Semana fortemente negativa, extremamente volátil com apoio em piso técnico
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de 30.172 lotes em NY, os contratos futuros de café arábica fecharam em queda de 1,05% nesta sexta-feira, o dezembro desvalorizou de 2,70 cents fechando em 252,05 cents, variando de 5,45 cents, de 251,00 cents a 256,45 cents. A semana foi negativa e fortemente volátil e técnica, dezembro varia 28,10 cents, de 243,25 cents a 271,45 cents, acumulando perda de 17,10 cents ( - 6,35% ). Os estoques de certificados aumentaram 6.835 sacas para 815.087 sacas, esperando certificação estão 63.031 sacas, na semana acumula alta de 10.511 sacas
O volume em Londres atingiu 18.052 lotes, novembro desvalorizou US$ 88 a tonelada fechando a US$ 4.826/t, variando de US$ 4.817/t a US$ 4.904/t. A semana também foi fortemente negativa e volátil, novembro varia US$ 698/t, de US$ 4.800/t a US$ 5.498/t, acumulando perdas de US$ 656/t ( - 11,97% ) . O diferençal de preço entre de base arábica em março de 2025 e base robusta em janeiro de 2025 ficou em 38,63 cents ante a 38,35 do pregão de quinta-feira.
O contrato de café arábica tiveram um semana fortemente negativa, extremamente volátil com apoio em piso técnico e intensa "briga" entre "comprados" e "vendidos" pelo importante nível técnico na média móvel de 50 dias em 247,40 cents que define uma tendência no curto prazo. Durante pregões da semana, este nível foi rompindo nos primeiros quatros pregões, apesar da queda, somente no pregão de hoje não atingiu este nível, mínima de 251,00 cents, e outro detalhe tecnicamente positivo, fechando acima da importante linha técnica e psicológica de 250 cents.
Segundo analise de economies, o preço do café formou uma nova trajetória correcional de baixa recentemente após enfrentar fortes pressões negativas, para testar novamente o suporte adicional em 244,10 cents com a mínima da semana a 243,35 cents, formando linha de suporte chave para a tendência de curto e médio prazo, pois sua estabilidade nos permite esperar a formação de fortes ondas de alta que podem se estender em direção a 255,80 cents e 263,50 cents.
Por outro lado, quebrar o suporte em 244,10 cents, se estabelecer abaixo dele forçará o preço a retomar a trajetória correcional de baixa para sofrer perdas adicionais que podem se estender em direção à MA55 em 236,45 cents, seguido por atingir a linha de suporte do canal de alta principal em 231,80 cents.
O relatório da CFTC referente a 08 de outubro mostram que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas ( - 4.059 lotes ) e aumentaram suas posições vendidas (+ 638 lotes) , neste período a variação de dezembro passou de 264,15 cents a 248,20 cents, queda de 15,95 cents. A grande surpresa veio do lado do comerciais, no período NY cai 6%, e eles diminuíram em 8,9% suas posições liquidas vendidas.
Os dados mostraram queda de 11,53% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 36.027 posições líquidas compradas, sendo 48.963 posições compradas e 12.936 posições vendidas no último dia 01. No relatório anterior, referente a 01 de outubro, eles tinham 40.724 posições líquidas compradas sendo 53.022 posições compradas e 12.298 posições vendidas. As empresas comerciais diminuíram em 8,9% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 08 um saldo de 90.383 posições líquidas vendidas, sendo 63.633 posições compradas e 154.016 vendidas. No relatório anterior do dia 01, possuíam 99.246 posições líquidas vendidas, sendo 61.624 posições compradas e 160.870 vendidas.
Nas próximas semanas, a midia deve ser "bombardeada" sobre a intensidade das chuvas e a duvidosa recupração da safras do próximo ano. Como existem muito interesses econômico "jogo", do lado dos comerciais, deverão a começar a soltar na midia que as chuvas "milagosas" dos últimos dias, depois de 6 meses de estiagem, temperatura extrmas e déficit hidrico histórico vão garantir uma ótima safra no próximo ano. Do lado da produção, vão começar a soltar números expressivo sobre a quebra da safra de 2025 e 2026.
Nos útimos seis meses,as regiões de café passou por uma estiagem comprada a do ano 1.985 e 1996 onde reduziu fortemente da safra em 1986 e 1.997. Neste ano além da estiagem, tivemos oito ondas de calor, fato inédito, nunca visto em regiões de café, induzindo estresses hidríco histórico e temperatura extremamente altas, tornado a respostas dos cafezais um "incogta". A produção brasileira terá um quebra, mas qualquer número de quebra de safra será um "chute", outro detalhe relevante sobre a futura safra, a porcentagem de podas e esqueletamento triplicou neste ano, que deve contribuir ainda mais para quebra da safra. Não tenho informações sobre as podas de várias regiões, na região Garça, Oeste de São Paulo, o levantamento feito pela Agnocafé, chegou a número muito alta de 35% dos cafezias que sofreram poda e esqueletamento que deve gerar "safra zero" no próximo ano
Segundo Gil Barabach da Safras & Mercado, o mercado busca consolidação após perdas desta semana ficando acima da importante linha técnica e psicológica de 250 cents no contrato dezembro com o “gatilho técnico”. No mercado está analisando as notícias das chuvas nas regiões cafeeiras do Brasil nesta semana, com perspectivas de que a umidade garanta a abertura de floradas. Depois espera-se uma continuidade nas chuvas para o pegamento das floradas. De todo modo, há a indicação em muitas regiões que o prolongado período sem chuvas, com altas temperaturas, já comprometeu o potencial da próxima safra. Os produtores de robusta no Brasil têm em sua maioria deixado o mercado após as recentes quedas de preços. Também observou uma redução no interesse estrangeiro pelo robusta brasileiro. Os diferenciais mais baixos em relação aos robustas da Ásia os tornaram mais competitivos em comparação com os grãos brasileiros.
