Reveillon: mais de 10 mil containers de café para ser embarcadas nos portos
Por José Roberto Marquesa da Costa
# A diferença de preço entre de arábica e robusta caiu pela primera vez nas últimas semana para 49,16 cents ante a 52,25 cents de quinta-feira.
# O relatório da CFTC mostra que posições vendidas da história pela segunda semana consecutiva
# Um expert em produção de café do Brasil disse," a cada semana de passa vem em minha mente a produção de café do ano de 1986"
# no reveillon deste ano, os portos terão mais de 3 milhões de sacas depositadas, que representa, mais de 10 mil containers de café para ser embarcadas.
Com forte volume de negócios de 113.605 lotes em NY, 8.233 lotes a mais do que no pregão de quinta-feira, o contrato de dezembro fechou com forte queda de 7,05 cents ( 2,7% ) a 253,35 cents, variando 7,20 cents, de 252,75 cents a 259,95 cents, não tendo força para romper o primeiro suporte do dia em 252,22 cents e a primeira resistência em 263,97, acumulando alta de 10,40 cents na semana. Os estoques de certificados diminuíram 2.325 sacas para 852.638 sacas, esperando certificação 111.762 sacas, acumula queda de 1.996 sacas na semana.
Em Londres, o volume atingiu 14.505 lotes, 3.949 lotes a menos do que quinta-feira, o contrato de janeiro teve forte queda de US$ 110 a tonelada, fechando a US$ 4.376/t, variando US$ 106, de US$ 4.369/t a US$ 4.475/t, também não tendo força para romper o primeiro suporte em US$ 4.368/t e a primeira resistência em US$ 4.556/t, acumulando alta de US$ 96 na semana. Em ambas as bolsa os suportes do dia foi fletado, mas não foi rompido. A diferença de preço entre de arábica em março e robusta em janeiro caiu pela primera vez nas últimas semana para 49,16 cents ante a 52,25 cents de quinta-feira.
A grande maioria das commodities fecharam em queda nesta sexta-feira, 8, após o dólar registrar forte alta. Na sessão, o café foi prejudicado pelo dólar forte, que segue ampliando ganhos depois da vitória do candidato republicano, Donald Trump, à presidência americana e também pela alta das taxas de juros dos Treasuries de curto prazo. Negociantes disseram que os preços foram impulsionados na quinta-feria pelo próximo vencimento de opções na sexta-feira, o que levou alguns investidores expostos a comprar futuros. A força do dólar pressionam o café mesmo em dia de vencimentos das opções de dezembro em NY. O Índice Dólar Futuros, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, registrou ganhos 0,53% para negociação a US$ 104,93. Valor do real brasileiro teve alta e fechou a R$ 5,7370 ante a R$ 5,6750 do dia anterior. O recorde do real está em R$ 5,59 estabelecido em 8 de maio de 2020.
O relatório da CFTC referente a 05 de novembro mostram que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas ( - 1.098 lotes ) e diminuíram suas posições vendidas (- 192 lotes), menor nível de posições vendidas da história pela segunda semana consecutiva, neste período a variação de dezembro passou de 248,10 cents a 245,95 cents, queda de 2,15 cents. Os dados mostraram queda de 2,3% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram alta, passando 254.209 lotes para 257.626 lotes.
Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 37.158 posições líquidas compradas, sendo 46.784 posições compradas e 9.626 posições vendidas no último dia 05. No relatório anterior, referente a 28 de outubro, eles tinham 38.064 posições líquidas compradas sendo 47.882 posições compradas e 9.818 posições vendidas. No resumo, 83% acreditam e alta e 17 em baixa. As empresas comerciais diminuíram em 5,52% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 28 um saldo de 89.240 posições líquidas vendidas, sendo 60.857 posições compradas e 150.097 vendidas. No relatório anterior do dia 28, possuíam 94.462 posições líquidas vendidas, sendo 61.532 posições compradas e 155.994 vendidas. Segundo Eduardo Carvalhaes, o bom desempenho das exportações brasileiras, que, como ele destacou, chegam a 5 milhões de sacas neste mês de outubro, não há café sobrando no mercado e a tendência é de que esse cenário sustentem os preços. Ele ressalta que o Brasil está saindo de uma seca de seis meses que esgotaram os cafezais e destruiu grande parte do potencial de produção para o próximo ano, isso após um ano de 2023 também problemas climáticos que resultaram em quebra neste ano de 2024. Vamos continuar assistindo muita oscilação, mas como não há café sobrando no mercado, a tendência é dos preços se sustentarem. Apesar dos bons embarques brasileiros, agora o cafeicultor coloca o pé no freio e espera para saber como será a produção da lavoura após as floradas. Só vamos ter certeza de como vai ser a próxima safra entre o final de fevereiro e início de março.
