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O cenário de alta deve se manter nos próximos meses


Por José Roberto Marques da Costa

O volume de negócios em NY atingiu  35.803 lotes em NY,  6.161 lotes a mais do que  no pregão de quinta-feira, o contrato de março fechou em alta de 6,40 cents ( + 2,16% ) a 302,10 cents, variou  de 291,05 cents a 303,90 cents, ultrapassando duas resistências do dia em 298,40 cents e 301,10 cents não teve força para atingir a terceira em 304,70 cents acumulando alta de 18,80 cents na semana. Em Londres, o volume atingiu 13.857 lotes, 2.735 lotes a mais do que quinta-feira, o contrato de janeiro teve forte alta de US$ 198 ( + 4,1% ), fechando a US$ 4.985/t, variou US$ 295, de US$ 4.725/t a US$ 5.018/t, ultrapassando às três  resistências do dia, em US$ 4.859/t, US$ 4.895/ e US$ 4.935/t  na semana acumula alta de US$ 212 a tonelada.

Os contratos futuros de café arábica teve mais um dia de valoroização diante da forte valorização global do dólar e leve queda dos juros do Treasuries. Nos últimos 10 pregões,desde 11 de novembro até sexta-feira, a valorização  de 19,2% cerca de 48,75 cents, passando do nível de 250 cents ( 253,35 cents ) para nivel de ultrapassando  o importante nível técnico de 300 cents, máximas de 13 anos e 8 meses. Em dia fortemente volátil ( US$ 295 ), os contratos de café robusta tiveram acentuada alta chegando a maior nível desde 10 de fevereiro, acumulando alta de  US$ 609 ( + 13,9% ) nos últimos 10 pregões. O diferencial entre arábica e robusta subiu passou para 75,98 cents e no começo de novembro estava em 47,72 cents.

O dólar registra alta firme no exterior, com o índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas de países desenvolvidos – em seu maior nível desde outubro de 2023, com a maior demanda por ativos seguros e um declínio acentuado na atividade empresarial da zona do euro. No final desta tarde DXY avançava 0,55% a 107,56 pontos. O euro recuava 0,58% a US$ 1,04078, a caminho de se estabelecer em uma baixa de aproximadamente dois anos. A moeda comum europeia perdeu mais de 4% em relação ao dólar neste mês. “O sentimento está atualmente do lado do dólar. A comunicação dos banqueiros centrais de ambos os lados do Atlântico deixa claro que os Estados Unidos e a zona do euro estão divergindo em termos de política do banco central após a eleição de Donald Trump”, diz economista.

O relatório da CFTC referente a 19 de novembro mostram que os grandes fundos aumentaram suas posições compradas ( + 1.145 lotes ) e diminuíram suas posições vendidas (-  63 lotes), neste período a variação de dezembro passou de 263,55 cents a 281,30 cents, alta de 17,75 cents. Os dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission)  mostraram  alta de 1,25% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram alta, passando 233.387 lotes para 239.341 lotes. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras, os grandes fundos possuíam 40.747 posições líquidas compradas, sendo 50.624 posições compradas e 9.877 posições vendidas no último dia 19. No relatório anterior, referente a 12 de novembro, eles tinham 40.239 posições líquidas compradas sendo 49.479 posições compradas e 9.940 posições vendidas. O relatório mostra a menor nível de posições vendidas da história dos grandes fundos pela quarta semana consecutiva e faltando somente 2.400 lotes para que os grandes fundos batem o recorde de posições compradas, mas atingiu a maior porcentagem históricarica de aposta na alta de preços, 83,67% acredintam na alta de 16,33% na baixa. 

O mercado de café está tendo informações diariamente sobre o aumento da frustação da próxima safra, deixando os operadores em alerta em estado que chamo de "aversão a crise" e para piorar a situação, os contratos estão no meio de rally de alta fechando a primeira etapa em 293,80 cents chegando a 297,50 cents no pregão de quinta-feira encostrando em 305,20 cents, o dezembro fechou com 6,60 cents de alta a 305,25 cents. Com gráficos indicando mais altas, março pode buscar o maior nível dos últimos 27 anos que foi em abril de 1997, quando ultrapassou a 316 cents. Os suporte de segunda-feira estão em 294,13 cents, 286,17 cents e 21,28 cents e as resistências em 306,98 cents, 311,87 cents e 319,83 cents.

