Xangai continua liderando o mercado de café da China com 9.553 cafeterias, anunciaram autoridades durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira na abertura do Festival de Café de Lujiazui na Nova Área de Pudong.
Jin Wencheng, diretor do centro de pesquisa de economia rural do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, divulgou o Relatório Global de Tendências de Desenvolvimento da Indústria do Café e o índice relacionado no evento, destacando que o consumo anual de café na China atingiu 280.000 toneladas ( 4,665 milhões de sacas ) no ano passado, com clientes frequentando aproximadamente 157.000 cafeterias em todo o país.
Lançado em conjunto pelo China Media Group Shanghai Bureau — o centro de programa financeiro do CMG — e o centro de pesquisa, o relatório ainda destacou que o valor da indústria do café na China atingiu 265,4 bilhões de yuans (US$ 37,3 bilhões) em 2023, um aumento de mais de 30% ano a ano. O número de consumidores de café no país está próximo de 400 milhões.
"O mercado de café chinês teve uma expansão significativa, emergindo como um destaque na indústria global de café", disse Jin, acrescentando que o relatório e o índice são construídos com base em três dimensões principais: escala da indústria, qualidade do desenvolvimento e resiliência da indústria.
A produção de café da China aumentou de 114.000 toneladas em 2020 para 146.000 toneladas no ano passado, observou o relatório. A província de Yunnan responde por 98 por cento da produção nacional, tornando-se a principal região produtora de café na China.
"O refinamento e a marca estão liderando o desenvolvimento de alta qualidade da indústria de café nacional na China", disse Jin, observando que a proporção de produtos de café nacionais premium aumentou significativamente, atingindo 22,7% este ano.
"Marcas nacionais de café estão surgindo rapidamente, e a fusão da cultura do café com o turismo se tornou um novo modelo de negócio", acrescentou Jin.
Em escala global, a produção de café mostrou uma recuperação do crescimento, de acordo com o relatório.
No ano passado, o consumo global de café atingiu 10,62 milhões de toneladas, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior, com um consumo diário total de 3 bilhões de xícaras de café.
Além do mercado emergente na China, países e regiões como Brasil, Filipinas e Coreia do Sul também estão experimentando um rápido crescimento no consumo de café.
A multidão agitada de entusiastas do café no Festival do Café de Lujiazui — o local da coletiva de imprensa — atesta o fervor do mercado de café.
Xangai, que tem mais cafeterias do que qualquer outra cidade na China, lançou a nona edição do festival do café na quarta-feira, que vai até 27 de outubro.
Ocorrendo no Lujiazui Central Greenland de Xangai, o festival reúne mais de 260 marcas selecionadas, mais de 100 cafeterias boutique e mais de 20 influenciadores da indústria vindos de mais de 70 cidades do mundo todo. Ele serve como uma plataforma para a troca de ideias criativas e a exposição dos mais recentes produtos relacionados ao café.
Manhattan Coffee Roasters de Roterdã, Holanda; Ghostbird Coffee Roastery de Kuala Lumpur, Malásia; e Proud Mary Coffee Roasters de Melbourne, Austrália, estão entre as 12 marcas internacionais de café especial que estão fazendo sua estreia nacional no festival.
Desde sua criação em 2016, o festival se tornou uma experiência cultural de referência na indústria do café na China, atraindo a participação acumulada de mais de 850.000 pessoas.
"À medida que a influência da marca do Lujiazui Coffee Festival continua a crescer, ele não só trará mais sabores globais de café para Pudong, mas também explorará novos caminhos para o café nacional chinês entrar no mercado internacional", disse Chen Bai, diretor do festival.
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