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Brasil deve exportar mais de 40% da produção nacional de conilon em 2024


Por José Roberto Marques da Costa

Os EUA celebrarão o Memorial Day na segunda-feira, 27 de maio, e o mercado de café Arábica de Nova Iorque estará fechado, no mesmo dia em que o Reino Unido também celebrará o feriado bancário da primavera, pelo que os mercados de Nova Iorque e Londres estarão fechados na próxima segunda-feira.

Com forte volume negócios de 33.652 lotes em NY, 16 mil lotes a menos que no pregão de quinta-feira,  julho teve alta de 2,60 cents fechando a 218,25 cents, com volatilidade de 7,15 cents, de 213,05 cents, ( 0,85 cents a mais que quinta-feira ) a  220,20 cents ( 1,60 cents a menos que quinta- feira )  cents, não tendo força para romper o primeiro suporte do dia em 211,20 cents e a primeira resistência em 220,95 cents.

Nos últimos pregões julho tenta operar acima de 220,00 cents, mas encontra forte resistência dos comerciais, na terça a máxima foi 219,10 cents, quarta 221,15 cents e ontem 221,80 cents e hoje em 220,20 cents. Na semana acumula variou 18,15 cents de 203,65 cents a 221,80 cents alta de 11,65 cents. Os estoques de certificados diminuíram 30 sacas para 774.686 sacas e cerca de 23.900 sacas esperando certificação, na semana acumula alta de 14.303 sacas.

 Para os analista do  Economics, o preço do café conseguiu reunir o impulso positivo extra, para manter a sua estabilidade acima da média móvel 55 em 195,60 cents, para notar a formação de uma forte recuperação de alta, para atingir o principal alvo inicial em 218,90 cents. A continuação da dinâmica positiva dos principais indicadores aumentará as hipóteses de ultrapassar o obstáculo atual, abrindo caminho para a obtenção de novos ganhos que poderão estender-se inicialmente até 222.60 cents, atingindo a resistência do canal de alta perto de 229.00 cents.

A safra de café que está começando a ser colhida no Brasil,  inicialmente tem apresentado grãos menores do que se esperava, embora ainda “seja cedo” para cravar que esse padrão seguirá até o fim do ciclo. Eu diria, porém, que a média das peneiras pode ser menor; se ficar abaixo de 10% do padrão ideal será um problema muito sério”, acrescentou  disse o diretor do Escritório Carvalhaes  nos bastidores do 24º Seminário Internacional de Café, em Santos (SP).

Outro fator preocupante, segundo o executivo, é que na variedade arábica tem ocorrido um fenômeno que ele “nunca viu” – Carvalhaes é a quarta geração de sua família a lidar com a commodity em Santos -.“Isso (o tamanho do grão) pode aumentar com o avanço da colheita”, continua. “Mas esse fator tem assustado o mercado, porque, até agora, em todas as regiões produtoras, poucos cafezais estão dando peneiras comuns ao padrão de safra. Porém, que ainda “é cedo” para cravar que os grãos desta safra, tanto conilon quanto arábica, serão miúdos. Teremos certeza disso ou não somente a partir de meados de junho e fim de julho, com a colheita mais avançada. Outro fator que o mercado esperava não tem se concretizado, a colheita “adiantada” do conilon. Todo mundo falou que ia adiantar (por causa do clima) e não adiantou, acrescentando que a safra na Zona da Mata, região produtora de conilon está entrando devagar por enquanto”.