Os fundamentos continuam os mesmos: dúvidas sobre o pegamento dos grãos após a florada nas regiões produtoras do Brasil põe em xeque as projeções recordes da safra 2025/26. Com isso, o mercado se apura para tentar comprar e o produtor se ‘esconde’ à espera de preços ainda mais altos. O cenário de alta deve se manter nos próximos meses. Em nota seus clientes, a Citi " os comerciantes disseram que o aumento nos preços foi alimentado por preocupações com a safra do ano que vem no Brasil, com relatos de que as árvores têm números relativamente baixos de cerejas que contêm os grãos de café. Revisamos nossa meta de três meses para o café arábica para 310 cents e observamos um risco significativo de alta nessa previsão, já que a oferta do Brasil e do Vietnã ainda pode ter desempenho inferior. O clima seco no início deste ano parece ter prejudicado o potencial da safra no Brasil, apesar das chuvas em outubro".

No artigo da semana passada baseados em dados de uma grande cooperativa do Sul de Minas, a estimativa indica que a produtividade fica em torno de 20 sacas por hectare que representa queda de 30% na produção de café arábica comprado a safra deste ano em torno de 29 sacas por hectare. Com mais informações desta semana de outras áreas, a produtividade deve cair para 18 sacas por hectare, queda de 37,9%. Extrapolando esta queda para todas as áreas de café arábica do Brasil, e tendo como base as novas estimativa da  USDA de 66,4 milhões de sacas sendo 45,4 milhões de sacas de arábica em 2024, a produção deve cair para 28,2 milhões de sacas.

Tendo com base uma média das últimas estimativas do IBGE  em Conab a produção de arábica ficou 40,7 milhões, vamos chegar a números preocupante de 25,27 milhões de sacas de arábica. Pela média da produção do ano passado de 44,45 milhões, os números passam para 27,60 milhões de sacas de arábica. Segundo entrevistado dado a Notícias Agrícola do presidente da Cooabril,Luiz Carlos Bastionello, a produção de conilon não foi prejudicado do estado do Espírito Santo e Bahia pelo fator clima, então a produção de conilon do Brasil deve ficar entre 20 a 22 milhões de sacas. O grande e maior problema do mercado está na estimativa de produção abaixo de 50 milhões de sacas, gerando um "apetite insaciável" por café brasileiro que nos últimos 30 dias exportou 5,328 milhões e devendo atingir o nível histórico de mais de 50 milhões de sacas em 2024.  

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 22 de novembro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 2.924.016 sacas (média diária de 132.909 sacas), alta de 30,1%, sendo 2.262.450 sacas de café arábica ( + 34,6% ), 441.267 sacas de café conillon ( + 10,5% ) e 220.297 sacas de café solúvel ( + 32,5% ). Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de novembro totalizavam 3.681.050 sacas, alta de 28,1%, sendo 2.841.173 sacas de arábica, 570.678 sacas de conillon e 269.207 sacas de solúvel. Nos últimos 30 dias, entre o dia 22 outubro a 22 de novembro, os embarques de café atingiram 5,328 milhões de sacas, média diária de 178,4 mil sacas, sendo que 4,442 milhões de sacas foram de café arábica, média diária de 148.066 sacas. De janeiro a 22 de novembro deste ano, as exportações brasileiras de café somam 44,380 milhões de sacas, volume histórico para o período e que representa um incremento de 37% em relação ao embarcado nos mesmos período do ano passado

Os preços no Vietnã subiram devido à maior demanda e à oferta limitada, apesar do pico da colheita, disseram traders, enquanto os prêmios dos grãos indonésios aumentaram acompanhando as tendências globais. Os agricultores do Planalto Central venderam grãos  de 113-118 milhões em VND/tonelada ( R$ 1.560 a R$ 1,628 a saca ). "A demanda aumentou um pouco, empurrando os preços domésticos para cima, mas os suprimentos ainda estão muito escassos", disse um trader baseado no cinturão do café. “Ao contrário dos anos anteriores, os agricultores não estão enfrentando pressão financeira, pois podem lucrar com durian ou pimentas, então as atividades de colheita não são tão robustas e eles não estão com pressa para vender cafés”, acrescentou o comerciante.

Outro comerciante da mesma região disse que os agricultores acabaram de colher até 20% de sua safra. “O clima agora está ensolarado e seco, o que é favorável para as atividades de colheita”, disse o segundo comerciante. “Com o ritmo, os agricultores terminarão a colheita em meados de dezembro.” A Mercantile Exchange of Vietnam disse em uma nota esta semana que as exportações aumentariam significativamente a partir de dezembro se as atividades de colheita fossem bem. Os traders ofereceram 5% de robusta preto e quebrado de grau 2 com desconto de US$ 150 a US$ 200 para o contrato de janeiro. Na Indonésia, os grãos de robusta de Sumatra foram oferecidos com prêmio de US$ 120 para o contrato de dezembro, um aumento de US$ 10 em relação à semana passada, de acordo com um trader em Bandar Lampung. Outro trader citou um prêmio de US$ 120 para o contrato de janeiro, US$ 60 a mais que na semana passada "devido a um aumento no terminal de Londres na noite passada".

