Clima não perdoa, produção do Brasil deve ficar entre 50 a 55 milhões de sacas
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume negócios de 41.381 lotes em NY, o contrato de julho teve leve queda 0,30 cents fechando a 201,15 cents, interrompendo os três pregão de alta consecutiva, acumulando alta de 5,95 cents depois de 12 pregões consecutivo que acumulou queda de 45,15 cents, variando de 198,80 cents ( 0,80 cents acima da mínima de quinta-feira) a 20,60 cents ( 1,70 cents acima da máxima de quinta-feira), rompendo o primeiro suporte em 199,00 cents e ultrapassando primeira resistência em 202,90 cents, acumulando alta de 0,40 cents na semana. Os estoques de certificados sobem 12.255 sacas para 711.871 sacas, esperando certificação 94.734 sacas, na semana acumula alta de 22.699 sacas
Desde o começo de abril devido a problemas climáticos e associados a queda de área de café devido a migração do cafeicultores para outras culturas mais lucrativas que refletiu queda da safra do ano passado e deste de ano que deverá ser colhida no Vietnã a partir de outubro, os contratos de robusta em Londres tiveram forte valorização contaminando os contratos de café arábica em NY, valorização mais de 50 cents.
Com o retorno das primeiras chuvas depois de vários meses de forte estiagem e temperatura extremamente altas, os contratos despencaram em Londres, contaminando novamente os contratos em NY provocando queda mais de 45 cents com a forte pressão durante 12 pregões com pressão dos fundos algorítimos. Neste semana, depois que eles desistiram de tentar romper o piso da MA55 em 194,70 cents, com retorno ao mercado dos fundos softs e cobertura dos grandes fundos de investimentos, os contratos em NY acumulam altas e retornando acima de 200 cents. O realtório dos traders desta semana comprova que depois da queda de 20,00 cents, não houve migração do commodities café.
Devido as notícias das úlimas semanas sobre a forte queda inesperada do rendimento do café arábica e também do conilon, que está provocando uma forte queda no resultado da safra que esta´sendo colhida, ficando entre 50 a 55 milhões de sacas. Nos últimos três pregões está tendo um mudança de performance radical do mercado. A um mês atrás, a performance dos contratos futuros em Londres cantaminou NY, e a partir desta semana, a performance dos contratos de arábica em NY começam a contaninar Londres e tudo está indicando que será com a mesma intensidade.
Muitas surpresa no relatório no traders
Muitas surpresa no relatório de ontem dos traders, no período do relatório analisado, houve forte queda de 20,00 cents, naturalmente esperava queda nas posições compradas dos grandes fundos, mas ficou bem abaixo do esperado. A primeira grande surpresa veio da queda das posições vendidas dos grande fundos, naturalmente esperava forte alta. A segunda foi com relação aos comerciais, o relatório mostrou o inverso do esperado, queda das posições líquidas vendidas, aumento de posições compradas e queda das posiçoes vendidas. A terceira foi que os volume de contratos abertos que caiu apenas 1.300 lotes, continuando muito alta, mostrando que não aconteceu a migração do café para outras commodities.
O relatório da CFTC referente a 07 de maio mostra queda nas posições compradas ( 7.591 lotes) e queda nas posições vendidas ( 1.958 lotes) dos grandes fundos, neste período a variação de maio passou de 216,65 cents a 196,65 cents, queda de 20,00 cents. Os dados mostram queda de 11,5% ( 5.633 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos. As posições abertas tiveram leve queda, passando 289.477 lotes para 288.177 lotes.
Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 43.343 posições líquidas compradas, sendo 61.211 posições compradas e 17.868 posições vendidas. No relatório anterior, eles tinham 48.976 posições líquidas compradas sendo 68.802 posições compradas e 19.826 posições vendidas.
As empresas comerciais diminuíram suas posições líquidas vendidas, um saldo de 95.331 posições líquidas vendidas, sendo 63.496 posições compradas e 158.827 vendidas. No relatório possuíam 103.181 posições líquidas vendidas, sendo 62.428 posições compradas e 165.610 vendidas. Os fundos de índice diminuíram levemente o saldo líquido compradas no período, passando de 50.790 lotes ( 65.599 comprados e 14.808 vendidas), no dia 30 de abril, para 50.652 lotes (63.431 comprados e 12.779 vendidas), no dia 07 maio.
No ótimo artigo de Ilena Peng e Dayanne Sousa publicado hoje pela Bloomberg, menciona que o cacau e o café interligaram-se este ano, com condições meteorológicas extremas e escassez a alimentarem subidas de ambas as mercadorias que testam os limites dos comerciantes. Tal como o cacau, o mercado cafeeiro enfrenta grave escassez. E, tal como o cacau, a produção de café está concentrada em dois países. Mais importante ainda, muitos dos principais comerciantes negociam em ambas as matérias-primas, pelo que a subida dos preços do cacau está a pressionar os intervenientes do mercado em busca de dinheiro e a forçá-los a abandonar o comércio de café.
A ligação é importante porque ajuda a explicar, em parte, a razão pela qual os preços do café dispararam – e como a crise de liquidez está a excluir os comerciantes do mercado. Os impactos mais recentes do cacau no café podem acabar sendo limitados graças às suas diferenças em relação ao ingrediente de fabricação do chocolate. O comércio de café pode ter sido “contaminado” por uma onda de compradores especulativos que apostam que os preços subiriam após os problemas no cacau.
