AgnoCafe - O Site do Cafeicultor
Assunto: Categoria de noticia: Data:
Imprimir notícia

Participação brasileira no 138º Conselho Internacional do Café


Leia, na sequência, artigo de autoria de Silas Brasileiro, presidente do CNC (Conselho Nacional do Café).


Consideramos de grande relevância a participação da Delegação Brasileira no plenário da Organização com várias intervenções e também nos contatos paralelos que foram mantidos.

A condução da presidência da Organização pela Diretora Executiva Vanusia Nogueira e todo seu staff foi de maneira segura, mostrando seu preparo e domínio referente as matérias que foram discutidas no plenário, atuou de forma brilhante.

O porta-voz do Brasil, Embaixador José Augusto Andrade, acompanhado pelo Conselheiro Antônio Carlos França e pelo Adido Agrícola Márcio Carlos, além de todo o suporte oferecido a Delegação, inclusive com disponibilização de transporte, foi extraordinário.

Em relação as suas posições e colocações discutidas sempre com a Delegação, elas foram inteligentes, firmes, defendendo interesse do Brasil em todas as matérias discutidas, trabalho realizado em consonância com o que era apresentado, mostrando lucidez, conhecimento prático e firme, visto que o Brasil em uma avaliação pessoal era o mais visado e considerado o grande vilão, causador junto com o Vietnã do empobrecimento dos produtores de café a nível mundial. No entanto, foram discutidas outras causas desse empobrecimento, sendo uma “O Preço” e a outra “A Transferência do Valor Pago pelo Consumidor” para os produtores.

Não foi possível, mesmo mostrando o exemplo do Brasil de uma transferência de 85% convencer que deveria ser adotada uma transferência mínima bem próxima a do Brasil, nem mesmo um levantamento com metodologia a ser aplicada para verificar o valor que deveria ser praticado no preço do café para uma condição de vida digna aos produtores em seus Países.

Falando em renda mínima, digna ou próspera foi a matéria do dia, acompanhada pela diversificação de origem “diversificação de origem no entendimento dos consumidores é ter mais oferta de café, desequilíbrio entre oferta e demanda, tendo como consequência preços baixos”, não buscam cafés diferenciados, mas sim mais oferta, razão dos altos valores a serem investidos, tanto pelo G7 na reunião em Londres, quanto agora na reunião da CELAC nos dias 18 e 19.09, em Honduras.

Conclui-se que como proposto pelo G7 investir milhões ou bilhões de Euros na África teriam uma grande oferta de café para suprir o mercado. O mesmo em relação ao G20 que investir 400 milhões de Dólares nos 33 membros da CELAC, excluindo o Brasil, cuja avaliação julgam que não há necessidade de investimento, também irá contribuir com mais oferta de café aumentando a produtividade e politicamente grande interesse em conter o êxodo daqueles que buscam abrigo, principalmente nos Estados Unidos, esse é um sentimento que subliminarmente conseguimos avaliar.

Participamos com Marcos Matos de uma reunião reservada com o G7, conduzida pelo Diretor Geral de Cooperação para o Desenvolvimento Embaixador Gatti e Presidente do G7 na qual foi apresentada uma proposta de interesse em transferência da OIC para a Itália, que será oficializada brevemente, quando também falamos sobre uma outra proposta que será apresentada pelo Governo da Suíça. A Delegação Italiana demonstrou todo o interesse para receber a OIC.

No mesmo dia, em Plenário, o Embaixador Gatti discorreu sobre os recursos a serem aplicados pelo G7 para os Países em desenvolvimento, visando a diversificação de origem e melhoria da qualidade de vida dos produtores, sendo constituído um fundo global “esta é uma ameaça para o Brasil”, com alto valor voltado para o Continente Africano, quando então nosso Embaixador José Augusto colocou a posição juntamente com o Embaixador Ivan Romero de Honduras, que o Fundo deveria ter uma maior abrangência. O presidente do G7 não discordou, mas continuou referindo-se que o plano é fortalecimento dos Países Produtores Africanos.