A cerca de 30 dias atrás, a Agnocafé vem alertando que o intenso déficit hídrico e temperaturas extremas provocaram estresses histórico interferindo na produtividade da próxima safra devido estado "lamentável" nas lavouras de café arábica, como reação natural, muitos cafeicutores, fizeram as podas e esqueletamento bem acima da média, em algumas regiões ultrapassaram 50%. Outros cafeicultores esperam as chuvas e as floradas vingar, como não vingaram para grande maioria resolveram podar e esqueletar que deve provocar mais queda na safra de arábica do próximo ano. Nesta sexta-feira, um expert em produção de café do Brasil disse," a cada semana de passa vem em minha mente a produção de café do ano de 1986"
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a exportação total café pelo Brasil (verde e solúvel) em outubro passado (22 dias úteis) alcançou cerca de 4,799 milhões de sacas, o que corresponde a um aumento de 12% em comparação com igual mês de 2023 (4,285 milhões de sacas), com 21 dias úteis. A receita cambial registrou aumento de 61% entre os dois períodos, de US$ 866,963 milhões para US$ 1,397 bilhão. A exportação de café acumulada de janeiro a outubro de 2024 alcança 39,436 milhões de sacas, média mensal de 3,946 milhões de sacas, aumento de 37,70% em comparação com igual período de 2023 (28,640 milhões de sacas). Em termos de receita, houve crescimento de 51% no período: US$ 9,752 bilhões em 2024 ante US$ 6,458 bilhões em 2023.
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 07 de novembro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 606.554 sacas (média diária de 86.650 sacas), alta de 155,4%, sendo 368.474 sacas de café arábica, 97.741 sacas de café conillon e 40.333 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de novembro totalizavam 1.107.779 sacas ( média diária de 158.254 sacas, alta de 54,7%, sendo 850.231 sacas de arábica, 170.249 sacas de conillon e 87.747 sacas de solúvel.
Pelas projeções da Cecafé nos primeiros quatro meses do ano safra 2024/25, os envios do produto ao exterior totalizam 17,10 milhões de sacas e no acumulado de janeiro a outubro atingiu 41 milhões de sacas, crescimento de 35,6% em relação aos 31 milhões de 2023. Pela nova projeção de 2024 indica que atingir 52 milhões de sacas, alta de 73% ante as 30 milhões de sacas em 2023. Pelas últimas projeções com base nos dados da Cecafé e Abic, em 2024, Brasil deve exportar 52 milhões de sacas de café e mais 22 milhões de sacas do consumo interno, que representa 74 milhões de sacas, mantendo exportação em média mensal de 4 milhões de sacas, até a entrada da próxima safra serão necessário 24 milhões de sacas e mais 11 milhões do consumo interno que representa 35 milhões de sacas e com média mensal de 4,5 milhões de sacas serão necessária 38 milhões de sacas. Esta tristre realidade está gerando um ambiente de preocupação entre os traders e torrefadores.
