O sol escaldante deve continuar "cozinhando" a florada nos próximos 15 dias
Impressionante a repetição da performance do pregão de hoje em NY e Londres ante ao da sexta-feira da semana passada. Em NY, nesta sexta-feira, fechou com queda de 10,90 cents e na semana passada a alta foi de 10,05 cents, a mínima foi 247,10 cents e na sexta passada foi 248,70 cents. Em Londres hoje fechou com com queda de US$ 189/t e na sexta passada, alta de US$ 190/t e a mínima de hoje foi US$ 5.008/t a da semana passada foi US$ 5.050/t. O Diferencial de preço entre as bolsas do arábica em dezembro de 2024 e robusta em novembro cai para 21,27 cents ante ao 23,60 cents da quinta-feira.
Com volume de 40.603 lotes em NY, o contrato futuro de café arábica no dezembro fechou forte queda de 10,90 cents a 250,75 cents, variando de 247,10 cents a 262,10 cents, rompendo os três suporte do dia em 258,30 cents, 254,95 cents e 252,60 cents. Durante a semana, variou 24,10 cents, de 247,70 cents a 271,80 cents, acumulando perda de 8,70 cents. Na sexta-feira da semana passada, o volume chegou a 39.389 lotes, o contrato futuro de café arábica no dezembro fechou em forte alta de 10,05 cents a 259,45 cents, variando de 248,70 cents a 260,45 cents, rompendo as três resistências do dia em 251,47 cents, 253,53 cents e 256,12 cents. Durante a semana, variou de 236,00 cents a 259,45 cents, acumulando alta de 23,45 cents.
O volume em Londres atingiu 18.260 lotes, novembro fechou com forte queda de US$189 a tonelada a US$ 5.059/t, variando de US$ 5.008/t a US$ 5.279/t, rompendo as três suportes do dia em US$ 5.190/t, US$ 5.133/t, US$ 5.55//t. Durante a semana, variou de US$ 2.059/a US$ 5.267/t, acumulando queda de de US$ 208/t. Na sexta-feira da semana passada, volume atingiu 12.441 lotes, novembro fechou com forte alta de US$190 a tonelada a US$ 5.267/t, variando de US$ 5.050/t a US$ 5.281/t, rompendo as três resistências do dia em US$ 5.130/t, US$ 5.184/t, US$ 5.252//t. Durante a semana variou de US$ 4.770/t a US$ 5.267/t, acumulando alta de US$ 497/t
A meses atrás, a bola de vez, estava na commodities cacau que ultrapassou o patamar histórico de US$ 12 mil a tonelada, nesta semana com a queda de juros em 0,50% anunciando pelo Fed, os mercados financeiros globais migraram para outra commodities, e a bola de vez passou para um metal amarelo que brilhou e deve continuar brilhando, atingindo um máximo histórico. Nesta sexta-feira, o ouro ultrapassou os US$ 2.650 dólares por onça pela primeira vez, o que gerou previsões otimistas dos analistas, que preveem que os preços do ouro poderão ultrapassar os US$ 3.000 nos próximos meses. Esta notável recuperação do ouro, que registou um aumento de 26,5% desde o início do ano, superou todos os principais índices e reforçou o seu estatuto de porto seguro durante estes tempos de instabilidade econômia. Pelo andar da carruagem influenciado pelo estresses climático e a forte que de safra nos principiais produtores, a bolsa da vez no médio prazo, vai ficar com o café
Segundo o analista do Vienã, Nguyen Quang Binh, Os preços das duas bolsas de café caíram drasticamente apenas 2 dias após a decisão do Fed de reduzir a taxa de juros do dólar em 0,50%, o arábica perdeu mais de 4% durante o dia e o Robusta caiu 3,6%. Calculando os preços de fechamento nos 2 dias após a reunião do Fed, os preços do robusta diminuíram US$ 273 e os preços do arábica 13,70 cents. Os preços derreteram quando houve a previsão de que o Brasil teria chuva nos próximos dias. Uma retirada da aposta, embora não muito grande, fez com que o preço em NY se aproximasse de 250,00 cens de Londres dos US$ 5.000/t. Mas não é só o clima brasileiro. Também a migração de expeculadores do mercado de café foi atraído pelo brilho do ouro.
