Município capixaba lança concurso de qualidade de café para produtoras
O município de Alto Rio Novo (ES), origem do melhor café conillon do País (vencedor do Coffee of The Year 2023), lançou um concurso de qualidade do café exclusivo para mulheres.
A categoria “Mulheres do Conillon” foi inclusa na segunda edição do Prêmio de Cafés Especiais da cidade, que também premiará cafeicultores nas categorias “Conilon” e “Arábica”, em setembro.
O concurso foi batizado de Prêmio Zacimba Gaba, uma forma de homenagear a força da mulher capixaba, por meio do resgate da memória da princesa angolana que lutou pela liberdade de escravizados no Espírito Santo no fim do século 17.
As inscrições para todas as categorias do Prêmio de Cafés Especiais de Alto Rio Novo serão realizadas no período de 17 de junho a 16 de agosto. Os interessados devem procurar o escritório local do Incaper para cadastro e instruções para participação.
As amostras de café inscritas na competição serão avaliadas na Unidade de Referência de Cafés Especiais que o Incaper e a Prefeitura mantêm no município. Para ser considerado especial, o café precisa alcançar mais de 80 pontos na análise sensorial baseada na metodologia da Specialty Coffee Association (SCA).
A premiação dos vencedores do concurso será em dinheiro, com valores iguais para as três categorias: R$ 3.000,00 para primeiro lugar, R$ 2.000 para segundo e R$ 1.000 para terceiro. Haverá também prêmios concedidos pelos patrocinadores.
A realização é do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Prefeitura de Alto Rio Novo e dos Sindicatos Rural e dos Trabalhadores Rurais do município.
De acordo com o coordenador do escritório local do Incaper, Rodrigo Fernandes, a iniciativa busca celebrar e evidenciar o protagonismo feminino na cafeicultura.
“No nosso trabalho de assistência aos produtores, percebemos que os cafés especiais de Alto Rio Novo são produzidos com efetiva participação das mulheres e, em alguns casos, elas fazem todo o processo, mas não têm a mesma visibilidade que os homens. Então, nossa proposta é contribuir para mudar essa realidade. Nossa expectativa é ter cerca de 30 cafeicultoras inscritas”, explica Fernandes.
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