Nos últimos 75 dias (setembro, outubro e 15 dias de novembro),  o Vietnã acumula a exportação de apenas 117.714 toneladas (1,962 milhão de sacas), segundo a Vicofa (Associação de Café e Cacau do Vietnã).  As estatísticas da entidade apontam que, nos primeiros 15 dias de novembro, o Vietnã exportou apenas 20.933 toneladas (348.870 sacas) de café, queda de 44,8% em volume em relação ao mesmo período do ano passado. Em outubro de 2024, o volume embarcado atingiu 45.412 toneladas (756.563 sacas), queda em comparação a setembro, que registrou 51.369 toneladas (856.115 sacas). Assim, nos primeiros dez meses e meio de 2024, o Vietnã exportou mais de 1,17 milhão de toneladas (19,5 milhões sacas)  de café, queda de 13,5% em volume na comparação com o mesmo período do ano passado. Dos quais as exportações de robusta atingiram 964.610 toneladas, enquanto o arábica somou 49.802 toneladas, com o café verde descafeinado totalizando 31.867 toneladas.

Ótimo final de semana

Comentarios

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Data: 24/11/2024 20:31 Nome do Usuário: Roberto
Comentário: DESDE Q TRABALHO PRODUZINDO CAFE.A 40 ANOS,POSSO AFIRMAR CATEGORICAMENTE,NAO VAMOS.COLHER MAIS 30% DA SAFRA ATUAL EM 25,SERÁ A MAIOR QUEBRA DE SAFRA DA HISTORIA DO CAFE NO BRASIL, ISSO E FATALIDADE
Data: 24/11/2024 20:31 Nome do Usuário: Roberto
Comentário: DESDE Q TRABALHO PRODUZINDO CAFE.A 40 ANOS,POSSO AFIRMAR CATEGORICAMENTE,NAO VAMOS.COLHER MAIS 30% DA SAFRA ATUAL EM 25,SERÁ A MAIOR QUEBRA DE SAFRA DA HISTORIA DO CAFE NO BRASIL, ISSO E FATALIDADE
Data: 24/11/2024 10:30 Nome do Usuário: Francisco
Comentário: Colheita 24, acredito em 65m, USDA, a 25, considerando minha área total, achei q colhia entre 13 e 15. Agora já acho q não vai dar nem isso aí. Chumbinho não cresce.
Data: 24/11/2024 07:21 Nome do Usuário: Sergio rodrigues
Comentário: Le toda reportagen,e em 1 ponto fica minha divergencia,concordo q a safra 24 possa ter chegado 60 a 62M de sacas,mas como produtor posso afirmar,nao vamos chegar a 15 sacas por hc,sera 10e12 de media
Data: 23/11/2024 11:44 Nome do Usuário: Paulo jose
Comentário: Qt foi tamanho da safra atual nao sei, Sei q colhi 3mil sacas,e a safra 25 nao tenho 300 sacas,minha regiao toda asaim,media 80% menos cafe para 25,e safra 26 nao teremos o volume dessa safra atual 😔
Contrato Cotação Variação
Março 324,65 - 3,95
Maio 319,70 - 3,65
Julho 313,35 - 2,60
Contrato Cotação Variação
Março 5.041 0
Maio 4.953 0
Julho 4.858 0
Contrato Cotação Variação
Março 404,40 - 4,20
Maio 396,15 - 5,30
Julho 390,10 - 1,00
Contrato Cotação Variação
Dólar 6,1790 + 0,38
Euro 6,4360 + 0,57
Ptax 6,1656 + 0,19
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 2440,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Peneira14/15/16 R$ 2460,00
    Duro/riado/rio R$ 2070,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Miúdo 14/15/16 R$ 2380,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Certificado 15% R$ 2370,00
    600 defeitos R$ 2060,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Duro/Riado 15% R$ 2030,00
    Cereja 20% R$ 2350,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Rio com 20% R$ 1920,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
    Peneira 17/18 R$ 2510,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 20% R$ 2000,00
    Escolha kg/apro R$ 30,00
    Safra 23/24 20% R$ 2320,00
    Safra 23/24 30% R$ 2300,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 2000,00
    600 defeitos R$ 2030,00
    Safra 23/24 15% R$ 2330,00
    Safra 23/24 25% R$ 2310,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1220,55
    Cepea Conilon R$ 1833,97
    Conilon/Vietnã R$ 1628,00
    Agnocafé 23/24 R$ 2330,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1890,00
    Conilon T. 7 R$ 1880,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1870,00