O relatório da CFTC referente a 17 de setembro mostram que os grandes fundos aumentaram suas posições compradas ( + 3.483 lotes ) e diminuíram suas posições vendidas ( - 1.063 lotes) , neste período a variação de dezembro passou de 247,20 cents a 264,50 cents, alta de 17,30 cents. Os dados, mostraram um alta de 11,6% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 43.630 posições líquidas compradas, sendo 56.497 posições compradas e 12.887 posições vendidas no último dia 17. No relatório anterior, referente a 10 de setembro, eles tinham 39.084 posições líquidas compradas sendo 53.014 posições compradas e 13.930 posições vendidas. Pelas movimentações dos grandes fundos, na média cerca de 15% são especuladores de curto prazo, devido a forte queda de 13,75 cents na quinta e sexta-feira, estes expeculadores devem ter migrado do mercado de café para o mercado do ouro.
De acordo com a Fundação Procafé, que começaram a ser catalogados no ano 1974. as regiões cafeeiras do Sul de Minas apresentam um déficit hídrico médio no solo em torno de 240 milímetros. Na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o déficit é de 243 mm, chegando a 332 mm em Araguari e na região da Mogiana, o déficit chega de 292 mm. Com relação ao Sul de Minas, todos os recordes foram batidos, a média de temperatura está 0,5 graus a mais que do ano passado e o déficit em setembro é o pior que 2011 que foi no final de outubro. As lavouros a partir da vuirada de agosto para setembro não estão piorando por semana, o efeito da temperatura alta e longa estiagem, elas começaram a piorar dariamente.
Dependendo da região, nas últimas semanas, as planta estão perdendo de 4 a 5 mm de evapotranspiração ( perda de água para meio ambiente ) por dia, tudo indica que teremos mais 15 dias sem chuvas, o déficit deve saltar de entre 60 a 75 mm. No final do mês de setembro todos os recordes anterior devem ser quebrados, no Sul de Minas deve passar para 300 a 315 mm de déficit no Sul de Minas,Triângulo Mineiro e Alto Paranaiba, chegando ao incrível número de 400 mm em Araguari e 360 mm na Mogiana.
Em vários regiões do Sul de Minas, os cafeicultores estão preocupados com o percentual de perdas significavas e irreverssivel da próxima safra, com algumas regiões muitas lavouras vão zerar safra. Além do risco de abortamento de flores, um eventual prolongamento da seca pode levar à queda dos chumbinhos (microgrão do café) no caso das flores que vingaram. “O cenário climático segue muito preocupante, com previsão de chuvas só no fim de setembro ou início de outubro. O tempo ideal para favorecer as floradas dos cafezais é de chuvas em setembro e com maior intensidade em outubro”, diz Sandra Moraes, da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer).
O produtor Eugênio Andrade Souza, de Alterosa (MG), cultiva 25 mil plantas em seis hectares e começa a calcular as perdas causadas pela seca. “As lavouras em formação vão ter de ser replantadas. Serão dois anos sem produção”, diz Souza, segundo quem a última chuva na região aconteceu há mais de 160 dias. Ele estima que terá que replantar em torno de 4 mil pés de café, de 10 mil em fase de formação. “O sol está escaldante, está cozinhando a florada. Se continuar assim vamos ter uma perda de 20% a 25% na nova safra”, afirma.
O mercado continua muito estressado em todos os setores, crise "bipolar" entre os produtores está aumentando diariamente , com relação a preços "festa" e quando vai a propriedade e olha o estado lamentável dos cafezais "velório". O clima de "velório" entre os comerciais diminuiu nesta semana com volta de US$ 1,92 bi que foi enviada na semana passada, esta semana a "gana" foi devolvida. Com a forte volatilidade da bolsa de NY, a cada 25 cents a chamada de margem equivale a aproximadamente US$ 2 bilhões.
Então, desde 28 de novembro de 2023(quando a bolsa de NY estava sendo negociada a 170 cents) os comerciais "vendidos" precisaram enviar até a semana passada cerca de US$ 9,20 bilhões para cobrir as chamadas de margem. Nesta semana, com a queda em torno 24,00 cents, receberam US$ 1,92 bi. contabilizando evaporaram no caixa acumula US$ 7,24 bilhões nos últimos 12 meses.
Data: 21/09/2024 11:45 Nome do Usuário: João do bagaco Comentário: Aqui no bagaço ( Lajinha Mg ) já estão caindo tudo , safra 2025 já está muito comprometido.