CNA destaca cupping e negócios de cafés diferenciados
A CNA promoveu, na segunda (18), uma live do “Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados” para esclarecer sobre a precificação de produtos e regras das rodadas de negócios, que irão ocorrer durante a Semana Internacional do Café (SIC), de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG).
O Cupping é uma iniciativa do Sistema CNA/Senar em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). O projeto também tem como parceiros a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o Sebrae, por meio do ‘Juntos pelo Agro’, e a empresa da especialista em cafés especiais Helga Andrade.
Durante o debate, o assessor técnico da CNA Carlos Eduardo Meireles afirmou que o objetivo do cupping é encurtar a cadeia de comercialização de produtores de café que possuem diferenciais, que vão além dos atributos sensoriais.
“É importante que os produtores, mesmo em momentos de alta nos preços, continuem apresentando o seu produto e fazendo novos contatos com compradores. O mercado de café é bastante volátil, e dessa forma, em momentos de baixos preços, o leque de negociações do produtor deve estar ampliado para que não seja refém de oportunistas”, disse.
Em seguida, a especialista em cafés especiais e parceira do cupping, Helga Andrade, explicou a diferença entre cupping e rodada de negócios e como as ações irão funcionar durante a SIC. “O cupping é a prova de xícara para que o café seja avaliado e destinado aos interessados na compra. Já a rodada é um momento de negociação entre os produtores e compradores”.
Segundo Helga, a equipe de organização do cupping separou kits com amostras dos cafés diferenciados para oferecer aos compradores presentes na feira. “Essa amostra é importante porque o comprador terá a oportunidade de torrar o grão da forma como pretende trabalhar no mercado. A partir disso, ele pode decidir pela compra”.
Em relação à formação de preços, a consultora ressaltou que o produtor precisa saber primeiro quanto custou para produzir o café. Depois conhecer as diferenciações desse produto e definir uma margem de lucro que seja razoável. “Definido o preço que o produtor quer ganhar pelo café, ele pode levar para a mesa de negociação”.
O consultor do projeto Agro.BR, Paulo Március, também participou da live e falou sobre a importância de participar do cupping, que promove a negociação sem intermediários. “O produtor vai vender o café diretamente para o comprador”.
Durante o debate, o consultor passou orientações sobre os horários das rodadas de negócio na feira, formas de abordagem aos compradores e os materiais que precisam ser levados para os encontros com compradores. “É importante levar 150 gramas de amostra por agenda confirmada, portfólio e apresentação da empresa e do produto em inglês”.
Paulo também destacou o apoio que o projeto Agro.BR oferece aos produtores que têm interesse em começar a exportar seus produtos. Dentre as ações, ele citou o suporte à logística, estratégia de envio de amostras, tipos de exportações, aspectos legais e desembaraços. “Estaremos à disposição de todos os produtores na SIC”.