. Com um diagnóstico preciso, o produtor pode ajustar seu manejo, garantindo uma produção mais eficiente e mantendo a reserva das plantas”, garante o profissional.

Nos experimentos da Prime, a equipe observou que um manejo eficiente que resultou em plantas com até 20% a mais  de reserva nos frutos (amido), e mais de 10% a mais de reservas na planta inteira no pós-colheita, em comparação com o manejo padrão.

Isso se traduziu em melhorias significativas na produtividade e qualidade dos frutos, demonstrando os benefícios de um manejo personalizado e eficaz na cafeicultura.

“Ao fornecer mais reservas para a planta, garantimos uma maior longevidade produtiva, reduzindo as oscilações na produção e obtendo frutos de tamanho superior ao longo do tempo. Esses frutos,  com características  para cafés especiais, mantêm sua qualidade e valor, proporcionando benefícios contínuos”, explica Guilherme.

Para ele, não basta apenas aumentar a qualidade se houver perda de produtividade, ou vice-versa. A abordagem da Prime Agro trata a planta como um indivíduo, exigindo manutenção adequada das reservas para otimizar os recursos e garantir a qualidade dos frutos.

O programa promovido pela Prime Agro se baseia em um diagnóstico eficiente e personalizado, adaptado às condições específicas de cada área produtiva de café. Embora muitos produtores já estejam utilizando esse manejo, a meta é expandir seu uso e aumentar a produtividade das áreas cultivadas.

Além disso, o manejo não se limita ao café; ele pode ser aplicado a outras culturas anuais, como soja ou milho. A diferença reside na duração da planta: enquanto no café a planta permanece por 10 a 15 anos, em outras culturas ocorre a remoção completa da planta, o que demanda uma abordagem diferente em relação às reservas.

No caso do café, Guilherme esclarece que é crucial manter as reservas para garantir que a planta permaneça na área por mais tempo, o que requer uma manutenção constante das reservas. “Não podemos afirmar que o programa pode eliminar completamente a bienalidade, mas podemos atenuar sua curva. A ideia é identificar e manter uma produção com um nível de reserva que otimize a produtividade ao longo do tempo, sem esgotar a planta”.

Atualmente, o trabalho se concentra principalmente em culturas de cereais, como milho e trigo. No entanto, também estão sendo exploradas frutas de clima temperado, além do café.

A essência do projeto é introduzir informações inovadoras na cafeicultura, especificamente na abordagem integrada da nutrição e da fisiologia da planta. “A maioria dos trabalhos existentes sobre reservas é muito específica por fase e não aborda a nutrição de forma integrada, o que é uma lacuna que estamos preenchendo”, justifica o gerente de pesquisa.

O produtor rural José Ribeiro Filho cultiva 57 hectares, dos quais 43 são de café, no Sítio Dona Sinhá, em Araxá. Atualmente, sua produtividade média é de 47 sacas/ha no sequeiro.

E foi na propriedade dele que a Prime iniciou sua pesquisa, onde diversos conhecimentos foram adquiridos e resultados confirmados, mostrando como o manejo pode melhorar significativamente a produtividade e a qualidade do café.

“Sob a orientação do Dr. Rodrigo, nossa lavoura melhorou consideravelmente. Antes do manejo, tínhamos uma produtividade baixa, em torno de 30 a 35 sacas no máximo. Após a implementação do manejo, percebemos uma melhoria significativa na produção, com as lavouras alcançando um bom desenvolvimento”, considera José.

No que diz respeito ao solo e aos grãos em si, ele notou melhorias substanciais com a assistência técnica. A aplicação de adubos químicos e orgânicos contribuiu para a melhoria da fertilidade do solo, resultando em lavouras mais saudáveis e com melhor desenvolvimento vegetativo e enfolhamento.

Sobre o programa Prime

• Análise mensal de carboidratos nos tecidos

• Acompanhamento do crescimento de ramos

• Acompanhamento do pegamento de flores e frutos

• Análise da fertilidade do solo

• Análise de tecido foliar

• Parâmetros de produtividade

• Qualidade de bebida

• Teor de nutrientes nos grãos

Os principais manejos do programa incluem o cuidado com a produção e a saúde das folhas, além de estratégias para colher os frutos mais cedo, evitando que permaneçam na planta por tempo excessivo e drenem sua energia.

Outro aspecto crucial é a nutrição mineral personalizada da planta, que desempenha um papel fundamental na manutenção das reservas e na promoção de uma produção sustentável.

Portanto, afirma Cláudio, a tecnologia aplicada à nutrição é essencial para garantir que a planta de café possa manter suas reservas e sustentar uma produtividade equilibrada ao longo do tempo. “Este é o ponto central da importância das reservas de carboidratos e sua influência na produtividade da lavoura de café”.

Embora a Prime Agro seja uma empresa que comercializa produtos, seu foco principal não é a venda de serviços separadamente. Os serviços são oferecidos como parte do uso de seus produtos e ferramentas, com a preocupação adicional de fornecer informações de qualidade.

Por exemplo, os resultados deste estudo já foram apresentados em congressos de café, demonstrando o compromisso de contribuir para o conhecimento científico, e não apenas focar na venda de produtos.

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    Safra 23/24 25% R$ 1940,00
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    Safra 23/24 30% R$ 1930,00
    Duro/Riado 20% R$ 1630,00
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  • Guaxupé
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    Safra 23/24 25% R$ 1940,00
    Duro/riado 25% R$ 1720,00
    600 defeitos R$ 1670,00
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    Cepea Conilon R$ 1556,36
    Agnocafé 23/24 R$ 1960,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1610,00
    Conilon T. 7 R$ 1600,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1590,00