Exportação em outubro teve atingir o recorde de 5,5 milhões de sacas
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de 39.475 lotes em NY, 6.555 a menos que quints-feira, o contrato de dezembro teve valorização de 2,95 cents ( 1,20% ) fechando a 248,40 cents, variando de 244,40 cents a 248,70 cents, sem força para buscar o primeiro suporte em 241,00 cents e a primeira resistência em 253,00 cents, acumulando perda de 8,90 cents na semana e 21,85 cents em outubro. Os estoques de certificados aumentaram 3.374 sacas para 843.284 sacas, esperando certificação 118.437 sacas, na semana diminuíram 6.425 sacas e no mês aumentaram 29.285 sacas.
Com volume de 16.340 lotes em Londres, 4.489 a menos que quinta-feira, o contrato de janeiro valorizou US$ 74 a tonelada ( 1,70% ) fechasndo a US$ 4.441, variando de US$ 4.296/t, menor nível em 60 dias, a US$ 4.425/t, também não teve força para buscar o primeiro suporte em US$ 4.271/t e a primeira resistência em US$ 4.461/t, acumulando na semana perda de US$ 291 e no mês US$ 1.087. O diferencial dos contratos entre dezembro em NY e janeiro em Londres aumentou para 46,53 cents ante a 40,65 cents no começo de outubro e 0,20 cents durante o mês de setembro
O relatório da CFTC referente a 22 de outubro mostram que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas ( - 1.340 lotes ) e aumentaram suas posições vendidas (+ 585 lotes) , neste período a variação de dezembro passou de 256,70 cents a 249,85 cents, queda de 6,85 cents. Os dados mostraram queda de 4,97% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 38.731 posições líquidas compradas, sendo 50.458 posições compradas e 11.727 posições vendidas no último dia 22. No relatório anterior, referente a 15 de outubro, eles tinham 40.656 posições líquidas compradas sendo 51.798 posições compradas e 11.142 posições vendidas. No resumo, 81,14% acreditam e alta e 18,86 em baixa.
A semana para o mercado do café foi fortemente volátil chegando aa variar 11,60 cents, de 241,10, menor nível desde 8 de outubro a 255,70 cents em meio das notícias das condições das lavouras no Brasil e a melhora das condições climáticas no país, com a chegada de boas chuvas nas regiões produtoras após um longo período de estiagem. Ainda assim, os impactos do período de seca nas lavouras são observados pelo mercado. "O clima seco e quente até setembro pode já ter afetado o potencial produtivo da próxima safra, principalmente nas regiões onde floradas ocorreram em agosto e setembro. No entanto, o volume de chuvas de outubro pode reduzir os danos”, diz Laleska Moda, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets.
Ao analisar o mercado de café tendo como base os números da Cecafé, principalmente da performance das exportações desta semana, nunca imginado pelo mais otimista analista de mercado, lembro da citação de Hamlet, “Há algo de podre no reino da Dinamarca”.
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 25 de outubro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 3.457.425 sacas (média diária de 138.297 sacas), queda de 4,8%, sendo 2.640.884 sacas de café arábica, 568.996 sacas de café conillon e 247.551 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de outubro totalizavam 4.067.628 sacas, queda de 3,8%, sendo 3.039.770 sacas de arábica, 748.375 sacas de conillon e 279.483 sacas de solúvel.
No dia 15 de outubro, Agnocafé fez um artigo sobre osmotivos deste "apetite insaciável" de compra do único produtor que ainda tem estoques no mercado internacional está vindo da inteligência artificial (IA), campo da computação que se concentra na criação de sistemas que possam realizar tarefas de tomar decisões baseadas dados complexos que envolve o mercado do café que apontam a vários meses em abandonar a política usada a anos, Just in time, técnica de gestão que influencia no controle de estoques e comprar o máximo possível no curtíssimo em mercado indicando claramente aumento do déficit de café no curto, médio e longo prazo. O custo de armazenamento fica bem mais barato ante as altas do café nos próximos meses.
Depois de 10 dias, os números extordinariante robustos mostram este "instinto de sobrevivencia" está intimamente ligado ao sentimento de "medo" de faltar café nos próximos 18 meses, nos últimos sete dias foram embarcadas cerca de 1.205.013 sacas, média de 172.144 sacas e nos últimos três dias foram 886.953 sacas, média de 295.651 sacas, sendo 720.423 sacas de arábica, na quinta-feira foi o recorde diário de exportação fazendo a projeção dos últimos três ultimos de embarques, em outubro deveram ser embarcadas de 2,2 a 2,5 milhões de sacas, chegando a números de 5,5 milhões de sacas. Em 2024, o Brasil exportou 39,882 milhões de sacas, ultrapassando em 635 mil sacas o volume de 39,247 milhões exportado em 2023 e tudo indica que a exportação deve ficar entre 50 a 55 milhões de sacas
Além da safra deste ano do Brasil e Vietnã ser a menor dos últimos 3 anos, "aversão a riso" que chamo de "medo", o efeito climático e somado ao alto volume de podas ( safra zero ) que teve um forte aumento nas últimas semanas reduzindo ainda mais a safra brasileira do próximo ano abaixo de 50 milhões de sacas e pelas últimas informações do Vietnã, a safra deste ano deverá ficar abaixo de 20 milhões de sacas. Na safra 2020/21, os dois países produziram mais de 100 milhões de sacas, somado a safra do Vietnã deste ano e a do Brasil em 2025 este número deve ser reduzido 70 milhões de sacas e pleno aumento mundial de consumo gerando déficit entre 25 a 30 milhões de sacas.