Os fundamentos técnicos continuam iguais e o volume de chuvas nas regiões cafeeiras do Brasil ainda não ocorreu de forma suficiente para o desenvolvimento da planta na safra 2025/26, como apontam as consultorias MM Cafés, Trading Economics e Pine Agronegócios. O café robusta também carece de chuvas. E já há expectativas de prejuízos na qualidade do grão brasileiro, que tem tido oportunidades de valor agregado em consequência da quebra da safra de seu maior produtor mundial, o Vietnã.
A atividade de comércio de café no Vietnã permaneceu lenta esta semana, disseram os comerciantes, pois os suprimentos estavam restritos e os grãos da nova colheita ainda não estavam disponíveis. "Os preços caíram acentuadamente nos últimos dias, principalmente devido ao sentimento causado pela proposta de adiar a implementação da lei antidesmatamento da Comissão Europeia", disse Nguyen Ngoc Quynh, vice-chefe da Bolsa Mercantil do Vietnã.
"O início gradual da colheita do Vietnã ainda não colocou nenhuma pressão sobre os preços, pois o mercado ainda está preocupado com o clima, especialmente os impactos potenciais de La Niña." O Vietnã exportou 1,1 milhão de toneladas de café nos primeiros nove meses deste ano, queda de 11,5% em relação ao ano anterior, mostraram dados do governo. No entanto, a receita de exportação do período aumentou 37,8%, para US$ 4,3 bilhões.
Na Indonésia, os grãos de café robusta de Sumatra foram oferecidos com um prêmio de US$ 50 esta semana em relação ao contrato de dezembro, já que o terminal de Londres caiu significativamente. Outro trader disse que os grãos foram cotados com um prêmio de US$ 70 em relação ao contrato de dezembro esta semana, enquanto o prêmio está em US$ 80 em relação ao contrato de janeiro, em comparação com o desconto de US$ 200 na semana passada "para ajustar os preços de Londres que estavam abaixo de mais de US$ 5.000 por tonelada na semana passada".
Além da quebra na produção, o rendimento está baixo na atual safra do Vietnã
# A Vicofa estima quebra de 10% na atual safra, produtores de falam em 30% e cometam no início da colheita do baixo rendimento
Nos últimos dias, com o aumento dos preços do café, a família do Sr. Mai, bem como muitos produtores de café na comuna de Chieng Ban, distrito de Mai Son, aproveitaram a oportunidade para colher os primeiros frutos de café maduros da temporada para vender aos comerciantes.
Para cafeicultor Lo Van Mai, o preço tem sido razoável, as pessoas estão felizes com a valorização. Porém, o rendimento está baixo. Do final de 2023 até agora, os preços mundiais do café tenderam a ser elevados, levando a um aumento acentuado do café interno, estabilizando-se em torno de 120 VND/kg ( R$ 1.656,00 a saca ), cerca de 3 vezes o nível médio durante muitos anos. Atualmente, o preço de compra do café arábica em muitas áreas da província oscila entre 11 e 15 mil VND/kg ( R$ 151,80 a R$ 207,00 a saca ) a mais pelo grão fresco. De acordo com as previsões da Associação de Café e Cacau do Vietname, o envelhecimento do café até ao final de 2024 será relativamente estável.
Segundo Pham Thang, Secretário Geral da Associação de Café e Cacau do Vietnã, este ano, de acordo com a Vicofa, a produção total de café do Vietnã diminuirá cerca de 10%. Nas zonas de Son La e Noroeste, diminuiu cerca de 30% devido à seca no início do ano. Relativamente aos preços, de acordo com as previsões das organizações internacionais até ao final de 2024, os preços ficaram relativamente estáveis.
Toda a província possui atualmente mais de 21.400 hectares de café, concentrados nos distritos de Mai Son, Thuan Chau, Son La City, com uma produção estimada de 45.000 toneladas ( 750 mil sacas ) de café verde um média de 35 sacas por hectare. Contudo, devido ao impacto do fenómeno climático El Nino nos primeiros meses do ano, a produção de café Son La em muitas áreas diminuiu acentuadamente. No entanto, o aumento dos preços do café desde o início da época até agora contribuirá para garantir rendimentos aos cafeicultores da província