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Sexta feira, 23 de agosto, dia de recorde histórico de preços em Londres


Por José Roberto Marques da Costa

Em mais um dia de recorde histórico de preços em Londres, o setembro fechou com US$ 225 de alta a US$ 5.128/t, variando US$ 293 a toneladas, de US$ 4.855/t a US$ 4.971/t a US$ 5.149/t, com preços nunca imaginado pelo maior otimista do mercado. Nos últimos meses, estão aumento acentuadamente, atingindo a máximo histórico praticamente todos os dias  da semana. “Anteriormente, pensávamos que o preço de US$ 2.000 dólares/tonelada de grãos de café robusta já era muito alto”, disse Kosuke Nakamura, gerente de importação da empresa japonesa UCC Ueshima Coffee, ao jornal Nikkei Asia. “O preço dos grãos de café deste tipo está em um nível que ninguém imaginava há cerca de um ou dois anos.” 

Com baixo volume de negócios em NY de 23.641 lotes, 9 mil a  menos que da quinta-feira, o dezembro teve alta 4,30 cents, fechando a 247,30 cents, variando 7,15 cents, de 240,55 cents, menor nível da semana, a 247,70 cents, faltando apenas 0,15 cents para ultrapssar a primeira resistência do dia em 247,70 cents.  Os pregões da semana  tiveram forte volatilidade, em NY, na segunda 7,20 cents, terça 9,15 cents, quarta 8,00 cents, quinta 8,25 cents e 7,15 na sexta, a variação chegou a 12,75 cents, mínima foi 241,00 e máxima 253,30 cents, acumulando alta de 3,60 cents.
Os estoques certificados encerraram essa sexta-feira (23) totalizando 844.145 sacas de 60kgs, ainda restando 28.585 sacas pendentes de aprovação. Brasil é atualmente a origem com maior volume de cafés certificados, que representam mais de 48% dos estoques, seguido por Honduras com 13,67%, Nicaragua com 13,31% e Peru com 10%. 

Nesta sexta-feira foi intensa "briga" em cima do gráfico técnico que mostra no nível acima de 239,10 cents permite continuar sugerindo a visão geral de alta, esperando atacar a barreira de 244,45 cents, ultrapassando abrirá o caminho para registrar grandes ganhos podendo chegar 255,40 cents e depois 263,40 cents no curto e médio prazo. Nas primeiras duas hora de pregão com os comerciais tentando romper o nível 240,00 cents com meta abaixo de 239,10 cents, mas cobertura dos grandes investidores que estão fortemente comprados impediram este objetivo. Depois, a "briga" virou de lado, com os comercais impedindo que a entrada no canal de alta em  244,45 cents, mas na última parte do pregão a cobertura dos grandes investidores foram intensas que levou buscar a primeira resistência do dia em 247,80 cents.

O relatório da CFTC referente a 20 de agosto mostram os grandes fundos aumentaram suas posições compradas ( 5.428 lotes ) e aumentaram suas posições vendidas ( 869 lotes), neste período a variação de setembro passou de 232,70 cents a 248,50 cents, alta de 15,80 cents. Os dados  mostraram  alta de 11,5% ( 4.489 lotes) nas posições líquidas compradas dos grandes fundos.  Segundo os números, os grandes fundos possuíam 43.449 posições líquidas compradas, sendo 55.404 posições compradas e 11.930 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 13 de agosto, eles tinham 38.960 posições líquidas compradas sendo 49.076 posições compradas e 11.017 posições vendidas. As empresas comerciais aumentaram suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 20 um saldo de 96.181 posições líquidas vendidas, sendo 53.432 posições compradas e 149.613 vendidas. No relatório anterior, possuíam 90.316 posições líquidas vendidas sendo 63.471 posições compradas e 153.787 vendidas.

Os preços dos contratos futuros do café arábica e robusta devem encerrar 2024 mais altos, devido a preocupações com o clima e a redução da oferta, mostrou uma pesquisa da Reuters com 11 traders e analistas nesta sexta-feira (23). Os preços do café arábica devem subir para 260,00 cents até o final do ano, de acordo com a previsão mediana da pesquisa. Para o café robusta, a expectativa é de que os preços terminem o ano em US$ 4.750 por tonelada.  Os participantes da pesquisa disseram que a oferta de café ficará mais restrita durante a temporada de outubro de 2024 a setembro de 2025. A previsão mediana é de que a produção superará a demanda em apenas 150.000 sacas, ou um quinto de um excedente estimado em 700.000 sacas em 2023/24.

A principal razão para esse declínio é a incapacidade do Vietnã de produzir a níveis superiores a 30 milhões de sacas como em anos anteriores. A mediana das previsões da pesquisa para a produção do Vietnã é de 28 milhões de sacas no próximo ano-safra de 2024/25. No entanto, espera-se que a produção do Brasil aumente, com a mediana das previsões apontando 70,75 milhões de sacas no ano-safra de julho de 2025 a junho de 2026, contra 68,1 milhões na safra de 2024/25.

