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Volume de negócios no mercado físico de café do Brasil fica abaixo do usual


Santos, sexta-feira, 25 de outubro de 2024


Nesta semana, as chuvas caíram com intensidade maior e atingiram áreas mais extensas do parque cafeeiro do Brasil. Ainda não são suficientes para estancar as perdas para 2025 e 2026, mas trazem uma sensação de alívio para cafeicultores e mercado, ao sinalizarem que estamos entrando em uma nova fase, floração, no desenvolvimento da próxima safra brasileira de café 2025.

Como temos afirmado, é certo que já existem danos, e não são pequenos, na formação de nossa nova safra. As chuvas, se continuarem a cair com a regularidade necessária, vão diminuir o ritmo das perdas, mas não irão recuperar o que já foi perdido. A seca foi longa, severa, e trouxe junto temperaturas altas, acima das usuais em nossos invernos. Agora, temos de acompanhar o ciclo das chuvas e as temperaturas médias no decorrer da primavera e verão, para então, a partir de março de 2025, nossos agrônomos avaliarem, com segurança maior, a quebra na produção brasileira de café em 2025.

Os problemas climáticos continuam globais, apontam para dificuldades na produção mundial de café e baixos estoques de segurança, em um cenário de expansão do consumo e entrada de novos consumidores na Asia.. Se as chuvas não tivessem chegado às regiões cafeeiras do Brasil neste mês de outubro, nossa produção em 2025, ficaria ainda mais comprometida e o parque cafeeiro brasileiro arrasado.

As chuvas mais generalizadas sobre as regiões produtoras de café no Brasil, induziram a abertura da principal florada para a próxima safra de café 2025 e levaram as cotações em Nova Iorque e Londres a oscilarem forte e acumularem perdas nesta semana.

Hoje, os contratos de arábica para dezembro próximo na ICE Futures US, oscilaram 435 pontos entre a máxima e a mínima, batendo na máxima do dia em US$ 2,4875 por libra peso, em alta de 330 pontos. Fecharam o pregão valendo US$ 2,4840 por libra peso, em alta de 295 pontos. Ontem caíram 690 pontos e anteontem subiram 250 pontos. Na terça-feira caíram 185 pontos e na segunda recuaram 560 pontos. Nesta semana somaram queda de 890 pontos e na semana passada subiram 525 pontos. Na semana anterior à passada recuaram 530 pontos.

Os contratos de arábica, com vencimentos em março de 2025 na ICE americana, bateram hoje em US$ 2,4780 na máxima do dia e fecharam valendo US$ 2,4750 em alta de 305 pontos.

Na ICE Europe, em Londres, os contratos de robusta para janeiro, bateram em 4.426 dólares na máxima do dia, em alta de 89 dólares. Terminaram o pregão a US$ 4.411 por tonelada, em baixa de 106 dólares. Ontem esses contratos caíram 106 dólares e anteontem subiram 18 dólares. Na terça-feira recuaram 78 dólares e na segunda caíram 112 dólares. Somaram perdas de 204 dólares nesta semana e de 63 dólares na semana passada. Caíram 181 dólares na semana anterior à passada. A aproximação da entrada no mercado da nova safra de robusta vietnamita pressiona mais forte as cotações em Londres.

Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram 3.374 sacas hoje. Fecharam o dia em 843.284 sacas. Há um ano eram de 410.171 sacas. Subiram neste período 433.113 sacas. Caíram nesta semana 6.425 sacas. Na semana passada somaram alta de 34.622 sacas e na semana anterior à passada subiram 10.511 sacas. No mês de setembro recuaram 33.874 sacas. No mês de agosto subiram 32.949 sacas e no mês de julho 7.530 sacas.

O dólar fechou hoje a R$ 5,7060, em alta 0,78 %. Encerrou a sexta-feira passada a R$ 5,6990 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 5,6160.