"Situação do mercado para o próximo ano-safra ainda é difícil de prever", diz vice-presidente da Vicofa
Nguyen Nam Hai, Presidente da Vicofa, disse que no ano-safra de 2023-2024, a produção cafeeira global passou por muitas dificuldades e desafios devido às mudanças climáticas, que afetaram enormemente a produtividade, a produção e a qualidade. A seca e o calor duraram desde o início da temporada, e as chuvas e tempestades no final da temporada. A instabilidade política, a guerra e os embargos locais entre a Rússia e a Ucrânia, Israel e a Faixa de Gaza, e muitos outros lugares do mundo continuam a ter impacto nas dificuldades da economia global na região do Médio e Oriente. Em 2024, os preços do café aumentarão continuamente, causando dificuldades e riscos para a compra e implementação de contratos de exportação.
Do Ha Nam, vice-presidente da Vicofa, analisou: Na safra de café 2023-2024, a partir da previsão de redução da produção em muitos grandes países produtores, o mercado testemunhou um aumento contínuo nos preços de exportação. Pela primeira vez, o preço do café Robusta no pregão de Londres está acima de 5.000 USD/tonelada, o preço do café Robusta é ainda maior que o do café Arábica. No Vietname, os preços do café também atingiram picos contínuos, atingindo o nível mais elevado dos últimos 30 anos. Esta é a razão pela qual a produção de exportação de café do Vietname diminuiu 12,7% em volume, mas aumentou 33% em valor em comparação com a colheita anterior.
De acordo com Do Ha Nam, os preços do café aumentaram demasiado rapidamente enquanto a oferta era limitada, causando perturbações na cadeia de abastecimento. As empresas exportadoras não têm as mercadorias entregues no prazo, parceiros, compradores e torrefadores reagem negativamente. Até agora, os preços do café esfriaram, mas a situação do mercado para o próximo ano-safra de 2024-2025 ainda é difícil de prever.
Um representante de uma empresa compradora de café contou que na última safra, quando o preço do café vietnamita aumentou e a empresa compradora não tinha mercadorias para entregar ao torrefador, alguns parceiros procuraram outras fontes de abastecimento para manter a produção. Isto significa que o café vietnamita perdeu parte do mercado. Portanto, a partir deste ano-safra de 2024-2025, a indústria cafeeira vietnamita deve fortalecer os relacionamentos com parceiros na cadeia de abastecimento.
“Os compradores não querem que os preços do café caiam, mas é necessário manter um nível de preços onde os agricultores tenham bons lucros para que as empresas comerciais e os processadores também possam equilibrar os custos. ser uma solução para manter a estabilidade, garantindo que as mercadorias possam circular continuamente", recomendou o representante empresarial acima mencionado.
Os especialistas prevêem que a produção de café do Vietname aumentará significativamente nos próximos anos. Nos últimos 2 anos, o investimento dos agricultores no cuidado nas lavouras melhorou devido ao aumento dos preços do café. Além disso, o projeto de replantação do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural em colaboração com o Banco Mundial (período 2014 - 2022) teve efeitos positivos, aumentando a produtividade das hortas.
Em muitas províncias das Terras Altas Centrais, a área de novas plantações está a aumentar continuamente, mas as estatísticas ainda não foram registadas. Se não forem dadas recomendações oportunas, isso levará a uma crise de excedentes de café nos próximos anos.
Nguyen Quang Binh, especialista do mercado cafeeiro, comentou: Em 2024, os mercados cafeeiros vietnamitas e mundiais testemunharão uma tempestade de preços sem precedentes, ajudando os agricultores a vencer, mas também muitas empresas "desmoronando" e a perda não foi pequena. Prevê-se que os mercados mundiais e internos permaneçam voláteis, exigindo que a indústria cafeeira se ajuste rapidamente para seguir a trajetória certa e manter o crescimento sustentável. Este é o conteúdo enfatizado por delegados e empresas.
Nguyen Quang Binh disse que a tarefa imediata do setor cafeeira do Vietnã é resolver em breve as lacunas na cadeia de abastecimento e recuperar a reputação dos parceiros de exportação. Do lado dos agricultores, é necessário dar prioridade à melhoria da qualidade do café, evitando uma expansão maciça da área que faça com que a oferta exceda a procura. As empresas, além de comprarem e exportarem matérias-primas, investem activamente no processamento e processamento profundo de produtos de valor acrescentado para garantir um crescimento sustentável a longo prazo.