“O principal fator no mercado (…) é o óbvio: o clima”, disse Harris Hesse, proprietário da Cardiff Coffee Trading em San Diego, Califórnia. Condições climáticas desfavoráveis atingiram as safras de café em muitas regiões do mundo, e a produção de robusta caiu na Ásia na última temporada, com os agricultores tentando recuperar a produção este ano. O Brasil está produzindo uma safra menor do que a inicialmente esperada, enquanto as condições para a nova safra são adversas, com a umidade do solo no nível mais baixo dos últimos sete anos. A analista de commodities Judith Ganes, presidente da J.Ganes Consulting, disse que há uma grande preocupação com as safras de café no Brasil e como elas florescerão e frutificarão devido à longa estiagem no país.

Segundo a Atlânta Coffee, com as fortes altas das cotações do café em NY ICE e as oscilações do dólar, no mercado interno é possível ver muitas ofertas em preços historicamente altíssimos para o período. Vendedores continuam com o sentimento de que o produto deveria valer mais e, muitas vezes, querem aguardar um preço melhor, enquanto compradores aguardam até o último momento para cobrir suas posições.

Para o mercado FOB, as demandas continuam tímidas. Ha um alargamento expressivo dos diferenciais entre graúdos e MTGB, ainda que a expectativa de alguns compradores esteja distante das ofertas. Fatores como dificuldades logísticas e atrasos de maquinação em armazéns tem tornado mais difíceis embarques de curto prazo. Para o rio minas, a reposição no mercado interno não subiu tanto como os cafés bebida, abrindo um pouco os diferenciais e melhorando as ofertas, ainda que em flat price os preços ficaram acima da expectativa dos compradores, alguns negócios foram reportados. No mercado interno, as pedidas dos vendedores são: Bebida dura bica good cup na casa de R$1.450,00; Bebida dura bica fine cup por volta de R$1.500,00; Rio Minas bica corrida entre R$1.170,00 e R$1.200,00; 600 defeitos chegou a ser cotado a R$1.330,00

Na quinta-feira teve um dia de campo na fazenda Santa Cecilia em Garça compraceram mais de 150 engenheiros agrônomo de todas as regiões cafeeiras do Brasil. O encontro teve um verdadeiro clima "bipolar" quando foram analizados o preço do café e atual estado crítico dos cafezais. Quando falavam dos preços internos internos  do café, o clima era "alegria e festa" e no momento em que analisavam a situação degradante dos cafezais devido a longa estiagem de mais de 160 dias e as ondas de calor extremante alta, o clima era de "velório", o mesmo clima no encontro dos traders no Seminário Internacional do Café em Santos alguns meses atrás. Para grande maioria do agronômos " Se não chover nos próximos 30 dias, a produção do próximo ano deve ficar muito prejudicado".  Um dos agrônomo mencionou o ano cafeeira de 1985/86, quando teve um clima semelhante ao atual e a produção de café teve um fortíssima queda com preços interno. foram recorde na época.         
 
Pelos valor da saca de café desta sexta-feiras( 23 ),  o faturamento de um hectare de café conilon supera o café arábica em 59,4%, tendo como informações a produtividade média brasileira do arábica e conilon, mesmo diferença de preço de R$ 55,37 maior do arábica para o conilon, segundo dados da Cepea. Nos últimos dados de produtividade dos institutos brasileiros, a produtividade média do café conilon dos últimos anos é 65,60% maior ante ao arábica, o conilon tem produtividade de 41,07 sacas por hectare e do café arábica de 24,80 sacas por hectare.

O indicador de café conilon do Cepea deste sexta-feira ficou em R$ 1.377,16, alta de 2,27% (+ R$ 30,55 ), recorde histórico, e do  café arábica do Cepea/Esalq em R$ 1.432,53 queda de 0,19% ( - R$ 2.76 ).  Pela produtividade do conilon, o fatuamente por hectare de conilon está em R$ 56.600,00 e do café arábica em R$ 37.500,00, diferente de 59,4% a mais do conilon

Restam apenas 1,667 milhões sacas de café da safra passada no Vietnã

O volume de negócios em Londres atingiu de 20.450 lotes, 5 mil lotes a mais que quinta-feira,  novembro teve alta de US$ 141 fechando a US$ 4.717/t, variando US$ 1188, de US$ 4.450/t a US$ 4.728/t, ultrapassando duas resistências do dia em 4.637/t e  US$ 4.701/t. A semana também foi volátil em Londres, na segunda US$ 106, terça US$ 192, quarta US$ 131, quinta US$ 112 e na sexta US$ 188. Na semama varia  US$ 277 , de US$ 4.451/t a US$ 4.728/t e acumula alta de US$ 263 a tonelada.  No mercado de café robusta de Londres, o relatório COT informa que os grandes de fundos aumentaram sua posição de comprada líquida em 13,51% a partir do mesmo período, atualmente este os grandes fundos registrou uma posição de compra líquida de 29.622 lotes.