Em reais por saca, os contratos para dezembro próximo em Nova Iorque, fecharam o pregão hoje valendo R$ 1.874,90. Fecharam ontem a R$ 1.838,35. Terminaram a sexta-feira passada a R$ 1.939,69 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 1.872,44.

O mercado físico brasileiro permaneceu calmo esta semana, com volume de negócios fechados abaixo do usual para esta época do ano. As ofertas dos compradores brasileiros continuam com deságios superiores aos deságios usuais ante as cotações na ICE em Nova Iorque.

Uma frente fria que está avançando pela costa do Brasil e já se encontra próxima à costa do Sudeste nesta sexta-feira, vai intensificar durante o final de semana um corredor de umidade sobre o interior do Brasil e com isso favorecer a ocorrência de chuvas mais persistentes e volumosas sobre as áreas produtoras de café do Sudeste. As chuvas devem paralisar momentaneamente as atividades em campo, mas devem garantir o aumento, de forma mais homogênea, da umidade do solo para o desenvolvimento dos cafezais. Em algumas áreas do Espírito Santo e do leste Mineiro não se descartam transtornos, devido ao alto volume de chuva, que pode ultrapassar 150mm em algumas localidades. Com a atuação de instabilidades e o espalhamento das chuvas pelo interior do Brasil, as temperaturas seguem mais amenas em grande parte das áreas produtoras. O tempo seco e quente segue predominando sobre as áreas produtoras do Nordeste. No Sul do País o tempo seco também volta a ganhar força durante o final de semana. Na próxima semana um corredor de umidade vai continuar se intensificando entre o Norte, Centro-Oeste e Sudeste, e continuar provocando chuvas mais fortes, especialmente em áreas produtoras do Espírito Santo, da Zona da Mata e do Cerrado Mineiro e extremo sul da Bahia. Enquanto isso, as instabilidades devem reduzir na última semana de outubro sobre as áreas produtoras entre o Sul do país, São Paulo e extremo Sul de Minas Gerais (CLIMATEMPO).

Até dia 25, os embarques de outubro estavam em 2.437.045 sacas de café arábica, 507.440 sacas de café conilon, mais 240.235 sacas de café solúvel, totalizando 3.184.720 sacas embarcadas, contra 3.347.402 sacas no mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 25 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.785.816 sacas, contra 3.953.501 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 18, sexta-feira, até o fechamento de hoje, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 890 pontos ou US$ 11,77 (R$ 67,18) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE, fecharam no dia 18 a R$ 1939,69 por saca, e hoje sexta-feira, a R$ 1874,90. Hoje, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 295 pontos.


Escritório Carvalhaes

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Contrato Cotação Variação
Março 322,65 - 2,00
Maio 317,60 - 2,10
Julho 311,05 - 2,30
Contrato Cotação Variação
Março 4.953 - 88
Maio 4.884 - 69
Julho 4.814 - 44
Contrato Cotação Variação
Março 404,45 + 0,05
Maio 395,80 - 2,80
Julho 387,05 - 3,05
Contrato Cotação Variação
Dólar 6,1930 + 0,26
Euro 6,4580 + 0,33
Ptax 6,1991 + 0,54
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 2440,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Peneira14/15/16 R$ 2460,00
    Duro/riado/rio R$ 2070,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Miúdo 14/15/16 R$ 2380,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Certificado 15% R$ 2370,00
    600 defeitos R$ 2060,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Duro/Riado 15% R$ 2030,00
    Cereja 20% R$ 2350,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Rio com 20% R$ 1920,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
    Peneira 17/18 R$ 2510,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 20% R$ 2000,00
    Escolha kg/apro R$ 30,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Safra 23/24 30% R$ 2300,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 2000,00
    600 defeitos R$ 2030,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1220,55
    Cepea Conilon R$ 1833,97
    Conilon/Vietnã R$ 1678,00
    Agnocafé 23/24 R$ 2330,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1890,00
    Conilon T. 7 R$ 1880,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1870,00