Na mesma reunião a representante do Afreximbank junto com o Banco Mundial apresentou proposta para que a industrialização do café seja feita nos próprios Países produtores Africanos, justificando renda para os mesmos.

Outra matéria que tomou espaço foi a aplicação da EUDR, visto a colocação do chefe da Direção-Geral de Parcerias Internacionais da Comissão Europeia Leonard Mizzi de que a aplicação da EUDR já está tomada e vão aplicá-la. Em seguida a outra representante da Comissão Europeia Eileen Gordon, secretária-geral da European Coffee Federation (ECF) tratou em sua colocação que o diálogo vai continuar, o que amenizou as colocações anteriores, sendo confirmado em uma rápida conversa de corredor com Hannelore Beerlandt, conselheira sobre café da Comissão Europeia.

Discutiu-se ainda a Força Tarefa conduzida por Miguel Zamora que apoiou uma proposta do Brasil feita em contato reservado sobre a sugestão de um estudo sócio econômico de cada País para chegar a Renda Digna.

O Banco Mundial informou ter a disponibilidade de 2 bilhões de dólares para este ano e nos anos subsequentes valores ainda mais substantivos, afirmando que não podemos ficar somente na Renda Digna mas temos que investir em capital, serviços, beneficiamento, armazenagem, preparo do café e em um Acordo de Cooperação na industrialização, na busca de cooperação no conhecimento, como exemplo o uso de energia.

O Brasil apresentou através de duas palestras de forma brilhante e objetiva, uma pelo Diretor do Cecafé, Marcos Matos que explicou ao público presente, representantes de 75 países (exportadores e importadores), a existência de falsos positivos (alertas de desmatamento não reais), destacando que a “divergência deve ser tratada e debatida entre governos e academia, tirando o peso da incerteza e dos riscos do ombro do setor privado” e a outra pela Gerente de ESG da Cooxupé, Natália Carr, que de maneira técnica discorreu sobre a sustentabilidade da produção de café do Brasil e a participação ativa do sistema cooperativo, dentro dos pilares ambiental e social, que se enquadram nas exigências da Legislação Europeia, citando exemplos claros da Cooxupé e na oportunidade apresentou também um vídeo muito bem elaborado sobre o Projeto Café Produtor de Água.

São esses os breves comentários que gostaria de apresentar que aconteceram a partir da sugestão do Conselho Nacional do Café – CNC, durante a primeira reunião de alinhamento na REBRASLON, no dia 09 deste mês.

Comentarios

Inserir Comentário
Contrato Cotação Variação
Março 322,65 - 2,00
Maio 317,60 - 2,10
Julho 311,05 - 2,30
Contrato Cotação Variação
Março 4.953 - 88
Maio 4.884 - 69
Julho 4.814 - 44
Contrato Cotação Variação
Março 404,45 + 0,05
Maio 395,80 - 2,80
Julho 387,05 - 3,05
Contrato Cotação Variação
Dólar 6,1930 + 0,26
Euro 6,4580 + 0,33
Ptax 6,1991 + 0,54
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 2440,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Peneira14/15/16 R$ 2460,00
    Duro/riado/rio R$ 2070,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Miúdo 14/15/16 R$ 2380,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Certificado 15% R$ 2370,00
    600 defeitos R$ 2060,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Duro/Riado 15% R$ 2030,00
    Cereja 20% R$ 2350,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Rio com 20% R$ 1920,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
    Peneira 17/18 R$ 2510,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 20% R$ 2000,00
    Escolha kg/apro R$ 30,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Safra 23/24 30% R$ 2300,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 2000,00
    600 defeitos R$ 2030,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1220,55
    Cepea Conilon R$ 1833,97
    Conilon/Vietnã R$ 1678,00
    Agnocafé 23/24 R$ 2330,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1890,00
    Conilon T. 7 R$ 1880,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1870,00