Os negociantes disseram que o robusta foi apoiado pelos fundamentos apertados, com a redução da oferta global e o ambiente macroeconômico favorável. O analista BMI disse em uma nota que as exportações vietnamitas haviam caído devido à escassez de oferta no maior produtor mundial de robusta, enquanto as perspectivas para a próxima safra haviam sido prejudicadas por chuvas abaixo da média.

Ondas de calor generalizadas provavelmente atingirão as Terras Altas Centrais e as regiões dos próximos dias. No período de 10 dias as temperaturas diurnas em localidades que se estendem de Da Nang a Binh Thuan subirem para entre 34 e 37 graus Celsius, com algumas áreas atingindo acima de 37 graus Celsius. Em outros lugares, prevê-se que o tempo quente continue em partes da região das Terras Altas Centrais, à medida que as temperaturas atinjam entre 30 e 33 graus Celsius.
 
A atividade comercial no mercado de café do Vietnã continuou moderada esta semana, devido à oferta excepcionalmente baixa no final da temporada de safra, enquanto os preços na Indonésia estavam mais baixos esta semana. O clima ainda está favorável no momento. No entanto, há previsão de chuvas nos próximos meses devido ao La Niña. Neste caso, os processos de colheita e secagem dos grãos podem ser interrompidos", disse um trader baseado no cinturão do café.  

Os comerciantes ofereceram 5% de robusta preto e quebrado grau 2 a uma faixa de prêmio de US$ 250-US$ 350 por tonelada métrica no contrato de novembro. De acordo com estimativas da Bolsa Mercantil do Vietnã, restaram apenas 100.000 toneladas ( 1,667 milhões de sacas ) de café colhido na safra 2023/23 antes do início da nova safra em outubro.

Na Indonésia, os grãos robusta de Sumatra foram oferecidos com um prêmio de US$ 200 em relação ao contrato de setembro, uma queda em relação ao prêmio de US$ 320 da semana passada devido ao aumento do preço em Londres. Outro trader citou um prêmio de US$ 240 para o contrato de novembro, um pouco acima do prêmio de US$ 237 da semana passada.

Os preços do café valorizaram nesta sexta-feira com o arábica registrou uma alta de 2 anos e meio nos futuros mais próximos na terça-feira, e o robusta disparou para uma alta recorde hoje, já que as condições climáticas adversas no Brasil e no Vietnã ameaçam as safras globais de café.  

Nesta sexta-feira, no pregão de Londres, os preços do café Robusta foram negociados a US$ 5.128/ton, alta de 4,59%, equivalente a um aumento de US$ 225/ton em relação à madrugada de ontem. Com prazo de entrega em novembro, o preço do café Robusta está sendo negociado a USS$ 4.715/t, um aumento de US$ 133.

Os preços no Vietnã do café nesta sexta-feira  flutuam entre 117.500 e 118.300 VND/kg ( US$ 4,70 a US$ 4,74 ), o preço atual do café em Dak Lak é de 118.300 VND/kg, uma queda de 1.000 VND/kg em comparação com o pregão de quinta-feira. O preço do café hoje em Lam Dong é de 118.500 VND/kg, uma queda de 1.000 VND/kg. O preço do café em Gia Lai hoje está sendo negociado a 118.300 VND/kg, queda de 1.000 VND/kg. O preço do café hoje em Dak Nong está em 118.300 VND/kg, também caindo 1.000 VND/kg.

Com os preços do café em níveis recordes, os cafeicultores vietnamitas enfrentam uma colheita promissora. No entanto, de acordo com o Sr. Nguyen Nam Hai, Presidente da VICOFA, esta situação é o resultado de muitos fatores complexos, incluindo impactos negativos como tensões geopolíticas, alterações climáticas e flutuações do mercado. Prevê-se que a produção de café robusta do Vietname diminua devido à seca, o que aumentará ainda mais a pressão sobre os preços.

Ótimo final de semana

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Contrato Cotação Variação
Maio 357,70 +14,85
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Setembro 347,80 +10,35
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Maio 5.099 + 162
Julho 5.049 + 153
Setembro 4.971 + 138
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  • Varginha
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    Duro/riado/rio R$ 2380,00
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    Duro/riado/rio R$ 2300,00
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    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Moka R$ 2580,00
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  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 2900,00
    Rio com 20% R$ 2300,00
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Safra 23/24 25% R$ 2680,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 2690,00
    Safra 23/24 30% R$ 2670,00
    Duro/Riado 20% R$ 2370,00
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  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Safra 23/24 25% R$ 2680,00
    Duro/riado 25% R$ 2450,00
    600 defeitos R$ 2570,00
  • Indicadores
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    Conilon/Vietnã R$ 1612,00
    Agnocafé 23/24 R$ 2700,00
  • Linhares
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    Conilon T. 7 R$ 1620,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1600,00
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