Novo presidente da comissão liquidante da Garcafé é de Patrocínio
No último dia 16 de agosto, outro passo foi dado no processo de recuperação da Garcafé. Uma assembleia foi realizada, com uma razoável presença de associados, e houve a escolha de um novo presidente da comissão liquidante. Depois de 20 anos à frente dela, José Wilson Lopes deixou a função, que agora passa a ser ocupada por Selmo Abrahão da Silva.
Segundo Lopes, Abrahão da Silva o auxiliou na condução dos trabalhos da comissão liquidante na região de Patrocínio, ao longo desses 20 anos. Assim, o novo presidente já tem um conhecimento abalizado da situação da cooperativa, que conseguiu, durante esse período, fazer com que todas as dívidas da empresa fossem liquidadas.
"Dos votos dados ao longo da eleição do novo presidente do conselho, apenas um foi contra, com o restante apoiando a indicação do Selmo. Os garcenses presentes votaram a favor do Selmo, que é uma pessoa muito esclarecida, muito preparada. E a gente fica mais tranquilo, já que verificamos que os garcenses aceitaram muito bem essa indicação e que o Selmo vem realizando um trabalho muito bom representando a atuação da comissão nos últimos anos lá em Patrocínio", indicou.
"A preocupação foi sempre fazer com que aquilo que estava obstruindo o trabalho fosse controlado. Então, esse foi um final realmente bonito, já que liquidamos todas as dívidas da Garcafé e o novo presidente da comissão liquidante passa agora a ter a função de interlocutor com a União e também com os nossos cooperados que ainda têm dívidas com a cooperativa", indicou Lopes, que ressaltou que a empresa têm a receber em torno de R$ 5 milhões de associados que não liquidaram seus passivos ao longo das duas últimas décadas.
Negociação — Um passo bastante relevante dado pela cooperativa para atingir esse cenário de não ter mais dívidas foi a venda da estrutura da Garcafé na cidade de Patrocínio. Os valores obtidos nessa comercialização foram utilizados para a quitação de dívidas existentes junto à União.
A empresa compradora daquela estrutura já realizou quatro pagamentos de um total de 11 do valor de compra, sendo que esses recursos são automaticamente repassados para o governo, dentro de um acordo que foi obtido após várias negociações.
"Há sete parcelas anuais a receber. Se amanhã a empresa compradora achar que deve liquidar esse valor, nesse momento a gente faz uma assembleia de reativação. Acredito que eles vão ter esse interesse e não vai haver problema algum, já que a cooperativa não conta com mais nenhuma dívida", finalizou José Wilson Lopes.