O clima nos bastidores durante o 24º Seminário Internacional de Café, em Santos estava muito tenso que todos comentando de uma nova realidade totalmente diferente dos anos anteriores. Os traders e torrefadores internacionais preocupados em cobrir posições futuras rolagens diante das  projeções de safras bem abaixo do estimado. Vários diretores de cooperativas expressaram para a mídia o pequeno tamanho dos "grãos de café" desta safra e argumentando começo safra,  que "ainda é cedo" para definir o tamanho safra, esperando que aconteça "um milagre" nos próximos meses para aumentar o tamanho do grãos. Para a Agnocafé, um fonte definiu em duas palavras  o ambiente no Seminário Internacional de Café nesta semana, como " Ambiente de Velório"  

O relatório da CFTC divulgado nesta sexta-feira referente a 21 de maio mostra alta nas posições compradas ( 1.134 lotes) e queda nas posições vendidas ( 896 lotes) dos grandes fundos, neste período a variação de maio passou de 200,85 cents a 217,20 cents, alta de 16,35 cents. Os dados mostraram alta de 3,7% ( 1.467 lotes) nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram leve queda, passando 277.617 lotes para 276.219 lotes.

Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 41.377 posições líquidas compradas, sendo 55.670 posições compradas e 14.293 posições vendidas no último dia 21. No relatório anterior, referente a 14 de maio, eles tinham 39.905 posições líquidas compradas sendo 54.536 posições compradas e 14.531 posições vendidas.  As empresas comerciais aumentaram suas posições líquidas vendidas para um saldo de 92.405 posições líquidas vendidas, sendo 60.350 posições compradas e 152.755 vendidas. No relatório anterior possuíam 90.300 posições líquidas vendidas, sendo 61.246 posições compradas e 151.546 vendidas.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou sua estimativa de produção para 2024/25, de 58,8 milhões de sacas de café,  mas a própria autarquia acrescentou um alerta inédito no relatório. Ela diz que é cedo para definir o tamanho da colheita. “O tamanho da safra dependerá das condições climáticas”, diz o relatório da Conab. Em paralelo aos dados da companhia, estão os relatos de rendimento aquém do ideal em regiões cafeeiras. Esse cenário já fez o preço do grão subir no mercado e segue no radar dos investidores. 

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 23 de maio, os embarques brasileiros do mês totalizaram 2.976.568 sacas (média diária de 124.024 sacas), alta de 10,4%, sendo 2.147.019 sacas de café arábica, 597.379 sacas de café conillon e  232.170 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de maio totalizavam 3.605.544 sacas, queda de 0,3%, sendo 2.614.606 sacas de arábica, 707.606 sacas de conillon e 282.974 sacas de solúvel. As projeções dos números da Cecafé indicam que exportação em maio devem ficar em 4,460 milhões de sacas, novo recorde mensal e sendo 900 mil sacas de conilon com tendência de alta nos próximos quatro meses.

Entre janeiro e abril foram exportado 2,560 milhões de sacas de conilon, somando ao mês de maio, o acumulado pode chegar 3,460 milhões de sacas, fazendo uma projeção da média mensal dos últimos 5 meses, em 2024, as exportações brasileira podem ultrapassar  8,3 milhões de sacas em 2024 que representa 40% da produção brasileira de conilon. Com o Vietnã foram do mercado nos próximos 4 meses devido ao estoque interno completamente zerado, este número teve aumentar e refletir em alta no preço no mercado interno podendo ultrapassar nos próximos meses.      

O volume em Londres atingiu 11.100 lotes, 12,8 mil lotes a menos que o pregão de quinta-feira, julho fechou em alta de US$ 73 a tonelada a US$ 3.892t, variando de US$ 3.810/t ( US$ 60 acima da mínima de quinta-feira ) a US$ 3.907/t ( US$ 87 a mesmos que a máxima de quinta-feira ), não tendo força para romper o  primeiro do dia em US$ 3.709/t e a primeira resistência em 3.962/t. Na semana acumula forte alta de US$ 387/t . Os estoques de café robusta monitorados pelo ICE em 21 de fevereiro caíram para uma baixa recorde de 1.958 lotes, embora tenham se recuperado para uma alta de 9 meses e meio na quarta-feira, de 4.620 lotes.

Nas últimas quatro sessões, tivemos uma recuperação confiante de alta, quebrando todas as médias 10, 20 e 50, com o nível US$ 4.000, que até agora tem funcionado como uma boa resistência. Quebrar para cima definirá a próxima meta para US$ 4.300.

