Fed mantém juros e destaca 'ausência de novos avanços' para meta de inflação
O Federal Reserve (Fed, banco central) americano manteve nesta quarta-feira (1º) os juros de referência na faixa entre 5,25% e 5,50%, foi a sexta pausa consecutiva após o início do ciclo de aperto monetário, que teve início em março de 2022. Os juros permanecem, portanto, no maior nível em mais de duas décadas, destacando a "ausência de novos avanços" para sua meta de inflação, após a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária.
A decisão veio em linha com o esperado pela ampla maioria dos analistas. O monitor de juros FedWatch, do CME Group apontava até o início desta tarde que 97,5% do mercado apostava na manutenção da taxa, enquanto 2,5% ainda previam uma queda de 0,25 ponto percentual.
“A inflação veio diminuindo ao longo do último ano, mas permanece elevada. Nos últimos meses, houve falta de progresso em direção à meta de inflação de 2%”, diz a nota do Fed, que acompanhou a decisão. “As perspectivas econômicas são incertas e o Comitê permanece bastante atento aos riscos de inflação.”
No entanto, o Fed assinalou que, a partir de junho, começará a reduzir mais lentamente seu volume de ativos em carteira, um movimento que anuncia um começo de flexibilização de sua política monetária. " A inflação demonstrou pouco progresso, a demanda no mercado de trabalho ainda excede a oferta disponível de trabalhadores e os dados sobre a inflação deste ano estão acima do esperado" disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em pronunciamento feito logo após ao anúncio da manutenção da taxa de juros nos EUA.