No último de 15 de outubro, tendo informações de fontes, a Agnocafé fez um alerta do "apetite insaciável" do mercado internacional no café brasilerio http://www.agnocafe.com.br/noticia?id=60709 No dia 15 de outubro as exportações do Brasil estavam em 1.856.729 sacas, média diária de embarques estava em 123.782 sacas. Entre o dia 16 outubro a 07 de novembro, os embarques de café foram de 3.615.522 sacas, média diária de 164.342 sacas, alta de mais de 33%. Mantendo esta performance de embarques em novembro e dezembro, as exportações devem superar a 53 milhões de sacas em 2024 e com "apetite insaciável", na realidade instinto de sobrevivencia devido ao "medo" de faltar café e soamado as pessímas infraestrutura e esgotamento logistico dos portos brasileiros. Em setembro mais de 2 milhões de sacas estavam retidas nos portos e pela performance dos embarques dos últimos meses do ano, os exportadores estão usada os cais dos portos com´armazéns de café tudo indica que no reveillon deste ano, os portos terão mais de 3 milhões de sacas depositadas, que representa, mais de 10 mil containers de café para ser embarcadas.
OIC: I CIP recua, mas ainda é suportado na marca de 250 cents em outubro
O preço indicador composto da OIC (I-CIP) teve uma média de 250,56 cents em outubro, uma queda de 3,2% em relação a setembro de 2024. Os Suaves Colombianos e Outros Suaves diminuíram 0,8% e 0,6%, atingindo 277,10 e 276,82 cents, respectivamente, em outubro de 2024.
O diferencial Suaves Colombianos–Outros Suaves encolheu de 0,75 para 0,28 cents entre setembro e outubro de 2024. A arbitragem, medida entre os mercados futuros de Londres e Nova York, expandiu 54,2% para 43,50 cents em outubro de 2024, marcando seu ponto mais alto em quatro meses. A volatilidade intradiária do I-CIP expandiu em 0,5 ponto percentual, com média de 11,0% em outubro de 2024. Os estoques certificados de café Robusta de Londres caíram 11,7% de setembro a outubro de 2024, fechando o mês em 0,66 milhão de sacas. Os estoques certificados de café Arábica seguiram a tendência oposta, subindo para 0,91 milhão de sacas de 60 kg, um aumento de 4,7% em relação a setembro de 2024.
As exportações globais de grãos verdes em setembro de 2024 totalizaram 9,69 milhões de sacas, em comparação com 7,74 milhões de sacas no mesmo mês do ano anterior, um aumento de 25,2%. Outros Suaves aumentaram 22,9% em setembro de 2024 para 1,92 milhão de sacas de 1,56 milhão de sacas no mesmo período do ano passado. Os Naturais Brasileiros aumentaram em setembro de 2024, saltando 37,3% para 3,68 milhões de sacas. Os Suaves Colombianos aumentaram 22,3% para 0,99 milhões de sacas em setembro de 2024, de 0,81 milhões de sacas em setembro de 2023. Os Robustas aumentaram 15,4% para 3,1 milhões de sacas em setembro de 2024, de 3,59 milhões de sacas em setembro de 2023.
Em setembro de 2024, as exportações da América do Sul de todas as formas de café aumentaram 30,8% para 6,2 milhões de sacas. As exportações de todas as formas de café da África aumentaram 14,3% para 1,37 milhão de sacas em setembro de 2024, de 1,2 milhão de sacas em setembro de 2023. Em setembro de 2024, as exportações de todas as formas de café do México e América Central aumentaram 18,1% para 0,9 milhão de sacas, em comparação com 0,76 milhão de sacas em setembro de 2023. As exportações de todas as formas de café da Ásia e Oceania aumentaram 19,6% para 2,29 milhões de sacas em setembro de 2024, em comparação com 1,91 milhão de sacas em setembro de 2023.
As exportações totais de café solúvel aumentaram 24,3% em setembro de 2024 para 1,02 milhão de sacas, de 0,82 milhão de sacas em setembro de 2023. As exportações de grãos torrados caíram 9,2% em setembro de 2024 para 54.544 sacas, em comparação com 60.040 sacas em setembro de 2023.
Data: 09/11/2024 16:36 Nome do Usuário: João do bagaço Comentário: Aqui no bagaço , a situação está crítica , pouco café para o ano que vem ! Vai ser pior que 1986 aguardem .