  Segundo a Reuters, os contratos futuros do café robusta negociados na bolsa ICE ganharam quase 2% nesta sexta-feira, encerrando a semana com um salto de 11% nos preços em meio a compras especulativas, mas há dúvidas crescentes sobre uma tendência de alta sustentada, já que os suprimentos devem melhorar.

O Rabobank disse que os sinais dos preços do robusta estavam se tornando baixistas, citando o aumento dos estoques de robusta na ICE, uma recuperação significativa da produção esperada na Indonésia e melhores previsões meteorológicas no Vietnã. Segundo operadores, após o recuo nas cotações em Londres, pautado pelo registro de chuvas no Vietnã, a cotação reage agora, pois a umidade não foi suficiente para recuperar os danos na safra. Isso reforça o quadro de um balanço de oferta mais apertado para o robusta, e mais folgado para o arábica.

 Na sexta-feira de manhã,  os comerciantes da província de Dak Nong, nas Terras Altas Centrais, estão pagando VND 110.400 por kg (US$ 4,32). Enquanto isso, o produto está sendo vendido por VND 109 mil o quilo na província de Lam Dong. Nas províncias de Dak Lak e Gia Lai, o preço de compra aumentou para VND 109.800 o kg e VND 110.000 o kg, respectivamente. Os comerciantes locais revelaram que os preços do café normalmente diminuem de Maio a Agosto porque o Brasil e alguns outros países estão na época da colheita e a oferta é abundante.

No entanto, o súbito aumento dos preços do café no mercado local e a enorme procura do volume comercial mostram que as preocupações com a escassez da oferta, juntamente com as incertezas geopolíticas e económicas, ainda pesam fortemente sobre os compradores. Prevê-se que o mercado do café continue a aumentar num futuro próximo e os preços do café Robusta regressarão em breve aos US$ 4 mil por tonelada. Os especialistas preveem que, até 2024, as exportações de café do Vietname poderão atingir os 5 bilhões de dólares, porque muitos fatores são atribuíveis a este feito, incluindo um elevado aumento dos preços.

"Solução para o atual déficit de robusta requer preços mais altos", diz Volcafé

A Volcafé prevê um déficits global de robusta de 4,6 milhões de sacas em 2024/25, menor do que o déficits de 9 milhões de sacas da safra passada. A escassez provocou uma alta dos preços este ano. Os futuros negociados em Londres ultrapassaram aos US$ 4.300 a tonelada no final de abril, o nível intradário mis alto já registrado. Desde então, os futuros recuaram, mas "uma solução para o atual déficit de robusta requer preços mais altos" para pressionar a demanda ou levar os compradores a usar mais café arábica.

A previsão é uma notícia indesejável para os consumidores de café, que já estão pagando mais caro por sua bebida diária. O mundo enfrenta uma escassez de robusta, já que as condições climáticas do El Niño continuam a prejudicar as colheitas no Sudeste da Ásia. Ainda assim, a demanda por grãos de robusta, impulsionado pela crescente popularidade do café, não perdeu força nos mercados emergente , mas deverá diminuir quando os aumentos de preços forem repassados.

Os preços do café par as misturas de produtos com robusta permanecem com um desconto substancial em relação as misturas com arábicas e, portanto, os consumidores que buscm valor continuam a escolher o primeiros por enquanto. O setor começou a demandar mais grãos arábicas nos últimos seis meses, mas é preciso uma demanda ainda maior ou um queda da demanda de robusta para reduzir a escassez.

As exportações recordes da safra do Brasil, compensaram o déficit de oferta na Ásia, mas a produção do país também deve cair na safra 2024/24. A seca e as ondas de calor no último outono reduziram o potencial da safra. As perspectivas de oferta da variedade arábica são mais animadoras, e ainda se espera que a oferta global de café exceda o consumo na temporada 2024/25. Mas o "excedente praticamente desapareceu" para apenas 700 mil sacas, já quw o mau tempo afeta as colheitas no Brasil, Vietnã e América Central.