.... É provável que o café tenha um desempenho melhor do que o cacau quando a regulamentação da União Europeia destinada a prevenir a desflorestação entrar em vigor no final do ano. Isto porque o consumo de café é mais global do que o de chocolate, que está concentrado na Europa, disse Megan Fisher, investigadora da Capital Economics. A Europa importa quase 60% dos grãos de cacau do mundo e é responsável por mais de três quartos das vendas globais de chocolate.
O clima não perdoa
Antes de abortar que o efeito catastróficos do clima extreno no rendimento surpresa da colheita deste ano, aqueles que acompanham a Agnocafé deve relembrar que durante a colheita de do ano de 2020, várias empresas estimava safra de 2020/21 de 66 a 70 milhões de sacas, a USDA estimava em 68 milhões de sacas e a Conab em 63 milhões de sacas. Naquela época a Agnocafé alertava para seus assinantes que a safra seria bem superior a 70 milhões sacas e a safra ficou entre 72 a 73 milhões de sacas.
A cerca de 20 dias atrás, a Agnocafé vem alertando sobre a forte queda inesperada do rendimento do café deste ano, na semana passada começa a "bombar" nas redes sociais conversas sobre a forte queda em todas as regiões produtoras entre 20% a 30%. Em Garça os produtores batizaram como "Safra Pimenta". Em conversa com um maiores produtores disse " que está mais de 60 anos trabalhando na produção de café e nunca presenciou um rendimento tão baixo como deste ano. A safra deste ano vai ficar na história. Aquele que consegir mais de 10% de peneira deve comemorar, aquele com mais de 15% deve agradecer a Deus, porque foi premiado com bilhete de loteria".
Nesta semana, com o desenrolar da colheita em várias as regiões, os resultados depois benefeciamento estão assustando todos os produtores, a forte queda de rendimento e notando que a sua safra a presença de peneira alta é mínima. Baseado nas péssimas informações desta semana sobre o resultado da colheita, a Agnocafé começa a alertar o mercado que a atual safra de café deve ficar entre 50 55 milhões de sacas
O compradores estão fazendo visitas nas principais regiões produtores, começando a notar um safra bem diferente do estimado a meses atrás. O pequeno tamanho do grãos e a queda bem acentuda de peneiras altas, ou melhor a falta de peneiras altas, está criando um clima apreensão entre os compradores. Segundo fontes, várias cooperativas retiraram de vendas todos os lotes de peneiras altas das safras remanescentes a espera de novas informações, consciente do problema nos próximos meses, contratos de barter e negócios com café futuros que tem a cláusula de porcentagem de peneira alta. Além da cooperativas, nesta semana, vários produtores, saíram do mercado e começaram a reclassificar os seus café remanescente para separar a peneira 17/18
Preços do café robusta caíram 24% em maio, para US$ 4 por quilograma.
Depois de subirem incessantemente durante quatro meses, os preços do café robusta caíram 24% em maio, para 102.000 VND (4 dólares) por quilograma.Lam Thanh Dung, um comerciante de café nas Terras Altas Centrais, disse que os preços estão a cair devido ao aumento da oferta global e doméstica. Choveu no Planalto Central, o que significa que a produção de café seria superior à estimada anteriormente, disse ele.
A Associação de Café e Cacau do Vietnã disse que a chuva no início de maio aliviou as preocupações sobre o abastecimento que os cafeicultores, agências de gestão e empresas tinham. Uma longa seca fez com que os cafeeiros secassem e até morressem, gerando receios de que a produção diminuísse em pelo menos 20%, afirmou.
De acordo com as empresas vietnamitas, os preços do café diminuíram, mas permanecem elevados, e por isso planeiam comprar apenas gradualmente e não em grandes volumes.Os preços continuariam caindo, mas é improvável que fiquem abaixo de VND 70 mil por quilograma, disseram. Os cafeicultores se beneficiam muito quando os preços estão acima de VND 100.000.
Um relatório do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural afirmou que nos primeiros quatro meses do ano o Vietname exportou 756 mil toneladas de café no valor de quase 2,6 bilhões de dólares, um aumento de 5,4% e 58% em termos anuais.
Mercado
O indicador de café do arábica da safra 23/24 da Agnocafé com 15% cata fica estável em R$ 1.230,00 nesta sexta-feira (10) e café livre a R$ 1.210,00. No mês acumula queda de R$ 80,00, durante o ano 2024 teve alta de R$ 190,00 e em dólar fica em US$ 238,51.
O peneira 17/18 pronto para embarque R$ 1.320,00, cereja a R$ 1.250,00, café certificado a R$ 1.260,00. O indicador para café com 10% a R$ 1.240,00, 20% a R$ 1.220,00, com 25% a R$ 1.210,00 com 30% a R$ 1.200,00.
Para os café de baixa qualidade Duro/riado R$ 1.140,00, duro/riado/rio, R$ 1.100,00, rio a R$ 1.060,00 com 15%. Café duro para consumo a R$ 1.010,00 repasse de beneficiamento a R$ 1.080,00 e riado a R$ 1.020,00 e escolha fica em R$ 15,50 o quilo de aproveitamento preço médio do café de exportação atingiu US$ 3.402 por tonelada, um aumento de 50%.
Data: 11/05/2024 22:41 Nome do Usuário: Roberto Comentário: Aqui no cerrado mineiro,o café está parecendo pimenta do reino de tão miúdo, quando beneficiar será só escolha
Data: 11/05/2024 19:45 Nome do Usuário: Francisco Comentário: Minha lavoura, que colheita passada, foi 35% de peneira 17, acima, esse ano foi 8%. Tá parecendo fundo de rebenefício.