Beryl iniciou seu ciclo de vida como uma onda de leste perto da costa da Africa no dia 25 de junho, e tornou-se a Depressão Tropical Beryl na tarde de 28 de junho. Alimentado pela energia do oceano bastante quente abaixo dele, evoluiu para Furacão Categoria 1 na noite de 29 de junho. No dia 02 de julho, atingiu sua máxima intensidade como Furacão Categoria 5. Causou transtornos e estragos nas Leeward Islands, Jamaica e na Península de Yucatan. Em 08 de julho, Beryl fez sua última entrada em terra, no sul do Texas, conforme alguns modelos já indicavam desde o início da semana passada.
Ao longo destes 13 dias, Beryl tornou-se verdadeiramente um ciclone histórico, exibindo marcas notáveis e batendo recordes:
# Furacão categoria 5 que se formou mais cedo no Atlântico (o recorde anterior era do furacão Emily, em 17 de julho de 2005), com os maiores ventos sustentados já registrados para um sistema formado antes do mês de agosto (270 km/h);
# Maior taxa de intensificação em 24h para uma tempestade nomeada em junho, superando o furacão Bertha (2008);
# Segundo furacão a atingir o Texas numa data tão adiantada na temporada, sendo superado apenas pelo Bonnie (1986);
# Maior tempo de existência como um major hurricane já registrado antes do mês de Agosto - Beryl sustentou-se acima da Categoria 3 por 4.5 dias, ultrapassando os 4.25 dias do Emily (2005).
Especula-se, a princípio, que a grande duração de Beryl tenha sido auxiliada pela inclinação do tubo de vórtice em baixos níveis para o lado esquerdo em relação ao cisalhamento vertical do vento (Lee et al., 2021) e pelas excepcionalmente altas temperaturas do oceano abaixo dele. Estes dois fatores podem ter sido a chave para manter o furacão tão forte e organizado, por tanto tempo.