 Más notícias para os viciados: os cafés mais baratos estão ficando mais caros

A recuperação das commodities está chegando para a sua bebida matinal barata. Os preços dos grãos de café robusta, a variedade mais usada em bebidas instantâneas, estão em alta. Os futuros subiram cerca de 50% no ano passado e em determinado momento desta semana saltaram até 7%, o maior desde 2010.

Aqui está o que você precisa saber sobre o mercado agora:

Qual é a culpa?

O Vietname é o principal produtor desta variedade e as secas severas prejudicaram as colheitas. Como resultado, o grande comerciante Volcafe prevê um quarto ano de déficits “sem precedentes”. As fracas chuvas no país causaram “danos irreversíveis” às flores do café, enquanto a menor utilização de fertilizantes e os agricultores que passaram a cultivar durians em detrimento do café também reduziram a produção.

Forte Demanda

A alta demanda também está sustentando os preços. Como escreveu recentemente Javier Blas, da Bloomberg Opinion, a China está agora a desenvolver um forte gosto pelo café. O Robusta também tinha sido procurado, uma vez que os torrefadores anteciparam no ano passado que a crise do custo de vida levaria os consumidores a mudar para misturas mais baratas.

Nos passos do cacau

O café está sendo comparado ao cacau, um mercado que foi abalado este ano por uma enorme crise de oferta. Muitos dos principais comerciantes negociam em ambas as matérias-primas, pelo que o aumento dos preços do cacau apertou o dinheiro desses intervenientes no mercado e forçou-os a abandonar o comércio de café.

Razões para preocupação

Uma delas são as alterações climáticas. Tornou o fornecimento menos confiável, criando uma “dinâmica instável”, disse Andrea Illy, presidente da torrefadora de café italiana Illycaffe, à Bloomberg TV esta semana. Outra é a intensificação da concentração do mercado, o que deixa a oferta global vulnerável quando as colheitas são más. O café é cultivado por mais de 12 milhões de agricultores em dezenas de países, mas o Vietname e o Brasil são responsáveis por mais de metade das exportações globais de grãos – e este último tem vindo a aumentar a sua quota de embarques.

Brasil ao resgate

Os viciados em café podem alegrar-se com o fato de poder haver grãos a quem recorrer, mesmo que sejam de origem, preço e variedade diferentes. Isso se deve aos torrefadores do Brasil, que adora java. O país poderá ter um excesso de robusta, conhecido localmente como conilon, disponível para exportação à medida que passar a usar mais variedade premium de arábica, de acordo com o trader Ecom.

Fonte: Bloomberg

Ótimo final de semana

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Contrato Cotação Variação
Março 319,60 - 1,40
Maio 314,85 - 1,25
Julho 308,45 - 3,30
Contrato Cotação Variação
Março 4.864 - 57
Maio 4.796 - 59
Julho 4.723 - 53
Contrato Cotação Variação
Março 401,30 0
Maio 396,15 0
Julho 388,00 0
Contrato Cotação Variação
Dólar 6,1800 0
Euro 6,4240 0
Ptax 6,1923 0
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 2440,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Peneira14/15/16 R$ 2460,00
    Duro/riado/rio R$ 2070,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Miúdo 14/15/16 R$ 2380,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Certificado 15% R$ 2370,00
    600 defeitos R$ 2060,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Duro/Riado 15% R$ 2030,00
    Cereja 20% R$ 2350,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Rio com 20% R$ 1920,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
    Peneira 17/18 R$ 2510,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 20% R$ 2000,00
    Escolha kg/apro R$ 30,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Safra 23/24 30% R$ 2300,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 2000,00
    600 defeitos R$ 2030,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Conilon/Vietnã R$ 1678,00
    Cepea Arábica R$ 1228,79
    Cepea Conilon R$ 1832,57
    Agnocafé 23/24 R$ 2330,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1860,00
    Conilon T. 7 R$ 1850,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1840,00